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quinta-feira, 29 de julho de 2010

ENTREVISTA DA ESCRITORA MIRIAM SALES AO "MAIS BAHIA"


23/07/10
A escritora Miriam Sales conta sobre o livro "A Bahia de Outrora"


O Mais Letras dessa semana indica o livro A Bahia de Outrora. Para falar sobre a obra, conversamos com a autora Miriam Sales (foto). A escritora é uma ativista em defesa da literatura baiana e autora dos Contos e Causos e Maktub, além de centenas de crônicas publicadas na internet e em três blogs que ela mantém com atualizações diárias. Na nossa entrevista ela conta que a obra foi benéfica por lhe trazer grandes lembranças e muito mais. Confira!

Por Fabiana Oliva

MB - Do que se trata o livro A Bahia de Outrora?

MS - É um livro memorialista, porém, cabe no gosto do público de qualquer extrato social ou intelectual. Em crônicas curtas e bem humoradas, retrata uma Bahia do passado, revivendo seus costumes, tradições e crenças.

MB - Qual é o objetivo da obra?

MS - Mostrar às novas gerações como era essa Bahia patriarcal e provinciana, onde todos se conheciam, uma Bahia cordial, apesar das diferenças sociais que sempre estiveram presentes nessa nossa sociedade estratificada. Falo das famílias ricas e das lavadeiras do Abaeté; da cultura e tradição negra, influindo seriamente no nosso cotidiano e ajudando a formar gerações, como a Mãe Preta, homenageada no capítulo final.

MB - Como surgiu a idéia de escrevê-lo?

MS - Foi uma idéia antiga. Apaixonada pela Bahia queria deixar registrado seu passado nas páginas de um livro para que nunca fosse esquecido.

MB - Como foi o processo de construção da obra?

MS - Esse processo custou-me cinco anos de trabalho:pesquisas,conversas com mulheres mais velhas,sinhás e,pretas velhas,com o povo do santo,leituras de livros antigos,e até velhos diários bem escondidos debaixo dos lençóis de cetim.Confissões de matronas respeitáveis para quem a Bahia de hoje seria pior que Sodoma e Gomorra juntas.

MB - Que lembranças esse livro trouxe da sua vida?

MS - Ah, muitas!Minha infância e adolescência, as festas de largo, o Sábado do Bonfim, as viagens de avião, usando luvas e chapéus, as visitas, a culinária, os namoros no portão, os chás nas Duas Américas, as viúvas e a negra do mingau. Os saudosistas vão adorar e os mais jovens vão morrer de rir.

MB - Como a Sra. analisa essa nova geração de jovens viciados no mundo virtual?

MS - A Internet é como a eletricidade; tanto ilumina como mata. O mundo ficou bem menor e as pessoas se encontram mais e se conhecem melhor virtualmente. Mas de uma forma muito interessante, pois, através da palavra digitada a gente acaba conhecendo melhor a essência da pessoa que vai além da sua aparência. Existem riscos, por isso, precisamos ter cuidado.

MB - A Sra. acha que o livro impresso vai acabar daqui uns tempos devido a chegada do livro digital?

MS - Espero que não! Para minha geração o cheiro, a cor, o volume do livro que a gente segura com carinho é imbatível. Entretanto, que venham os digitais, mais práticos e armazenando milhares de informações. Mas, note a TV não aposentou o cinema e o jornal digital ainda não substituiu o impresso.

MB - É fato sabido que várias gerações têm demonstrado desinteresse pela leitura. Na sua opinião qual é a melhor maneira de estimular o hábito de ler?

MS - A leitura jamais deverá ser forçada. Literatura não é disciplina, é indisciplina, devemos estimular o aluno a descobrir caminhos, abrir as portas da fantasia e imaginação. Toda obra literária contém os elementos primários da estória humana:amor,ódio,gozo,sofrimento,ciúme,paixão. Mas, o ciúme de Bentinho não é o mesmo do Otelo. Inútil obrigar as novas gerações a ler os clássicos. Eles chegarão lá através dos gibis, porque não? É uma longa caminhada.

Obra: A Bahia de Outrora

Autora: Miriam de Sales Oliveira

Editora: Via Litterarum

Preço sugerido: R$20,00





quarta-feira, 28 de julho de 2010

VOU TE CONTAR!!!




O Brasil é realmente um país singular!

É o único que foi descoberto e tem certidão e tudo mais.

Foi um presente de Deus ao rei de Portugal, D. Manoel, pois um país tão pequenino,com apenas dois milhões de habitantes na época do descobrimento,viu-se de repente,de posse de um gigante.E muito rico.E sem derramar sangue!

Vá ser sortudo assim no raio que o parta!

Como a maioria dos homens válidos em Portugal, ou estava guerreando mouros ou nos conventos,guerreando com seus instintos,e,como , para a guerra vão os jovens,que,invariavelmente,morrem,sobravam velhos e crianças.

E uma população de cerca de um milhão de mulheres.

Como então povoar o Brasil?

O rei se viu com uma batata quente nas mãos; ou como um sujeito marido de mulher boa, que não consegue dar conta do recado e se vê cercado por fortes garanhões prontos para apanhar a presa:franceses,espanhóis e até,holandeses.

Como desatar o nó?

A Coroa era obrigada a destacar soldados,marinheiros e funcionários para as Indias,cujo comercio não podia descuidar;religiosos,nobres,cortesãos e uma súcia de ociosos não se podia mandar a lugar algum,a não ser com prebendas e benesses.

Com tudo isso,o povoamento do Brasil ficava comprometido.

Como ocupar as terras,habitá-las,colonizá-las e extrair as incontáveis riquezas que este abençoado rincão possuía?

Os índios, habitantes do país,ainda viviam na idade da pedra,indolentes na sua rede,sem saber nem domesticar animais,a não ser araras e papagaios,nem sei bem porque;acho que daí deve ter nascido nossa paixão por barulho,alto-falantes , trios-elétricos,foguetes e coisa e lousa.

Gosto do nordestino pela rede e pelo “dolce far niente” deve ter sido originário daí ,também.

Os índios também gostavam do tucano,ave mal ajambrada que hoje tem seu habitat natural em São Paulo.

O certo é que os ET,que dizem, ensinaram aos incas,astecas e maias os segredos da civilização não passaram por aqui.

Mas,voltemos ao Rei Dom Manoel e seus problemas.

Antes de 1500 era prática corriqueira em Portugal,o estupro da própria mãe.O crime era severamente punido pelas Ordenações Manuelinas, no seu livro V,o código Penal da época: emasculava-se o sujeito.

O Código,extremamente severo,também punia hereges,apóstatas,traição ao Rei,ou falar mal dele(parece que esta punição está sendo aplicada de novo na Venezuela e no Brasil),falsificadores, felação ,assassinatos,roubos,e sodomias.

Sobrava ,claro,para judeus e mouros que dormissem com mulher cristã,padres que dormissem com mulheres ou uns com os outros,os alcoviteiros,os feiticeiros e os que desrespeitassem religiosas.

Esse código draconiano ajudou muito o Rei.

Por dá cá aquela palha o cidadão era condenado á Colonia,ao degredo perpétuo no Brasil.

Nossos patrícios, que hoje tanto se orgulham do nome que herdaram de seus antepassados,desconhecem (ou fingem que não sabem)o porquê destas pessoas terem dado com os costados aqui.

Mas,lá na Terrinha,a quantidade de “convocados” para o Brasil vinha crescendo.

No estupro da mãe, crime que os portugueses já estavam tratando com mais indulgencia,era dado ao criminoso a escolha de ser capado ou vir para o Brasil.

Todos escolhiam ser capados.



Sobre as Ordenações Manuelinas,é uma leitura interessante e que pode ser encontrada clicando o Google;pode-se ver (e ler)ao vivo e a cores,como eram essas leis que hoje repousam nos anais da Universidade de Coímbra.

Por isso eu repito:O Google é meu pastor,nada me faltará!

ACESSE MEU BLOG:salesrocha.zip.net

terça-feira, 27 de julho de 2010

O QUE É HETERÔNIMO



Ôpa,o nome é danado de difícil e pouca gente parece saber o que é isso.

-Parece xingamento,diz o meu neto.Você é um heterônimo!

Parece,mas,não é.

O nome vem do grego heteronymus que significa “outro nome”.Heteros:outro,diferente;nomos:nome.

Note que é diferente de pseudônimo,muito usado pela classe artística em geral,este também vindo do grego,porém ,significando um nome falso.Pseudo:falso.

Por exemplo: a famosa Marilyn Monroe cujo nome verdadeiro era Norma Jean Baker.

Já os heterônimos são nomes imaginários usados por escritores que não querem usar pseudônimo,mas,que preferem ,partindo do seu ego original criar uma personalidade, uma pessoa inteira,viva e quase real pois,um ser não é um só são muitos,assim cada traço do caráter do autor é explorado pelo mesmo,usando nomes diferentes e até textos com qualidades,tendências e características diferentes do seu criador.

Quem cria os heterônimos é chamado de ortónimo.

Comentando os diversos heterônimos criados por ele –Alberto Caeiro,Ricardo Reis e Àlvaro de Campos  – Fernando Pessoa,um dos maiores poetas portugueses,escreveu:

“E assim arranjei e propaguei,vários amigos e conhecidos que nunca existiram,mas que ainda hoje,a perto de trinta anos de distância,oiço,sinto,vejo.E tenho saudades deles”

IMG:Busca Google

segunda-feira, 26 de julho de 2010

25 DE JULHO,DIA DO ESCRITOR!




“A FUNÇÃO DO ESCRITOR NÃO É SÓ DERRUBAR MUROS, MAS, TAMBÉM CONSTRUIR PONTES”

(Miriam Sales)

Uma homenagem a todos aqueles que com a força da sua pena,mudam conceitos,vencem a força e constroem um mundo melhor!...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

ESSAS MENINAS...

A professora da 5ª série perguntou para a turma:




- Qual é a parte do corpo humano que aumenta quase dez vezes seu tamanho quando é estimulada?


Ninguém respondeu, até que Natasha levantou furiosa, e disse:


- Você não deveria fazer uma pergunta dessas para crianças da 5ª série! Eu vou contar para os meus pais, e eles vão falar com o diretor que vai demitir você com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e vai chamar o Conselho Tutelar pra te prender.


Para o espanto da Natasha, a professora não apenas a ignorou como fez a pergunta novamente.


- Qual é a parte do corpo que aumenta em dez vezes seu tamanho quando é estimulada? Alguém sabe?


Finalmente, Rodrigo levantou-se, olhou em redor, e disse:


- A parte do corpo que aumenta dez vezes seu tamanho quando é estimulada é a pupila.


A professora disse:


- Muito bem, Rodrigo!


Então, voltou-se para a Natasha e continuou...


- E quanto a você, mocinha, tenho três coisas para lhe dizer:


A primeira é que você tem uma mente muito suja para sua idade..


A segunda, você não leu a sua lição de casa.


E a terceira...DEZ VEZES??? ahahahahah...!!! Um dia você vai ficar muito, mas muuuuito desapontada, viu?!


Fonte:  Circula por ai...





quinta-feira, 22 de julho de 2010

JEAN CHARLES, UM BRASILEIRO!


JEAN CHARLES, UM BRASILEIRO!


Eu imaginava que um filme baseado na tragédia sofrida por um brasileiro nas ruas de Londres poderia ser uma fita piegas ou cheia de revolta e emoções descontroladas. Enganei-me!

O filme “Jean Charles”,que entrou em circuito nacional,esta semana,é extremamente bem feito e sabe dosar as emoções que certamente desperta,com sobriedade e,sobretudo,veracidade.

O excelente ator Selton Mello parece que “incorporou” Jean Charles, o garoto alegre e otimista que,como muitos brasileiros,foi tentar uma vida melhor num país estrangeiro.

O diretor Henrique Goldman não se limitou apenas a narrar a estória do rapaz morto “por engano”pela polícia inglesa em 22 de julho de 2005 e,cuja família,ainda hoje,luta por justiça.Inteligentemente ,aproveitou para mostrar a saga dos brasileiros ilegais em Londres,que são centenas;como vivem,como se agrupam e se ajudam mutuamente,entregues á sua própria sorte,realizando trabalhos mesquinhos por um salário ínfimo e sempre aterrorizados com a deportação,que fecharia seus caminhos em toda comunidade européia.

Jean Charles,já há três anos em Londres faz de tudo para trazer uma prima,Vivian(Vanessa Giácomo),para trabalhar na cidade e ajudar a mãe,diabética,no interior de Minas.

Bela e jovem e sem falar uma palavra de inglês, quase é pegada pela Imigração,ainda no aeroporto;salvou-a,o “jeitinho brasileiro” de Jean Charles e a sua presença de espírito e desenvoltura ,onde com um jeitinho aqui,uma mentirinha ali,um sorriso cativante acolá,consegue ir ajeitando a vida de todo mundo.

Antes de fazer o filme,diretor e roteirista foram a Londres conhecer a comunidade brasileira que vive lá;encontraram de tudo:motoboys,vendedores de quinquilharias, goiabada e pão de queijo,empregados na construção civil,garçonetes e faxineiras,todos,sonhando com a volta ao Brasil e o dinheiro que poderiam economizar.Já Jean Charles,adaptou-se,falava um inglês fluente,virava-se como podia e adorava Londres,que tinha orgulho de mostrar aos recém chegados.

Um parágrafo á parte merece o ator Luis Miranda, fazendo um dos primo de Jean Charles e o único a se rebelar contra a reticente polícia inglesa e suas explicações assustadas e desencontradas.

Mas,nem só de nomes conhecidos vive o filme;o empreiteiro Mauricio Varlotta,patrão de Jean,é interpretado por ele mesmo,bem como os peões; misturar pessoas comuns com atores profissionais é,a meu ver,o ponto forte do filme,que imprime mais veracidade á estória.

Não tentar transformar o Jean num mártir foi outra grande façanha do diretor,que mostra,aliás,vários lados da sua personalidade,alguns não muito edificantes.Jean era humano,um brasileiro como outro qualquer,enfrentando uma selva hostil;tinha que dar uma de Malasarte,ás vezes,para sobreviver:ajuda uns,passa a perna em outros,se dá bem,depois apronta,faz besteira e desconstrói o que já fez.

Os atentados terroristas que ensangüentaram Londres e chocaram os ingleses,quase não é percebido pelos brasileiros,que não lhe deram demasiada importância.Até que um deles,justo Jean,é a vítima inocente desta tragédia,que até hoje,não gerou punição para os culpados.

O filme é excelente e muito bem feito,além de real e emblemático.Quem puder,vá ver;os cinemas em Salvador,ontem,estavam lotados e todos aplaudiram o filme.Com louvor!








quarta-feira, 21 de julho de 2010

DIA DO AMIGO!...



AMOR:

Substantivo masculino;atração afetiva que um ser manifesta por outro.

*********

FELICIDADE:

Substantivo feminino;estado de satisfação completa,realização pessoal;satisfação,contentamento,bem-estar.

************

PAZ:

Substantivo feminino;estado de espírito de uma pessoa que vive sem conflitos ou inquietações.Calma,quietude,tranqüilidade.

**********

SAÚDE:

Substantivo feminino;estado de boa disposição física e psíquica;ausência de doenças.

***********

QUE ESSAS BENDITAS PALAVRAS FAÇAM PARTE DO DICIONÁRIO DE TODOS OS MEUS AMIGOS DESTE RECANTO/ENCANTO.

SÃO OS MEUS VOTOS,DE TODO CORAÇÃO!!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

AGRADECIMENTO




Foi uma bela tarde em Salvador,com sol e uma brisa fresca como no tempo das sinhazinhas.

Aos poucos foram chegando os amigos e leitores;como ave recém emplumada que quer ganhar o mundo ,”A Bahia de Outrora” foi deixando o colo materno e ganhando o mundo,levado pelas pessoas de bom gosto que o levaram para suas casas.

Enquanto degustávamos um bom vinho e comíamos sequilhos (pois era assim, não sabe o senhor que as sinhás e sinhozinhos recebiam seus amigos nas tardes de sábado!?) uma mamãe orgulhosa ouvia os comentários;como o daquele senhor de chapéu branco e cabelos idem que me disse:

_Estava no Terreiro de Jesus quando li sobre o livro no “Correio” *;andei até aqui,pelo Centro Histórico como gosto de fazer,só para comprar este livro.

Um professor universitário que eu não conhecia falou:

_Este livro veio preencher uma lacuna aberta desde a morte da saudosa memorialista Hildegardes Vianna.

Por tudo isso,quero agradecer o apoio recebido da Fundação Pedro Calmon ,aos meus amigos e leitores a presença e a acolhida simpática ao meu novo rebento.

Especialmente – e, dê licença yoyó prá eu falar – a presença de Clarindo Silva,dono da Cantina da Lua,um ícone da Bahia,que apesar de ser domingo,dia dos bons baianos estarem nas suas redes descansando,veio e levou o livro.E,como os bons baianos de antigamente,quando eu disse:

_Clarindo, esse é presente.

Ele soltou aquele riso alvar e falou:-Não senhora,quero comprar.

Obrigado à todos e todas.

*Correio da Bahia,jornal baiano



sexta-feira, 16 de julho de 2010

NOITE DE AUTÓGRAFOS


NOITE DE AUTÓGRAFOS


Todo autor sabe disto. Não existe provação maior do que Noite de Autógrafos.

Conheço muita gente boa que se recusa a escrever um livro só para não passar por essa tortura medieval.

O livro fica pronto –uma tetéia! – lindo de viver ,capa perfeita , miolo perfeito ,papel do melhor ,impressão gráfica ,perfeita.A gente o toma nas mãos ,como um bebê ,coração acelerado ,inundado de felicidade.

Enfim ,você é um escritor.Colega de Dostoievski , Balzac ,Machado e outros menos votados.

Você fica imaginando como é que a Literatura Brasileira sobreviveu todo esse tempo sem a sua presença.

Ai,alguém lhe lembra a famigerada noite.Você recua ,ou melhor ,tenta recuar.Sem sucesso!

Amigos ,editores ,livreiros ,todos conspiram visando essa noite.

Os vizinhos perguntam:

-Quando será o lançamento? Onde?

Intimamente ,pensam:

-Será que vai ter cock-tail ?Ao menos , uma cervejinha...

Bom, um filho teu não foge à luta ,Brasil!

E,invocando a coragem dos cristãos que entram na arena e a displicência e serenidade dos pagãos que encaravam a fogueira ,você marca a data.

Nunca aos domingos ,mas ,pode ser nas segundas –ou quartas. Nas noites desses dias as pessoas não têm o que fazer e, se tiver boca livre ,virão com certeza.

Você começa a cumprimentar mais cordialmente seus vizinhos ,inclusive o velhote do quarto andar que acha os escritores uns sem que fazer e desconfia de todos os poetas ,até mesmo dos concretistas ,que ele pensa que são uma espécie qualquer de engenheiro.

Os parentes serão todos lembrados.

Até mesmo aqueles que você não vê e nem fala há milênios.

No shopping encontra seu primo ,aquele morador da Ceilândia que sempre lhe dava coques na cabeça quando sua mãe não estava olhando.

Muito mais forte que você que abria o berreiro ,chamando a atenção de todos

-EU!? Eu não fiz nada , tia, invenção desse garoto.

E,que, ao passar ao seu lado, segredava:

-Mariquinhas!

Pois é ,você encontra o primo ,apressa o passo ,o cumprimenta efusivamente e pergunta pela mãe dele.

Ele o olha torto.

Mamãe morreu fazem cinco anos.

Prá isso serve ser escritor ,você tem bate – pronto.

-Morreu prá você ,filho ingrato;ela continua viva no meu coração.

O primo ,azedo ,pergunta:

-E, você, faz o que!?

-Sou escritor.A propósito queria lhe convidar para o lançamento do meu livro ,depois de amanhã.

Você engasga.

Escritor!? Kakakaká.Mamãe sempre disse que você não daria mesmo prá nada...

E,deu um risinho superior.

Mas,chegou a grande noite.

Há três dias de caganeira , nervoso ,mãos sempre úmidas, você indaga aos seus botões:

-E se ninguém for?

Pronto. A sorte está lançada.

Você está sentado na sua mesa florida junto a uma pilha de livros pronta para ser vendida e autografada.

Você até comprou uma caneta Cross, brincando com ela entre os dedos,enquanto conta, mentalmente ,pela décima vez ,quantas pessoas poderão vir.

A sorte são os filhos , noras e netos.

Intimados ,vieram todos, sua mãe inclusive ,pois a boa velhinha nunca lhe faltou ,desde o dia do seu nascimento;estava ali ,firme e forte.

Bem, havia ali umas vinte pessoas.Pelo menos ,a sala não ficaria vazia.

O cheiro dos salgados do patrocinador que você arrumou e as idas e vindas do garçon enluvado, carregando a bandeja com uísque, começava a atrair curiosos.

Bem ,com as mãos úmidas ,você começou a dar autógrafos.

A pilha, ao seu lado, começa a diminuir.

Você respira, aliviado.

De repente ,um senhor alegre ,entra trazendo uma turma de dez pessoas.

Você sabe que o conhece, mas , igual a seu computador ,você ,não tem memória ,só uma vaga lembrança.

Nem sabe seu nome.

O velho vai chegando ,lhe dá um abraço de quebrar ossos e diz:

-Muito bem .Estou aqui com uns amigos.Mas,a gente só compra seu livro se você lembrar o meu nome.

Você sua frio.

Um branco total invade seu cérebro; fugiram todos os neurônios. O velhote espera.

Dê repente ,fez-se a luz; você se pega,dizendo:

José Joaquim Figueira do Nascimento ,meu prezado vizinho em Niterói.

O velho e a turma compra o resto dos livros.

Você respira fundo. Acabou.











quinta-feira, 15 de julho de 2010

TODO DIA NUNCA É IGUAL...

                                                            Natália,minha bisneta

O mundo passa diante dos meus olhos quando leio o jornal impresso que recebo, religiosamente todas as manhãs;porque o mundo anda,seja nas manhãs ensolaradas ou chuvosas,tome eu um café puro ou com leite,sente-me no terraço ou leia na cama.

Ainda não me acostumei a ler no computador,uma coisa enervante,fria e impessoal,ao contrário do jornal que cheira à tinta e cujas páginas,dá para se pegar,apalpar,cheirar.

Começo lendo uma bela estória de amor.Um taxista ficou soterrado quatro horas para salvar ...um pássaro preto que pertencia a um amigo.Isso,porque,”por ignorância ou maldade das pió”,como reza a canção antiga,os dirigentes deste pais e das nossas cidades ainda consentem em construções em área de risco e os pobres têm que morar nelas.

Meu coração se enche de esperança: -O ser humano está salvo,a bondade não morreu.

Mas,esse mesmo jornal trás a triste estória do goleiro e seus comparsas e da pobre menina tão brutalmente assassinada.Uai,como dizem os mineiros,a bondade tira férias!?

Porque se manifesta em uns e não nos outros?Porque deixamos acontecer “tanto horror perante os céus? Como escreveu outro poeta que não fazia canções,só versos.

Ou,esses meninos que hoje se manifestaram homens tão cruéis não tomaram umas palmadinhas quando eram guris e que,hoje,o governo proíbe as mães e avós a aplicar.

Palmadinhas suaves para evitar que as crianças pusessem coisas na boca ou mexessem nas tomadas ou fizessem má – criação com os mais velhos que,naquele tempo,isto é ,outrora,a gente aprendia a respeitar.

Em, suma,nos dias de hoje faltam limites.Falta de limites que geram notícias feias nos jornais.

Fecho o jornal depois que leio as notícias políticas e econômicas.E fico assuntando que mundo deixaremos para meus netos e minha bisnetinha,Natália,já que,não somos donos da terra;apenas cuidamos dela para as gerações futuras.

Se não fizermos o dever de casa, desculpe Sr. Presidente,entendo suas boas intenções,mas,mereceremos umas boas palmadas.Desta vez,de palmatórias.

PALAVRA DO LEITOR:



Parabéns amiga, também leio jornal todos os dias, mesmo já conhecendo o conteúdo, gosto de notícias, de cada uma delas tiro algo como você também o faz obrigada
Ana Zélia









quarta-feira, 14 de julho de 2010

A MARSELHESA


A MARSELHESA
Rouget de Lisle
Hino Nacional da França


Versão traduzida para o Português

1Allons enfants de la Patrie
Le jour de gloire est arrivé
Contre nous de la tyrannie
L'étendard sanglant est levé (bis)
Entendez vous dans les campagnes mugir ces féroces soldats
Ils viennent jusque dans vos bras, égorger vos fils, vos compagnes

Aux armes citoyens ! Formez vos bataillons !
Marchons, marchons, qu'un sang impur abreuve nos sillons.

2
Que veut cette horde d'esclaves

De traîtres, de Rois conjurés ?

Pour qui ces ignobles entraves,
Ces fers dès longtemps préparés ? (bis)
Français ! pour nous, ah ! quel outrage !
Quels transports il doit exciter !
C'est nous qu'on ose méditer
De rendre à I 'antique esclavage !




3

Quoi ! des cohortes étrangères
Feraient la loi dans nos foyers !

 Quoi ! ces phalanges mercenaires
Terrasseraient nos fiers guerriers (bis)

Grand Dieu ! par des mains enchaînées

Nos fronts sous le joug se ploieraient I

De viIs despotes deviendraient

Les maîtres de nos destinées !

4



Tremblez, tyrans ! et vous, perfides,
L'opprobe de tous les partis,
Tremblez ! vos projets parricides
Vont enfin recevoir leur prix (bis).
Tout est soldat pour vous combattre,
S'ils tombent, nos jeunes héros,
La terre en produit de nouveaux
Contre vous tout prêts à se battre

5
Français ! en guerriers magnanimes
Portez ou retenez vos coups.
Epargnez ces tristes victimes
A regret s'armant contre nous (bis)
Mais le despote sanguinaire,
Mais les complices de Bouillé,
Tous ces tigres qui sans pitié
Déchirent le sein de leur mère

6
Nous entrerons dans la carrière,

Quand nos aînés n'y seront plus

Nous y trouverons leur poussière
Et les traces de leurs vertus. (bis)
Bien moins jaloux de leur survivre
Que de partager leur cercueil,
Nous aurons le sublime orgueil
De les venger ou de les suivre.

7
Amour sacré de la Patrie
Conduis, soutiens nos bras vengeurs !
Liberté, Liberté chérie !
Combats avec tes défenseurs (bis).
Sous nos drapeaux, que la victoire
Accoure à tes mâles accents,
Que tes ennemis expirant
Voient ton triomphe et notre gloire !











VERSÃO TRADUZIDA PARA O PORTUGUÊS













1



Avante, filhos da Pátria,



O dia da Glória chegou.



O estandarte ensangüentado da tirania



Contra nós se levanta.



Ouvís nos campos rugirem



Esses ferozes soldados?



Vêm eles até nós



Degolar nossos filhos, nossas mulheres.



Às armas cidadãos!



Formai vossos batalhões!



Marchemos, marchemos!



Nossa terra do sangue impuro se saciará!







2



O que deseja essa horda de escravos



de traidores, de reis conjurados?



Para quem (são) esses ignóbeis entraves



Esses grilhões há muito tempo preparados? (bis)



Franceses! Para vocês, ah! que ultraje!



Que elans deve ele suscitar!



Somos nós que se ousa criticar



sobre voltar à antiga escravidão!







3



Que! essas multidões estrangeiras



Fariam a lei em nossos lares!



Que! as falanges mercenárias



Arrasariam nossos fiéis guerreiros (bis) /o:p>



Grande Deus! por mãos acorrentadas



Nossas frontes sob o jugo se curvariam



E déspotas vís tornar-se-iam



Mestres de nossos destinos!







4



Estremeçam, tiranos! e vocês pérfidos,



Injúria de todos os partidos,



Tremei! seus projetos parricidas



Vão enfim receber seu preço! (bis)



Somos todos soldados para combatê-los,



Se nossos jovens heróis caem,



A França outros produz



Contra vocês, totalmente prontos para combatê-los!







5



Franceses, em guerreiros magnânimes,



Levem/ carreguem ou suspendam seus tiros!



Poupem essas tristes vítimas,



que contra vocês se armam a contragosto. (bis)



Mas esses déspotas sanguinários



Mas esses cúmplices de Bouillé,



Todos esses tigres que, sem piedade,



Rasgam o seio de suas mães!...







6



Entraremos na batalha



Quando nossos antecessores não mais lá estarão.



Lá encontraremos suas marcas



E o traço de suas virtudes. (bis)



Bem menos ciumentos de suas sepulturas



Teremos o sublime orgulho



De vingá-los ou de seguí-los.







7



Amor Sagrado pela Pátria



Conduza, sustente nossos braços vingativos.



Liberdade, querida liberdade



Combata com teus defensores!



Sob nossas bandeiras, que a vitória



Chegue logo às tuas vozes virís!



Que teus inimigos agonizantes



Vejam teu triunfo e nossa glória.


PALAVRA DO LEITOR:


Assunto: Querida Miriam


Nome: Mel Braga Protegida por um Anj


Mensagem:

Cheguei até seus texto por uma feliz indicação, e não resisti em deixar um carinhoso abraço à essa mulher que me causou grande admiração com seus escritos...

Hoje compreendo verdadeiramente um de meus textos, pois, ao olhar para você tive a plena certeza do que significa colocar o chapéu violeta e conquistar o mundo.



abraço carinho com admiração

Mel
























































terça-feira, 13 de julho de 2010

O EDITOR MONTEIRO LOBATO



Homem de múltiplas facetas,o escritor Monteiro Lobato,um dos mais importantes do nosso país,era também editor.

Essa idéia nasceu da compra da “Revista do Brasil”,onde antes colaborava com seus artigos polêmicos,como “A Velha Praga”,condenando as constantes queimadas que grassavam nas fazendas de café com a desculpa da renovação do solo.

Pois,desta revista,acabou brotando a Cia.Editora Nacional que veio revolucionar o mercado editorial brasileiro,inexistente numa época onde todas as nossas grandes publicações eram feitas em Paris ou Lisboa.

Nacionalista ferrenho,Lobato,revoltou-se contra isto e contra a “panelinha” literária,onde só medalhões tinham acesso às publicações.

Levantou-se ,também,contra a “sacralidade “do livro,conforme pensavam os leitores,livreiros e escritores da época,que viam com horror de donzela,a necessidade de se vender como mercadoria esse objeto sagrado.

Lobato mostrou que o livro, sim,é um negócio como outro qualquer,que gera custos,logo ,tem que gerar receita,e apregoava aos quatro ventos:

-“Livro é sobremesa; tem que ser posto diante do nariz do freguês”, para horror dos puristas da época.

Acreditando nisto,e,ignorando solenemente as pedradas que recebeu toda a vida,na sua editora recusou-se a publicar medalhões e abriu caminho para novos autores desconhecidos como a Srª Leandro Dupré (Éramos seis),Osvaldo Orico,Pedro Calmon,Menotti dal Picchia,Oswald de Andrade, Paulo Setúbal e muitos outros,renovando a literatura nacional.

Mas,como vender?Esse era o busilis.

Que fez Lobato?

Criou uma rede de distribuição que se constituiu numa reviravolta editorial, introduzindo métodos práticos e funcionais; dirigindo-se ao Departamento de Correios e verificando a existência de mil e tantas agencias postais no pais, escreveu uma carta –circular a cada agente,pedindo a indicação de casas ou firmas que pudessem receber esta mercadoria chamada “ livro”.

Com muita surpresa viu que todas as agencias lhe responderam.

De imediato entrou em contato com comerciantes diversos perguntando-lhes se não quereriam aumentar seus lucros vendendo livros consignados,uma mercadoria como outra qualquer,batata,bacalhau ou querosene.

Logo,se não vendesse, o comerciante devolveria o produto cujo porte seria pago pela Editora.

Se os vendesse receberiam uma comissão de 30%.

E,enfático:-Responda se topa ou não topa.

Quase todos toparam. E Lobato passou de trinta e poucos vendedores anteriores,as livrarias,para cerca de mil e tantos postos de venda,lojas de ferragens,papelarias,farmácias,bazares etc.

As edições que não passavam de 400 exemplares subiram para três a quatro mil e os livros pululavam,às vezes,até seis lançamentos num mês.

Mas,Lobato havia inovado também na qualidade gráfica,no feitio das capas,substituindo as antigas e feias por capas desenhadas por nomes famosos das Artes Plásticas,como Lemi.

Lobato corria atrás do leitor,procurando saber onde morava,levando o livro pessoalmente em casa dele,batendo papo sobre tudo,fazendo do leitor um amigo.

Modestamente, confesso ,que ajo assim,também;cada leitor é meu amigo,quero saber dele,escrevo para ele,adoro seus comentários e sugestões.

Não tenho pudores para vender meus livros;sem ser invasiva ofereço,propago,procuro.

Quando penso em oferecê-lo a alguém, que acho que haveria de gostar da obra, e esse alguém não pede o livro,penso comigo:-Que pena!

E lamento não ser rica para poder presenteá-lo.

Este ser humano tão rico de idéias e pensamentos, Monteiro Lobato ,existiu.

E está sempre presente no meu pensamento. Sua influencia sobre mim ,desde a infância,pois,”Reinações de Narizinho” foi o primeiro livro que li,permanece até hoje e eu o amo como um pai espiritual que abriu para mim os caminhos do Conhecimento.

***Trecho da palestra que proferi “Monteiro Lobato,um homem de muitas Artes”,na Academia de Cultura da Bahia.

COM A PALAVRA,O LEITOR:




13/07/10 10:20 - ERASMO SHALLKYTTON







Um brilhante regalo e que merece honráveis aplausos. Aos seis anos eu


pedia para minha mãe ler os seus contos e fábulas, pois, eu era gago.


E tudo me fascinava no mergulho de suas obras (Saci, Marquez de Rabicó


e outras. Monteiro, foi o maior símbolo de nossa literatura e um


grande empreendedor do petróleo brasileiro e ferro. Com tristeza, teve


um fim melancólico nos seus últimos dias de vida, apesar que a


situação financeira contribuiu demasiadamente para este fim. Portanto,


nem com isso, a celebridade deste intelectual brasileiro e pouco


lembrado se abateu. Adorei poeta esta enriquecida homenagem. Bravo!


bjs



MIROKCA: ADOREI O SEU TEXTO SOBRE A PALESTRA QUE VOCE DEU, CUJO ENFOQUE É MONTEIRO LOBATO.PARA MIM, CONFESSO, FOI UMA SURPRESA AGRADÁVEL SABER QUE ALÉM DO MARAVILHOSO ESCRITOR, FOI EDITOR E UM FERRENHO INOVADOR SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DOS LIVROS, CHEGANDO IR AS CASAS DAS PESSOAS. ATITUDE DO GRANDE HOMEM QUE FOI.PARABÉNS.ABS. SANDRA




verdades e mentiras · Uruguai · 13/7/2010 12:33
Mirokca: Parabenizo seu feito nas palavras ditas em nome do grande escritor Monteitro Lobato, que muito me incentivou na minha inicial carreira ao magisterio com a Educação Infantil. Alfabetizei minha primeira turminha, através de sua cartilha : O Sitio do Pica Pau Amarelo, e que até, hoje, trago na memoria grandes recordações de um passado sereno e realizado. Que venha outros Lobatos para a alegria do lúdico e da humanidade ao mundo das leituras. Bjns. Solange.
Solange Gomes da Fonseca · Curitiba (PR) · 13/7/2010 17:




Quando minha mãe engravidou, comprou a coleção de Monteiro Lobato para crianças e aguardou. O primeiro livro que li foi Reinações de Narizinho. Amava Narizinho e não gostava da Emília, o que fazia a minha mãe rir muito. Bons tempos. Beijos.

Yayá · Curitiba (PR) · 14/7/2010 10:13


14/07/10 22:22 - MARINA GENTILE




Monteiro Lobato fez parte de minha infancia tambem. Eu invejava (no

bom sentido) a colecao que meus primos tinham adornando a

"estante". Para mim ele era mais que adornar uma estante. A

realidade de roça que eu vivia condizia com personagens criados por

ele. A primeira escola de meus filhos chamava-se "A chave do

Tamanho", nao por acaso. Parabens baianissima escritora Miriam.



Silvana,  SSA



Com certeza estarei apreciando este belo momento do lançamento do seu livro. 


Adorei a sua palestra, parabéns, muita riqueza de conhecimentos e muita criatividade em transmitir através de


descontração, parece que você estava presente em cada situação da vida de Monteiro Lobato. beijs





18/07/10 19:49 - pacomolina




Notável Miriam. Aliás eu sempre gostei dos escritos desse paulista de

Taubaté, que até hoje e o maior exemplo de escritor de literatura

infanil na minha opinião ao lado da grande escritora mineira Lucia

Casassanta. Um abraço e tudo de bom.











domingo, 11 de julho de 2010

A NAU DOS INSENSATOS



Para alguns, a Vida é uma marcha de vencidos rumo à derrota final...

Como todo mundo me emocionei e me indignei com o novo “Caso Samudio” que a Imprensa noticia a todo momento e de todas as formas.

Como todo mundo ,também quero” exorcisar” o Mal,quero vê-lo longe do meu território,quero livrar-me do causador ,encarcerando-o para sempre.

Mas,todo crime,toda transgressão ,toda quebra do tecido social tem muitos aspectos.

Neste caso vem aflorando nitidamente o preconceito,sempre escondido e muito bem embrulhado,por ser,ele próprio,um desvio da sociedade.

Por isso nunca freqüenta reuniões sociais ,só aflora à boca pequena nos tititis nos cabeleleiros e bares da moda e na Internet.

Tenho ouvido e percebido o que se fala veladamente da Elisa,a moça sacrificada.

O escritor é um fotógrafo social e tem o dever de perceber,ler nas entrelinhas e analisar as tendências.

Comentários machistas procuram justificar o crime.Senhoras pias que freqüentam as igrejas,mães de família que até podem estar criando elisas sem o saber,homens apaixonados por futebol ou hipócritas de carteirinha (afinal são eles que produzem as elisas) andam falando ou insinuando sutilmente que ela teve o que merecia;afinal era uma prostituta,uma Maria – chuteira querendo se dar bem,uma atriz pornô que protagoniza aqueles filminhos que o senhor,Seu José,assiste nas madrugadas solitárias enquanto sua santa esposa dorme o sono dos anjos.

Isto me incomoda:a violência,o preconceito,o poder de julgar e destruir uma vida,barbaramente,hediondamente,apenas por ser uma vida transgressora,marginal, diferente daquelas vidas com as quais nossa sociedade não está acostumada a conviver,mas,está acostumada a produzir.

se existem prostitutas,atrizes pornôs e oportunistas é porque o nosso sistema as cria e chafurda nesse esterco social que determina até pela posição econômica quem deve ser escória e quem deve ser certinha.

A mesma sociedade que ajuda a promover bandidos a heróis,que paga centenas de milhares de dólares a indivíduos despreparados para a fama e riqueza mesmo sabendo que seu passado aparecerá pois somos seres biográficos,um dia ,aqueles genes aparecerão e até vamos deixando rastros pelo caminho como esse infeliz do Bruno,antes festejado,hoje execrado,mas,que já deixava vestígios de suas tendências violentas,ignoradas pela polícia,quando a Elisa pediu proteção.

Um assassinato não surge do nada; percorre um longo caminho desde a agressão verbal,um tapinha que a canção diz que não dói,os desentendimentos freqüentes em casa ,tudo isso somado à arrogância,ao orgulho e à sensação de impunidade de quem se acha acima do bem e do mal.

Que planeja,mata e quando tudo termina senta para tomar cerveja e falar de futebol;que,na própria delegacia faz planos para a Copa de 2014.

Àvida leitora de romances policiais desde menina quase que aposto que nessa estória cruel o buraco é mais embaixo;não pode ter causado tanta violência apenas uma investigação de paternidade;não seriam mobilizados tantos psicopatas e assassinos apenas por causa de um bebê e uma mísera pensão.Para mim,Elisa morreu porque sabia demais;viu o que não era para ver.

Esse crime, pela maneira que foi cometido,pelos participantes ,parece queima de arquivo,crime de tráfico.

Me corrijam se estiver errada.

Acorda,polícia!

IMG:Busca Google





sábado, 10 de julho de 2010

DIÁRIO DE BORDO,CAP:XXV

Passei deslumbrada pela muralha romana cuja imponência dominava os arredores; saí a passear nas cercanias, ruas estreitas e antigas, casas velhas cheias de poesia; ”Ah, a poesia das velhas casas abandonadas...” cantava o poeta Manoel Bandeira; se eu as pudesse escutar, que estórias me contariam?Certamente falariam de saudade porque “saudade é o eco em dor de vozes que morreram. disse o poeta. De repente uma surpresa: a Radio Catalunha toca música brasileira. Jorge Benjor; A apresentadora promete para mais tarde Gil, Caetano e Milton Nascimento. È o Brasil presente; há pouco,quando estava na Catedral,passou por nos um garoto bem louro com jeito de nórdico, vestindo uma camiseta da Bahia. No silencio da cidade medieval, jovens rapazes tocavam música sacra e canto gregoriano; um homem com traços de índio asteca tocava violão, ao mesmo tempo em que soprava pífaros; tocava Aranjuez, meu amor; eu estava a ponto de ter um orgasmo. O dia ajudava; fazia um belo sol de primavera. uma brisa fresca nos beijava o rosto, tudo emoldurado por um belo céu azul; flores nos balcões, harmonia, alegria no meu coração.


#Comprei postais e recuerdos; comecei a gastar dinheiro, mas, resistir, quem há-de?Comprei reproduções de telas famosas. Saímos para as Ramblas e voltamos a ver Orlando,que nos esperava com o Carlos,um português alto, jovem e bem apessoado,de Lisboa,como Raul e Sto. Antonio. Falamos de negócios, minhas finanças andavam necessitadas o jeito foi sair da Idade Média e cair no mundo real e suas necessidades inadiáveis. O Carlos levou-me até um comerciante que tinha interesse nas minhas peças,Sérgio,grande atacadista daqui;entre outras coisas ele tem varias lojinhas,comuns aqui que vendem de tudo a 100 pesetas;algum tempo depois chegariam ao Brasil como lojas de 1.99;mas,o que ele queria mesmo eram camisetas da Seleção;diz ser louco por futebol e Ayrton Sena.Comprei camisetas,imitações de Lladró,batons,presente para meus netos,uma velinha bem original para o bolo de Puppy;depois de tudo isso,como eu tenho uma sorte danada e nasci com o traseiro pra lua ainda tive a oportunidade de ver a Sagrada Família,passando tranquilamente de carro;esta obra monumental de Gaudi só vai estar terminada -dizem-na para 2014.Graças ao Carlos ,apesar da hora apertada,vi boa parte de Barcelona.O René me ofereceu um mapa de Barcelona;Como agradecer tanta gentileza?
Na pressa noto que sai do navio em jejum; nem bebi o tradicional copo d’água de todas as manhãs; para aplacar a fome comprei um croissant delicioso perto da Cidade Velha. Vim comendo pela rua sob olhares divertidos dos catalões;paramos perto de uma árvore,mais precisamente um pé de tangerina carregado;um velho que estava á porta de sua loja deu um jeito de dizer que não serviam para comer;eram muito azedas;com certeza nos achou com cara de famintos.O porto fica perto do cemitério.Os cemitérios, no Velho Mundo são um espetáculo á parte.Vale a pena uma demorada visita,ver monumentos,esculturas e conferir os nomes dos moradores;não há nada de morbidez nisto ,é um outro tipo de Arte.Partindo de Barcelona pode-se ir ás Baleares,por ferries;também Ibiza ou Canárias.Um trem de Barsa a Madri leva 10hs. de viagem; no verão é melhor viajar á noite, mais fresco e fica o dia todo para se aproveitar. A mesma paz,a mesma sensação de levitar,o mesmo silencio dos séculos,o mesmo cheiro,a mesma atmosfera pura e sagrada eu senti no Mosteiro da Batalha,em Portugal,no Duomo de Gênova e em Fátima;é uma sensação que não da para descrever.O navio saiu ás 7hs. Carregado de containeres vamos pesados; dentro de três dias estaremos em Las Palmas. O2º finalmente partiu de férias.Fui me despedir dele na sala do Imediato,parecia muito feliz.Disse-lhe “all the Best”e ele partiu feliz como pinto no lixo.


IMG: sagrada Família,obra inacabada de Gaudi

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CONVITE



Olá amigos

Dia 9 de julho a partir das 15hs farei uma palestra sobre “Monteiro Lobato –um homem cheio de Artes” a convite da Academia de Cultura da Bahia,situada na Faculdade 2 de Julho,no Garcia.

A palestra será na Capela.

Todos estão convidados.

Um cheiro

Soneto da Separação






De repente do riso fez-se o pranto


Silencioso e branco como a bruma


E das bocas unidas fez-se a espuma


E das mãos espalmadas fez-se o espanto.






De repente da calma fez-se o vento


Que dos olhos desfez a última chama


E da paixão fez-se o pressentimento


E do momento imóvel fez-se o drama.






De repente, não mais que de repente


Fez-se de triste o que se fez amante


E de sozinho o que se fez contente.






Fez-se do amigo próximo o distante


Fez-se da vida uma aventura errante


De repente, não mais que de repente.






Vinicius de Moraes

IMG:Busca Google

Peça  "A Bahia de Outrora" pelo PagSeguro ou Mercado Livre.
Nunca se separe de um bom livro.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O GENERAL E A BAIANA




Anos 70,anos de chumbo; ai5,torturas,fleurys, ulstras nada brilhantes,generais a mandar em tudo.

Eu estava no rio,acompanhada do meu ex-marido carioca,quando,ao passar pela Av.Atlântica ,um carro preto,dirigido por um motorista negro,tipo armário,com uns óculos esporte estilo máfia,saindo de uma rua lateral,invadiu a preferencial e bateu no meu carro,danificando o pára-choque.Época difícil,dinheiro curto, tínhamos vindo ao Rio a trabalho e, no dia seguinte,cedo,estaríamos na estrada,de volta ao batente.

oOmotorista não pareceu se importar,eu desci,furiosa,mas,contida,e fui pedir explicações;disse que precisava fazer a ocorrência,queria meu passat consertado,pois,se fosse atravessar três estados com o carro amassado,a Policia Rodoviária,me pegaria;o motorista,cheio de empáfia disse que o carro era de um general 5 estrelas,da ativa.e que não ia consertar nada,pois a culpa era minha;

olhei no fundo do carro e vi um velho engelhado como pescoço de peru,olhos vazios e cara de poucos amigos.

Dirigi-me a ele,falei que estava de passagem,não tinha dinheiro para conserto e estava com a razão;eles resolvessem.O motorista,firme e o velho,calado.então eu disse: -5 estrelas,hein!? pois estrelas estou vendo eu,que tenho que viajar:ou conserta meu carro ou vou ligar para meu primo,redator do Jornal do Brasil e dizer como um general da república trata os brasileiros.

Pasmem! A espada de Iansã está sempre entre eu e o perigo,tenho certeza;o velho falou qualquer coisa com o motorista,tirou umas notas da carteira e me deu; ali perto tinha uma concessionária da Volks,chamada Miriam,coloquei o carro e troquei o pára-choque; enquanto a meu marido,pálido como a morte,recuperou-se tomando um cafezinho e fumando um cigarro atrás do outro.

Arrisquei-me, mas,consciente de que a defesa dos nossos direitos deve ser a prerrogativa de todos .

IMG:Busca Google

terça-feira, 6 de julho de 2010

O LAÇO DE FITA


O laço de fita

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...

Prendi meus afetos, formosa Pepita.

Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!

Não rias, prendi-me

Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,

Nos negros cabelos da moça bonita,

Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,

Formoso enroscava-se

O laço de fita.


Meu ser, que voava nas luzes da festa,

Qual pássaro bravo, que os ares agita,

Eu vi de repente cativo, submisso

Rolar prisioneiro

Num laço de fita.

E agora enleada na tênue cadeia

Debalde minh'alma se embate, se irrita...

O braço, que rompe cadeias de ferro,

Não quebra teus elos,

Ó laço de fita!

Meu Deusl As falenas têm asas de opala,

Os astros se libram na plaga infinita.

Os anjos repousam nas penas brilhantes...

Mas tu... tens por asas

Um laço de fita.

Há pouco voavas na célere valsa,

Na valsa que anseia, que estua e palpita.

Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...

Beijava-te apenas...

Teu laço de fita.


Mas ai! findo o baile, despindo os adornos

N'alcova onde a vela ciosa... crepita,

Talvez da cadeia libertes as tranças

Mas eu... fico preso

No laço de fita.


Pois bem! Quando um dia na sombra do vale

Abrirem-me a cova... formosa Pepital

Ao menos arranca meus louros da fronte,

E dá-me por c'roa...

Teu laço de fita.



O poeta baiano Castro Alves não era só um revolucionário,mas,também,um poeta apaixonado e romântico.Amou e foi amado por belas mulheres como a atriz Eugênia Câmara.Esta poesia mostra o seu lado romanticamente infantil.






















segunda-feira, 5 de julho de 2010

MITOS BRASILEIROS: A LENDA DO NEGRINHO DO PASTOREIO




Antigamente, há muitos, muitos anos atrás,havia nos pampas um estancieiro muito rico e muito malvado.

Todos o temiam e odiavam pela sua perversidade, sua avareza e sua cupidez.

Seus inúmeros escravos sofriam nas suas unhas, as penas do inferno;morriam às dúzias de trabalhos e maus tratos.

Numa fatídica manhã de sexta-feira, um negrinho, filho de escravos do estancieiro e,por,isso,também seu escravo,apesar da sua pouca idade e inexperiência,foi mandado pastorear uma tropilha de cavalos baios,ariscos e indomáveis,e,no pastoreio pelos campos perdeu a tropilha.

O amo o surrou de uma forma bárbara; o negrinho ,uma criança franzina,não resistiu à surra de relho;ainda sangrando foi jogado num formigueiro e devorado pelas formigas.

Alguns anos depois,tropeiros e peões começaram a ver um belo negrinho,arrodeado de luz,conduzindo uma bela tropilha de cavalos baios,através das campinas.Os sons da cavalhada enchiam os pampas.

Pairando sobre tudo e todos,Nossa Senhora,sua madrinha,o abençoa.

Como afilhado da Virgem, que vela por ele,quem perder qualquer objeto,é só pedir ao Negrinho,que ele o põe à vista do dono.Então,convém acender uma vela e agradecer ao menino.Embora seja um mito gaúcho sua fama chega até a fronteira de São Paulo e se espalha por todo o Brasil.

Até hoje,o negrinho bonito e nutrido,percorre os campos conduzindo seus cavalos.

.Talvez, através dele,as pessoas queiram compensar os escravos por seus martírios,achando que,pelos sofrimentos que suportaram,mereciam as graças do Senhor. Foram canonizados pelo povo,na pessoa de uma criança frágil e indefesa.

Existem várias versões para essa lenda,pois,gaúcho bom não pisa no poncho nem deixa ninguém contar mentira.Mas,versão...cada um tem a sua!

Fontes:Simão Lopes Neto

Guia do Folclore Gaúcho

Geografia dos Mitos Brasileiros

Gosta de estórias fantásticas, costumes e tradições do passado? Então leia “A Bahia de Outrora”,agora em 10 x no Mercado Livre.





sábado, 3 de julho de 2010

DIÁRIO DE BORDO, CAP:XXIV

Catedral de Barcelona




Torre de Colserolla



                                                         Ciutat Veil               
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Estou em lua de mel com meu CD stereo cassete e rádio comprado em Barcelona e que o Orlando me entregou hoje; foram os U.S130 mais bem empregados da minha vida; estou ouvindo a Rádio Barcelona. Comprei também uma câmera Minolta e uns perfumes para vender.Quando o dia amanheceu pensei que nada ia dar certo em Barcelona.Com pouco dinheiro,estava desanimada;René e Francis iam sair para tirar fotos para documentos e eu pretendia ficar nas Ramblas e depois visitar a Sagrada Família.O agente daqui nos deixou perto da Ciutat Vieja;fomos ver a majestosa Catedral,grande como nunca havia visto outra igual.Portais,altares,frontispícios,imagens,teto,seu silencio mil vezes secular,seu cheiro incomparável -o odor dos séculos-seu claustro,a sacristia - tudo mexia comigo profundamente que só uma palavra expressa bem:Reverencia.A música de câmara me transportava para um passado distante e misterioso,um “quê de deja vu”;já estive aqui?Quando? Em que circunstancias?Senti-me pequeninha, minúscula, esmagada por uma força secular. Uma palavra expressa bem o que senti:REVERENCIA.Compramos velas que acendemos para nossas protetoras;fiz minhas orações,não tinha o que pedir,só o que agradecer.Eu,Miriam Sales,uma brasileirinha de classe média ,sem amigos poderosos nem parentes importantes,sem grandes merecimentos para com Deus,sem dinheiro para gastar-aqui- em plena Catedral ,



comovida pelos seus cantos sacros,pisando neste solo onde tantos passaram antes de mim,desfilando suas tristezas e alegrias,protegida por estas paredes vetustas onde tantos vieram pedir proteção,esmagada pelo peso dos séculos,compartilhando a energia de várias gerações que aqui passaram elevando suas preces ao Infinito;aqui há uma capela só para preces;proibido fotos,filmadoras e similares,um lugar feito para oração e recolhimento.A Cidade Velha é indescritível;parece que voltei no tempo e estou na Espanha do sec.XV.Tenho a impressão de ver Colombo contrito,entregue aos seus pensamentos,seu olhar de visionário enxergando o que ninguém mais vê;ou D. Juan Tenório,bem pouco religioso,escondido nas esquinas a devorar com os olhos as belas “chicas” nos portais.Senhoras elegantes e compenetradas levavam seus cachorros a passear;um ou dois mendigos,bem velhinhos,com vestes pobres,mas,decentes cerzidas,porém muito limpas,esperavam com a mão estendida que alguma alma compassiva fizesse deslizar uma moedinha nos potinhos aos seus pés;senhoras idosas com um ar compungido seguiam para a Missa carregando seus missais;turistas abobados,como eu,esmagados diante de tanta beleza,passavam boquiabertos enquanto suas kodaks trabalhavam freneticamente.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CURIOSIDADES:




ORIGEM DA PALAVRA FUTEBOL


O nome do jogo mais popular do Brasil tem origem inglesa;verdade é que o próprio jogo foi criado pelos ingleses que o denominaram de foot (pés,em inglês) e Ball (bola),assim mesmo,bola no pé.


Os ingleses não chamavam foot-ball de foot-ball e sim de soccer ,formado de as+ soc+er (association football).


Diferente do futebol americano criado em 1874 e que é praticado inteiramente com as mãos,o futebol inglês é o líder dos esportes no Brasil.


O futebol americano,chamado soccer nasceu de uma disputa entre as Universidades de Harvard,americana e McGill,canadense;em campo ,os jogadores disputaram uma variante do rúgbi canadense,uma espécie de vale – tudo,onde entravam beliscões e chutes baixos ou não.


Ia o nosso futebol muito bem aqui na Pindorama quando os puristas da língua rebelaram-se contra o estrangeirismo foot-ball que acabaram trocando pelo estranhíssimo ludopédio.,do Latim ludo(jogos) pédio(dos pés)


Agora me responda:- Você iria ao Maraca assistir um ludopédio?Fala sério!


Não pegou,nem poderia,é claro!


O mais famoso esporte brasileira de origem bretã que revelou nomes como Pelé,Garrincha,Nilton Santos,Júlio César,Tafarel,está caminhando rumo ao hexa.


Vamos apoiá-lo.

”A Bahia de Outrora” estará nas bibliotecas de Harvard e Coimbra;porque não na sua casa?Custa menos que uma partida de futebol e não elevará seu stress.Informe-se pelo e-mail:miriamdesales@gmail.com