Seguidores

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

AFINAL,É NATAL!...


                                                                  O BLOG DE DEZEMBRO/2015
                                                                                                       AFINAL
                                                                                                                     É NATAL!









O BLOG DE DEZEMBRO/2015

 A árvore de Natal na casa de Cristo

AFINAL

É NATAL!


Dostoiévski

Havia num porão uma criança, um garotinho de seis anos de idade, ou menos ainda. Esse garotinho despertou certa manhã no porão úmido e frio. Tiritava, envolto nos seus pobres andrajos. Seu hálito formava, ao se exalar, uma espécie de vapor branco, e ele, sentado num canto em cima de um baú, por desfastio, ocupava-se em soprar esse vapor da boca, pelo prazer de vê-lo se esvolar. Mas bem que gostaria de comer alguma coisa. Diversas vezes, durante a manhã, tinha se aproximado do catre, onde num colchão de palha, chato como um pastelão, com um saco sob a cabeça à guisa de almofada, jazia a mãe enferma. Como se encontrava ela nesse lugar? Provavelmente tinha vindo de outra cidade e subitamente caíra doente. A patroa que alugava o porão tinha sido presa na antevéspera pela polícia; os locatários tinham se dispersado para se aproveitarem também da festa, e o único tapeceiro que tinha ficado cozinhava a bebedeira há dois dias: esse nem mesmo tinha esperado pela festa. No outro canto do quarto gemia uma velha octogenária, reumática, que outrora tinha sido babá e que morria agora sozinha, soltando suspiros, queixas e imprecações contra o garoto, de maneira que ele tinha medo de se aproximar da velha. No corredor ele tinha encontrado alguma coisa para beber, mas nem a menor migalha para comer, e mais de dez vezes tinha ido para junto da mãe para despertá-la. Por fim, a obscuridade lhe causou uma espécie de angústia: há muito tempo tinha caído a noite e ninguém acendia o fogo. Tendo apalpado o rosto de sua mãe, admirou-se muito: ela não se mexia mais e estava tão fria como as paredes. "Faz muito frio aqui", refletia ele, com a mão pousada inconscientemente no ombro da morta; depois, ao cabo de um instante, soprou os dedos para esquentá-los, pegou o seu gorrinho abandonado no leito e, sem fazer ruído, saiu do cômodo, tateando. Por sua vontade, teria saído mais cedo, se não tivesse medo de encontrar, no alto da escada, um canzarrão que latira o dia todo, nas soleiras das casas vizinhas. Mas o cão não se encontrava alí, e o menino já ganhava a rua.
Senhor! que grande cidade! Nunca tinha visto nada parecido, De lá, de onde vinha, era tão negra a noite! Uma única lanterna para iluminar toda a rua. As casinhas de madeira são baixas e fechadas por trás dos postigos; desde o cair da noite, não se encontra mais ninguém fora, toda gente permanece bem enfunada em casa, e só os cães,às centenas e aos milhares,uivam, latem, durante a noite. Mas, em compensação, lá era tão quente; davam-lhe de comer... ao passo que ali... Meu Deus! se ele ao menos tivesse alguma coisa para comer! E que desordem, que grande algazarra ali, que claridade, quanta gente, cavalos, carruagens... e o frio, ah! este frio! O nevoeiro gela em filamentos nas ventas dos cavalos que galopam; através da neve friável o ferro dos cascos tine contra a calçada;toda gente se apressa e se acotovela, e, meu Deus! como gostaria de comer qualquer coisa, e como de repente seus dedinhos lhe doem! Um agente de policia passa ao lado da criança e se volta, para fingir que não vê.
Eis uma rua ainda: como é larga! Esmagá-lo-ão ali, seguramente; como todo mundo grita, vai, vem e corre, e como está claro, como é claro! Que é aquilo ali? Ah! uma grande vidraça, e atrás dessa vidraça um quarto, com uma árvore que sobe até o teto; é um pinheiro, uma árvore de Natal onde há muitas luzes, muitos objetos pequenos, frutas douradas, e em torno bonecas e cavalinhos. No quarto há crianças que correm; estão bem vestidas e muito limpas, riem e brincam, comem e bebm alguma coisa. Eis ali uma menina que se pôs a dançar com um rapazinho. Que bonita menina! Ouve-se música através da vidraça. A criança olha, surpresa; logo sorri, enquanto os dedos dos seus pobres pezinhos doem e os das mãos se tornaram tão roxos, que não podem se dobrar nem mesmo se mover. De repente o menino se lembrou de que seus dedos doem muito; põe-se a chorar, corre para mais longe, e eis que, através de uma vidraça, avista ainda um quarto, e neste outra árvore, mas sobre as mesas há bolos de todas as qualidades, bolos de amêndoa, vermelhos, amarelos, e eis sentadas quatro formosas damas que distribuem bolos a todos os que se apresentem. A cada instante, a porta se abre para um senhor que entra. Na ponta dos pés, o menino se aproximou, abriu a porta e bruscamente entrou. Hu! com que gritos e gestos o repeliram! Uma senhora se aproximou logo, meteu-lhe furtivamente uma moeda na mão, abrindo-lhe ela mesma a porta da rua. Como ele teve medo! Mas a moeda rolou pelos degraus com um tilintar sonoro: ele não tinha podido fechar os dedinhos para segurá-la. O menino apertou o passo para ir mais longe - nem ele mesmo sabe aonde. Tem vontade de chorar; mas dessa vez tem medo e corre. Corre soprando os dedos. Uma angústia o domina, por se sentir tão só e abandonado, quando, de repente: Senhor! Que poderá ser ainda? Uma multidão que se detém, que olha com curiosidade. Em uma janela, através da vidraça, há três grandes bonecos vestidos com roupas vermelhas e verdes e que parecem vivos! Um velho sentado parece tocar violino, dois outros estão em pé junto de e tocam violinos menores, e todos maneiam em cadência as delicadas cabeças, olham uns para os outros, enquanto seus lábios se mexem; ; falam, devem falar - de verdade - e, se não se ouve nada, é por causa da vidraça. O menino julgou, a princípio, que eram pessoas vivas, e, quando finalmente compreendeu que eram bonecos, pôs-se de súbito a rir. Nunca tinha visto bonecos assim, nem mesmo suspeitava que existissem! Certamente, desejaria chorar, mas era tão cômico, tão engraçado ver esses bonecos! De repente pareceu-lhe que alguém o puxava por trás. Um moleque grande, malvado, que estava ao lado dele, deu-lhe de repente um tapa na cabeça, derrubou o seu gorrinho e passou-lhe uma rasteira. O menino rolou pelo chão, algumas pessoas se puseram a gritar: aterrorizado, ele se levantou para fugir depressa e correu com quantas pernas tinha, sem saber para onde. Atravessou o portão de uma cocheira, penetrou num pátio e sentou-se atrás de um monte de lenha. "Aqui, pelo menos", refletiu ele, "não me acharão: está muito escuro."
Sentou-se e encolheu-se, sem poder retomar fôlego, de tanto medo, e bruscamente, pois foi muito rápido, sentiu um grande bem-estar, as mãos e os pés tinham deixado de doer, e sentia calor, muito calor, como ao pé de uma estufa. Subitamente se mexeu: um pouco mais e ia dormir! Como seria bom dormir nesse lugar! "mais um instante e irei ver outra vez os bonecos", pensou o menino, que sorriu à sua lembrança: "Podia jurar que eram vivos!"... E de repente pareceu-lhe que sua mãe lhe cantava uma canção. "Mamãe, vou dormir; ah! como é bom dormir aqui!"
- Venha comigo, vamos ver a árvore de Natal, meu menino - murmurou repentinamente uma voz cheia de doçura.
Ele ainda pensava que era a mãe, mas não, não era ela. Quem então acabava de chamá-lo? Não vê quem, mas alguém está inclinado sobre ele e o abraça no escuro, estende-lhe os braços e... logo... Que claridade! A maravilhosa árvore de Natal! E agora não é um pinheiro, nunca tinha visto árvores semelhantes! Onde se encontra então nesse momento? Tudo brilha, tudo resplandece, e em torno, por toda parte, bonecos - mas não, são meninos e meninas, só que muito luminosos! Todos o cercam, como nas brincadeiras de roda, abraçam-no em seu vôo, tomam-no, levam-no com eles, e ele mesmo voa e vê: distingue sua mãe e lhe sorrir com ar feliz.
- Mamãe! mamãe! Como é bom aqui, mamãe! - exclama a criança. De novo abraça seus companheiros, e gostaria de lhes contar bem depressa a história dos bonecos da vidraça... - Quem são vocês então, meninos? E vocês, meninas, quem são? - pergunta ele, sorrindo-lhes e mandando-lhes beijos.
- Isto... é a árvore de Natal de Cristo - respondem-lhe. - Todos os anos, neste dia, há, na casa de Cristo, uma árvore de Natal, para os meninos que não tiveram sua árvore na terra...
E soube assim que todos aqueles meninos e meninas tinham sido outrora crianças como ele, mas alguns tinham morrido, gelados nos cestos, onde tinham sido abandonados nos degraus das escadas dos palácios de Petersburgo; outros tinham morrido junto às amas, em algum dispensário finlandês; uns sobre o seio exaurido de suas mães, no tempo em que grassava, cruel, a fome de Samara; outros, ainda, sufocados pelo ar mefítico de um vagão de terceira classe. Mas todos estão ali nesse momento, todos são agora como anjos, todos juntos a Cristo, e Ele, no meio das crianças, estende as mãos para abençoá-las e às pobres mães... E as mães dessas crianças estão ali, todas, num lugar separado, e choram; cada uma reconhece seu filhinho ou filhinha que acorrem voando para elas, abraçam-nas, e com suas mãozinhas enxugam-lhes as lágrimas, recomendando-lhes que não chorem mais, que eles estão muito bem ali...
E nesse lugar, pela manhã, os porteiros descobriram o cadaverzinho de uma criança gelada junto de um monte de lenha. Procurou-se a mãe... Estava morta um pouco adiante; os dois se encontraram no céu, junto ao bom Deus.
 
Escritor russo. Cursa estudos militares, que rapidamente abandona para se dedicar à literatura. Homem enfermiço (era epiléptico) e atormentado, tem uma vida difícil, mas no final dos seus dias conhece a fama. De Dostoievski pode dizer-se com justiça que é um romancista tipicamente russo e que representa na sua pessoa e na sua obra as grandezas e misérias da Rússia. O seu pai, um personagem tenebroso e alcoólico que morre assassinado, marca-o profundamente na sua juventude. As crises de epilepsia também perturbam gravemente toda a sua vida. Aos vinte anos inicia a carreira militar e aos vinte e quatro publica com êxito imediato um romance epistolar, Pobre Gente. Em 1849, comprometido numa conspiração, é condenado à morte; a pena é comutada por vários anos de trabalhos forçados na Sibéria. Isto permite-lhe uma observação minuciosa dos habitantes da povoação e leva-o a descobrir os Evangelhos, o que influi poderosamente no seu carácter. Recordações da Casa Morta é uma terrível descrição destes anos de presídio.
Dostoievski, como outros romancistas do seu século (Dickens, Balzac), publica as suas narrativas por fascículos em diversos jornais. Aparece assim Humilhados e Ofendidos. O escritor viaja, luta com a censura e leva uma vida muito activa. Em 1866 fica viúvo e escreve O Jogador, vibrante confissão, baseada na sua própria experiência, de um homem possuído pela paixão do jogo. Neste mesmo ano escreve Crime e Castigo. O Idiota concede-lhe nova celebridade. O seu último grande romance é Os Irmãos Karamazov.
O seu estilo, inconfundível, distingue-se por uma tensão nervosa exacerbada, por uma espécie de vibração interior. Os protagonistas são geralmente criminais, doentes ou loucos, sempre fora da normalidade. São personagens que vivem numa crise contínua; no seu interior produz-se uma dramática luta entre as forças do bem e do mal. Com frequência o protagonista, humilhado sob o peso das injustiças sociais, mostra-se a si mesmo como um bufarinheiro e parece experimentar um prazer mórbido na sua decadência. Nesta situação é objecto de visões e alucinações que dão ao relato um tom vibrante. O envelhecimento da pessoa, o pecado e a redenção são outros tantos aspectos sempre presentes na obra de Dostoievski.



                                      UM POEMA DE NATAL



Soneto de Natal
Machado de Assis

Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

 

                                                          BOM HUMOR






Atividades de Reformados e Pensionistas. 


Um estudo recente da Universidade de Harvard sobre o que fazem os Reformados e Pensionistas chegou às seguintes conclusões.
Dedicam-se basicamente a 3 coisas:
· BANCOS;
· BOLSA;
· INVESTIGAÇÃO; 



 O BANCO em centros comerciais, parques e jardins, onde  passam parte do dia.


A BOLSA das compras no supermercado que têm que carregar, e a bolsa da reciclagem para deitar fora o lixo.

A INVESTIGAÇÃO DIÁRIA: Onde raio deixei as chaves? Onde pus a carteira? Onde larguei os óculos? Como se chama este gajo? De que é que estávamos a falar ?!...


                                                                                      NESTE NATAL





DÊ UM PRESENTE INTELIGENTE
LIVROS DA EDITORA PIMENTA MALAGUETA

$20.00 + FRETE
 33 TEXTOS E POEMAS DE AUTORES NACIONAIS


                                    $30.00 + FRETE
                                               POEMAS DE JACKSON XAVIER


                                                                               $20.00 + FRETE

POEMAS INFANTIS ,LÚDICOS E COM TEMAS VARIADOS IDEAL PARA ESCOLAS E  PARA PRESENTEAR


                                                                     $30.00 + FRETE

UM PRATO CHEIO PARA PESQUISADORES.UM LIVRO DIVERTIDO PARA LEITORES DIVERSOS

$30.00 + FRETE
                                    O MAIS ENGRAÇADO E DIVERTIDO LIVRO DE HUMOR


$25.00 + FRETE

                                                  UM EXCELENTE PRESENTE DE NATAL


                                                                              $30.00 + FRETE

                                  UM ÍCONE DA LITERATURA BAIANA.JÁ NA 4ª EDIÇÃO

                                         PEDIDOS PELO E-MAIL:miriamdesales@gmail.com
                                ENTREGUES AUTOGRAFADOS NO SEU ENDEREÇO
BRINDE: UM EXEMPLAR DA REVISTA LITERÁRIA "BECO DAS PALAVRAS"


                                            ENTREGUE AUTOGRAFADO  NO SEU ENDEREÇO



                                           PÁSSAROS TÊM ASAS.HUMANOS TÊM LIVROS








sexta-feira, 16 de outubro de 2015

NOSSAS CRIANÇAS


 O BLOG DE OUTUBRO/15


DEDICADO ÁS NOSSAS CRIANÇAS



Meus netos ,alguns anos atrás...



UM TEXTO DE MARINA COLASSANTI




                               CONTOS DA CAROCHINHA

Marina Colasanti
   Era linda, era filha, era única. Filha de rei. Mas de que adiantava ser princesa se não tinha com quem brincar?Sozinha, no palácio, chorava e chorava.
Não queria saber de bonecas, não queria saber de brinquedos. Queria uma amiga para gostar.De noite o rei ouvia os soluços da filha. De que adiantava a coroa se a filha da gente chora à noite?
Decidiu acabar com tanta tristeza. Chamou o vidraceiro, chamou o moldureiro. E em segredo mandou fazer o maior espelho do reino. E em silêncio mandou colocar o espelho ao pé da cama da filha que dormia.
Quando a princesa acordou, já não estava sozinha. Uma menina linda e única olhava para ela, os cabelos ainda desfeitos do sono. Rápido saltaram as duas da cama. Rápido chegaram perto e ficaram se encontrando. Uma sorriu e deu bom dia. A outra deu bom dia sorrindo.
- Engraçado – pensou uma - , a outra é canhota.
E riram as duas.Riram muito depois. Felizes juntas, felizes iguais.
A brincadeira de uma era a graça da outra. O salto de uma era o pulo da outra. E quando uma estava cansada, a outra dormia.
O rei, encantado com tanta alegria, mandou fazer brinquedos novos, que entregou à filha numa cesta. Bichos, bonecas, casinhas e uma bola de ouro.
A bola no fundo da cesta. Porém tão brilhante, que foi o primeiro presente que escolheram.Rolaram com ela no tapete, lançaram na cama atiraram para o alto. Mas quando a princesa resolveu jogá-la nas mãos da amiga, a bola estilhaçou jogo e amizade.
Uma moldura vazia, cacos de espelho no chão.A tristeza pesou nos olhos da única filha do rei. Abaixou a cabeça para chorar. A lágrima inchou, já ia cair, quando a princesa viu o rosto que tanto amava. Não um só rosto de amiga, mas tantos rostos de tantas amigas.
Não na lágrima que logo caiu mas nos cacos que cobriam o chão.
- Engraçado são canhotas – pensou.
E riram.Riram por algum tempo depois. Era diferente brincar com tantas amigas. Agora podia escolher.
Um dia escolheu uma e logo se cansou.
 No dia seguinte preferiu outra, e esqueceu-se dela logo em seguida. Depois outra e outra, até achar que todas eram poucas. Então pegou uma, jogou contra a parede e fez duas. Cansou das duas, pisou com o sapato e fez quatro. Não achou mais graça nas quatro, quebrou com o martelo e fez oito. Irritou-se com as oito partiu com uma pedra e fez doze.Mas duas eram menores do que uma, quatro menores do que duas, oito menores do que quatro, doze menores do que oito.Menores cada vez menores.Tão menores que não cabiam em si, pedaços de amigas com as quais não se podia brincar.
Um olho, um sorriso, um pedaço de si. Depois, nem isso, pó brilhante de amigas espalhado pelo chão.Sozinha outra vez a filha do rei.Chorava .Nem sei.Não queria saber das bonecas, não queria saber dos brinquedos.
Saiu do palácio e foi correr no jardim para cansar a tristeza.Correu, correu, e a tristeza continuava com ela. Correu pelo bosque, correu pelo prado. Parou à beira do lago.
No reflexo da água a amiga esperava por ela.Mas a princesa não queria mais uma única amiga, queria tantas, queria todas, aquelas que tinha tido e as novas que encontraria. Soprou na água. A amiga encrespou-se, mas continuou sendo uma.
Então a linda filha do rei atirou-se na água de braços abertos, estilhaçando o espelho em tantos cacos, tantas amigas que foram afundando com ela, sumindo nas pequenas ondas com que o lago arrumava sua superfície.




UM POEMA DE CECÍLIA MEIRELES



Sonhos da menina
A flor com que a menina sonha
está no sonho?
ou na fronha?
Sonho
 
risonho:
O vento sozinho
no seu carrinho.
De que tamanho
 
seria o rebanho?
A vizinha
apanha
a sombrinha
de teia de aranha . . .
Na lua há um ninho
de passarinho.
A lua com que a menina sonha
é o linho do sonho
ou a lua da fronha?









                                               FILOSOFIA PARA CRIANÇAS                             






                                                                    VAMOS LER                                    

OS LIVROS INFANTIS DA EDITORA PIMENTA MALAGUETA




CRIANÇAS GOSTAM DE CONTAR E OUVIR CONTAR HISTÓRIA.NESTE LIVRO  VOCÊS ENCONTRARÃO GRANDES AVENTURAS.PROCURE NO AMAZON.




 LUIZA HELENA PEREIRA TRÁS PARA VOCÊS UMA AVENTURA NA ILHA DOS PIRATAS.A AUTORA E O LIVRO ESTARÃO NA FLICA,EM CACHOEIRA.RESERVE O SEU.




CRIANÇA É POESIA.NESTE LIVRO POEMAS DIVERSOS ENCANTARÃO PAIS E PROFESSORES E DIVERTIRÃO AS CRIANÇAS.



PORQUE NÃO LEVAR A FILOSOFIA ATÉ AS CRIANÇAS.NESTE LIVRO ,MUITO BEM VENDIDO A PROFESSORA MOINA BARTILOTTI TRÁS A FILOSOFIA PARA O UNIVERSO INFANTIL.









                     HOMENAGEM AO NOSSO MAIOR AUTOR INFANTIL                 






                       ATÉ NOVEMBRO,SE DEUS QUISER!                     

sábado, 12 de setembro de 2015

CULTURA POP

                                                                           FIAT LUX
                                 O BLOG DE SETEMBRO/15
             FRESCO E PERFUMADO COMO A PRIMAVERA
 

                                  




                       CULTURAPOP
André Monteiro  é um garoto de Recife ,sul americano,sem dinheiro no banco  ,mas,com um coração enorme e uma cuca cheia de talento.
Ao contrário de D. Baratinha eu não tenho dinheiro na caixinha,mas ,tenho um cérebro cheio de ideias e um coração cheio de boa vontade.
Nas quebradas da vida literária nos encontramos,virtualmente,of course e trocamos ideias.Pronto,encantada com seu trabalho ele fez a capa da revista “Beco das Palavras” que edito e  distribuo   a duras penas ,sacrificando  boa parte da minha curta grana  já que  gente como eu e André ,malucos – beleza nunca encontramos ajuda ou patrocínio.
Resta dizer que a capa foi um sucesso,cantada em prosa e verso por todos que receberam;não estou dizendo que a revista “in totum” não esteja excelente,principalmente porque só tem fera,mas,o impacto é a capa seja de livro ,revista ou invólucro de mulher bonita.Os homens sabem disto e antes de conversar com a garota  se preocupam em olhar os atributos físicos expostos.
Mas,voltando ao André   - acreditem – ele não é apenas um grande artista;ele é um ativista social que mantém projetos socioambientais  fantásticos de inclusão social como o Movimento  Catamisto,o  Muserola e o Trajetável,projetos estes que deveriam sensibilizar e receber o apoio de toda sociedade e ,principalmente ,dos nossos políticos.











Abaixo,um pouco deste projeto




Então,vamos fazer uma corrente pra frente e colaborar com os projetos do André?





CAPA DA REVISTA LITERÁRIA "BECO DAS PALAVRAS"
TRABALHO DO ANDRÉ MONTEIRO







                              O POETA CASTRO ALVES



                                  GILBERTO  FREYRE


Depois de  admirar tanta arte e beleza você,leitor,precisa saber de mais umas coisinhas.O artista André Monteiro precisa manter seus projetos ;por isto precisa vender seus trabalhos.
Que tal uma foto sua ou de quem você ama representado,assim,tão artisticamente?
Converse com o autor,envie uma foto preto/branco e receba este trabalho preciosoque você exibirá com muito orgulho,principalmente porque sabe que está ajudando uma obra social.
E-mail do André:andresoaresmonteiro@gmail.com
Facebook: André monteiro





..E PARA TERMINAR 
UM POEMA DE CARPINEJAR!







A ESCRITORA MIRIAM DE SALES ESTARÁ NA PRÉ - FLICA  NUMA MESA COM FABRICIO CARPINEJAR "O BEM E O  MAL  QUE SAEM DA BOCA".
A ESCRITORA DISTRIBUIÁ ,GRATUITAMENTE,A REVISTA "BECO DAS PALAVRAS" E AUTOGRAFARÁ SEUS LIVROS.
QUANDO: SÁBADO,DIA 19 ÁS 11 HS
ONDE:CAIXA CULTURAL NA RUA CARLOS GOMES



                MIRIAM DE SALES FAZENDO TROVA


domingo, 28 de junho de 2015

OS ENCANTOS DA MENINA LISBOA



FIAT  LUX

O BLOG DE MAIO/15

Viajar é Preciso

OS ENCANTOS DA MENINA LISBOA


                        OS ENCANTOS DA MENINA LISBOA
O QUE VER,ONDE COMER,ONDE COMPRAR,ONDE PASSEAR,ONDE   MORAR,O QU FAZER  .  
                             

Sendo o ponto mais ocidental da Europa,”onde a terra se acaba  e o mar começa...”Portugal é visita obrigatória  nas  suas  andanças europeias.
Para os brasileiros,principalmente ,pois  ,de lá vieram nossas raízes e uma visita carinhosa ao nosso avozinho deveria ser prioritária.
Não poderia narrar aqui todos os encantos portugueses; para isto terei que fazer um livro já pensado e prometido para  2016,com lançamento na Feira do Livro de Lisboa.
Esta breve resenha não diz tudo ,mas,diz muito.Vamos conversar:

    O QUE VER
BAIXA E CHIADO

Uma visita á memória portuguesa , sua  história,seu comercio tradicional,seu passado de glórias ,seus artistas de rua,seu cheiro de alecrim...
Comece pelo Terreiro do Paço,uma das mais belas praças do mundo,com o triunfal Arco Pombalino e a estátua de D. José I ,dominando todo o espaço.Elegantes cafés e velhos edifícios administrativos bem preservados tornam este um passeio encantador.

No Chiado,o bairro mais elegante do s novecentos ,passeava Eça de Queirós e seus personagens sofisticados.A Praça Luis de Camões ,com a estátua do poeta vale uma bela foto.Cumprimente com carinho o autor dos Lusíadas  e aproveitando o ensejo vá almoçar na Trindade,um centenário restaurante que ostenta a cruz templária e os garçons se vestem de monge.A cerveja é especial!


Na rua Garret visite   “A Brasileira” e aproveite para sentar com Fernando Pessoa e oferecer-lhe um cigarro. Depois,aprecie as lojas de moda.



BAIRRO ALTO


Nestas ruas quinhentistas e camaleônicas (á noite é centro boêmio,durante o dia belas vivendas de gente séria ,com flores nas janelas e um comércio  diversificado.
O Príncipe Real atraiu para este bairro de edifícios históricos e coloridos,elegantes butiques, ateliers e galerias á volta de um jardim centenário.Descendo o São Bento você encontrará o belo prédio do Parlamento e antiquários famosos.


ALFAMA,CASTELO E GRAÇA
Alfama não envelhece  pois é onde mora a alma de Lisboa.Bairro boêmio ,com muitas igrejas onde se festejam os santos populares.Os moradores,gente simples são responsáveis pela marca registrada do bairro:as roupas e lençóis estendidos nas janelas.
Aqui se ouve o fado mantido por uma fiel e castiça população nas inúmeras casas,tascas e lojas ,genuinamente portuguesas e orgulhosa do seu passado,imune a estrangeirismos.”Não namores os franceses ,menina Lisboa...”aconselhava Amália, que cantou tantas vezes e de tantas maneiras este bairro tão português!  

Este labirinto de ruas estreitas e calçadas de pedra nos leva á mais bela vista de Lisboa e do estuário do Tejo:o Castelo de São Jorge,visita obrigatória onde passo ,pelo menos um dia,percorrendo seus caminhos seculares desde a Porta da Traição até a porta do sacrifício de Martim Muniz,que salvou os portugueses de uma derrota contra os árabes.



Na Graça temos uma declaração de amor a Lisboa,o miradouro,onde se tem uma preciosa vista da cidade. Em São Vicente de Fora temos,todo sábado,a Feira da Ladra,onde se compra de tudo por um preço baixo regateando sempre.
Descendo até Santa Apolônia –Bica do Sapato visite o Cais de Pedra com muitos restaurantes de preço módico com vista para o Tejo.


CAMPO DE OURIQUE,ESTRELA,LAPA E SANTOS

No Campo de Ourique,uma cidade dentro de Lisboa, vale passear,comer e comprar.Da Estrela,uma vista maravilhosa vai encantar você.
Na Lapa,zona chic ,onde ficam as embaixadas e casas muito elegantes.Já em Santos uma animada vida noturna,bons restaurantes com uma gastronomia tradicional.

ALVALADE
Um bairro novo ,com ruas bem planejadas,calçadas largas e sóbria arquitetura;há bons hotéis e deve-se fazer uma visita obrigatória á Fundação Calouste – Gulbenkian,fonte de cultura com seu museu,jardins e anfiteatro para shows.

BELÉM


Os descobrimentos são celebrados aqui,de onde partiram as naus para abrir novos caminhos no mundo.Visite o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém,ambos com sua magnífica arquitetura manuelina ,o Museu dos Coches,além do Padrão dos Descobrimentos e o Centro Cultural; destino obrigatório e parada obrigatória para provar os deliciosos pastéis de Belém.


PARQUE DAS NAÇÕES

Foi construído para a Expo /98 este bairro chic,moderno, com uma faixa de 5km á beira do Tejo,com restaurantes,teleférico,hotéis e residências de  luxo,prédios modernos e confortáveis,o Oceanógrafo,o Shopping Vasco da Gama e a nova Gare do Oriente;perto de tudo e com transporte acessível,além da tranquilidade e elegância do bairro onde ,prefiro me hospedar.

MINHAS DICAS

Meus passeios favoritos

Casa de Fernando Pessoa
Belém.Olhe,sente,ore,medite ou simplesmente sinta o cheiro dos séculos.
Pegue o tram (o bondinho ou elétrico como os portugueses chamam) na Praça Martim Moniz e faça um tour de 40 minutos pela  Cidade Velha. 
Aproveite para provar e levar os pastéis de Belém;vai pegar uma enooorme bicha (fila),mas,vale a pena...

Castelo de São Jorge,um mergulho no passado de heroismo e luta.Almoce no "Leão de Ouro" e tome uma ginginha no copo de chocolate.
No Cais do Sodré pegue o comboio  e desça no Alcabideche só para almoçar no Traquitanas.Beba um litro da sangria e saia rindo e dançando.
Não deixe de visitar o Parque das Nações com o Oceanário,andar de teleférico,fazer compras no Vasco da Gama e , aproveitando a deixa ir ao Club Gourmet,sofisticado e bacana onde a Carmem e o Fernando Salgueiro lhe atenderão muito bem.Azeites especiais,chocolate Lady Godiva,vinhos finos,patês e uma excelente marmelada.
Visite a Casa dos Bicos onde  lhe espera toda a obra de Saramago.
E,por falar em cultura uma visita obrigatória é o Calouste - Gulbenkian:museu,acervo,parques, exposições, tudo maravilhoso.
Pode ser kitsch ,mas,é lindinho...


RAZÕES PARA VISITAR LISBOA

1-Não teremos problemas com o idioma
2-Uma das maisfartas e gostosas cozinhas do planeta
3-Cidade mais barata que Berlim,Paris  ou Londre4-4-Riquissima cultura e história
5-Boas compras,muitas lojas,shoppings e o maior outlet da Europa
6-Direto pela TAP e sem complicações de visto
7-Pela TAP pode comprar o que quiser;você tem direito a 64 k de bagagem.
8-Aeroporto situado a 10mm do centro
9-A capital mais segura da Europa.
10-Mais de 200 dias de sol por ano.



VALE A PENA TER UM


Por apenas 18 euros e cinquenta  durante 24 hs você terá acesso  a transportes públicos,inclusive os trens para Cascais,Estoril e Sintra.Também lhe garante entrada em 25 museus,monumentos além de descontos em várias lojas de artigos portugueses.
Visite e se informe:
www.visitlisboa.com






                 ATÉ  JUNHO!