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domingo, 8 de setembro de 2013

7 DE SETEMBRO,DIA DA INDEPENDÊNCIA!

              O BLOG DE SETEMBRO/13

Tela de Pedro Américo, a"A Independência do Brasil

O DIA DA INDEPENDÊNCIA                                   
Já podeis da pátria,filhos,
ver contente a mãe gentil
....Trecho do Hino á Independência,da autoria de D. Pedro I)
Nunca se fez historia sem convulsões sociais; as lutas e conquistas são um duelo de antagonistas,cada um procurando uma solução melhor para si e para seus interesses.
A pátria amada,idolatrada,salve,salve,sempre foi um joguete nas mãos dos idealistas ou realistas,dos conservadores ou dos liberais.
Com a Independência,não foi diferente.
Na época haviam  duas fortes facções,querendo impor seus conceitos:a elite coimbrã,que era composta por brasileiros ilustrados,que frequentaram  a Universidade de Coimbra e queriam  fazer do Brasil,a sede do Império Luso-Brasileiro,sem romper  com a Corte Portuguesa;seus principais membros foram José Bonifacio,Hipólito da Costa e José da Silva Lisboa.
Já a elite brasiliense era totalmente republicana e,embora aceitando a monarquia queria dar a esta uma feição republicana.A maçonaria era parte dominante neste movimento ,liderado por Gonçalves Ledo.
O Bonifacio era contra a Assembléia Nacional Constituinte e,seu projeto para o Brasil era estabelecer as bases políticas , sociais e culturais da nação brasileira,a integridade territorial do país,com as províncias submetidas ao poder central, mudar a capital do país,para o Interior para facilitar o povoamento e a integração dos índios á sociedade.
Achava também que,as sesmarias,terras doadas pelo rei a particulares,quando não cultivadas seriam reintegradas á União e distribuídas aos trabalhadores rurais.
 Como se vê,foi o precursor da Reforma Agrária e da criação de Brasília,já naqueles tempos tão antigos.
José Bonifacio era também favorável á Abolição e achava que a miscigenação deveria ser estimulada para salvar o nascente país de conflitos raciais.
Segundo este influente membro do Império,a quem  D. Pedro chamava ás vezes de pai e amigo respeitado da Imperatriz D. Leopoldina,as leis viriam das Cortes de Lisboa,mas,só seriam válidas com o referendo de D. Pedro.
Juntava-se a tudo isso um jornalismo virulento com publicações cáusticas de ambas as partes, a pressão dos Deputados de Lisboa,um príncipe jovem e afoito e temos um retrato fiel da sociedade brasileira nesta época.
Não é de se estranhar que a Província de S. Paulo estivesse em pé de guerra.
D. Pedro foi aconselhado a ir lá para apaziguar os ânimos, depois que a Bernarda de Francisco Inácio depôs Martim Francisco,irmão de José Bonifacio e tomou o poder.
D. Pedro sentiu-se insultado e cavalgou para S. Paulo.
Entregou as rédeas do governo á Imperatriz, que tornou-se  assim,a primeira mulher a ocupar a direção do governo,no Brasil.
O Príncipe chegou, viu e venceu e,só saiu da província a 5 de setembro para ir até Santos. No meio da  tarde,ás margens do Riacho Ipiranga,já atacado de disenteria,que o faria parar a todo momento,saltou uma vez mais para desafogar-se,quando, ainda abotoando a fardela recebeu das mãos de  Paulo Brigaro, correio da Corte,documentos enviados por D. Leopoldina e José Bonifacio,pedindo que ele voltasse logo,pois,as Cortes Portuguesas anularam medidas tomadas pelo Príncipe,exigiam  que ele demitisse ministros da sua escolha e o acusavam de subversão e traição. Fulo de raiva, ao ler o despacho de Bonifacio que dizia”de Portugal,só podemos esperar escravidão e horrores”,o Príncipe,impetuoso,reuniu a guarda e falou:
-As Cortes Portuguesas querem mesmo nos escravizar, passam por cima da minha autoridade e perseguem-nos. De hoje em diante ,nossas relações estão quebradas.Nenhum laço,nos une mais.Arrancou ,com raiva,o lenço azul e branco que trazia na manga,símbolo da raça portuguesa,e gritou:
-Laços fora,soldados!Viva a Independência, a Liberdade e a separação do Brasil!Desembainhou a espada e voltou a bradar:
-Pelo meu sangue,pela minha honra,pelo meu Deus,juro fazer a liberdade do Brasil!
E,já de pé nos estribos,afirmou a divisa do Brasil Independente:-Independência ou Morte! Eram  exatamente 4 horas da tarde do dia 7 de setembro de 1822. Entrou em S. Paulo dando vivas á Independência, lá mesmo escreveu o Hino e foi finalmente aclamado Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil,no dia 12 de outubro de 1822,data do seu aniversario.


                 O HINO DA INDEPENDÊNCIA
Rei Cavaleiro,Dom Pedro I era príncipe ,músico e poeta.Coube a ele escrever o Hino da nossa Independência que ele mesmo proclamou.




                 O PINTOR PEDRO AMÉRICO

Pedro Américo foi um destacado pintor brasileiro no século XIX.
Filho de Daniel Eduardo de Figueiredo e Feliciana Cirne, Pedro Américo de Figueiredo e Melo nasceu no dia 29 de abril de 1843 na cidade de Areia, estado da Paraíba. Proveniente de uma família de poucos recursos, juntamente com seu irmão Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo seguiu pelo caminho da arte desde cedo. A família, como um todo, tinha vínculos com a arte, e o talento de Pedro Américo logo se destacou, repercutiu pela cidade sua capacidade em desenhar.
O jovem Pedro Américo impressionou o viajante francês Louis Jacques Brunet, que decidiu levar o talentoso menino em uma expedição. Foram vinte meses viajando pelo Nordeste do Brasil. Em 1854, Pedro Américo foi para o Rio de Janeiro estudar no Colégio Dom Pedro II, onde mais uma vez se destacou. Não tardou para que entrasse na Academia Imperial de Belas Artes e conquistasse sucesso. O próprio imperador o concedeu uma pensão para que estudasse na Europa.
Entre 1859 e 1864, Pedro Américo estudou na École de Beaux-Arts, em Paris. Foi discípulo de um dos mais importantes pintores do neoclassicismo francês, Ingres, e viajou por diversas capitais europeias para ampliar o conhecimento. Voltou ao Brasil e foi aprovado em concurso para ser Professor da Academia Imperial de Belas Artes. Um novo retorno à Europa lhe rendeu o título de Doutor em Ciências Naturais ao defender sua tese em Bruxelas.
Novamente no Brasil, casou-se com a filha de Manuel de Araújo Porto-alegre, Carlota de Araújo Porto-alegre, e dedicou-se ao ensino da pintura. Foi uma fase em que produziu diversas obras importantes, incluindo retratos de celebridades. A consagração veio com o quadro Batalha do Avaí, uma das obras mais importantes do nacionalismo romântico no Brasil.
Pedro Américo foi um pintor muito marcante do período imperial brasileiro, mas manteve seu prestígio com a Proclamação da República. Enquanto outros pintores de sua geração foram levados ao ostracismo, como Victor Meirelles, o talentoso pintor da Paraíba continuou produzindo importantes obras. Chegou até a ocupar o cargo de deputado no Congresso Constituinte, por Pernambuco, em 1890. Foi autor de importantes obras de arte da República também, como o quadroTiradentes Supliciado, que se encontra no Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora (MG).
Pedro Américo foi também historiador, filósofo, escritor, romancista e poeta. Mas, sem dúvida, seu grande destaque foi como pintor. Sua obra esteve inserida na arte neoclássica, privilegiando temas históricos e personificações. Suas pinturas são fundamentais para se compreender o patriotismo criado entre os brasileiros. Pedro Américo é considerado um inovador na pintura brasileira e, pelo seu talento, recebeu variados prêmios nacionais e internacionais. Muitas de suas obras entraram para o imaginário coletivo, sendo reproduzidas em diversas ocasiões. Entre as pinturas mais importantes, além das já citadas, estão: A Batalha do Campo Grande, A Fala do Trono, Independência ou Morte e Paz e Concórdia.
Sofrendo desde a infância com beribéri, Pedro Américo praticamente ficou cego, além de empobrecido com a crise nacional no começo da República. Faleceu no dia 7 de outubro de 1905 e foi provisoriamente sepultado no Rio de Janeiro. Somente mais tarde seu corpo foi transferido para sua cidade natal, Areia.
Fontes:
CHRISTO, Maraliz de Castro Vieira. Pintura, história e heróis no século XIX: Pedro Américo e Tiradentes Esquartejado. Tese de Doutorado, UNICAMP, 2006.
FERNANDES, Cybele V. F. A construção simbólica da nação: A pintura e a escultura nas Exposições Gerais da Academia Imperial das Belas Artes. In: 19&20 – A revista eletrônica de Dezenove
Davi e Abisag

Vinte. Volume II, n. 4, outubro de 2007.
MACHADO, Vladimir. Pedro Américo.
Fonte:Infoescola


                     A Batalha do Avaí

                         A Carioca

                   A Libertação dos Escravos

    A BANDEIRA DO IMPÉRIO BRASILEIRO