Seguidores

terça-feira, 31 de maio de 2011

MARIDOS & ESPOSAS...




Meu pai dizia que se casamento fosse bom não chegava para pobre; nem precisava de testemunhas.
Não chego a tanto ,mas,concordo que há casamentos e cansamentos.
Em lugar de dar vazão a um sentimento de amor,solidariedade  e compartilhamento o que vemos é uma verdadeira guerra doméstica,uma guerra suja  abaixo da linha da cintura em que nem se respeita  o direito do companheiro (a) de viver.
Certa vez fui convidada para jantar na casa de uma prima distante ,casada com um alemão.
Todas invejavam seu poderoso marido ariano, diretor de uma grande empresa e os confortos que essa união lhe  proporcionava .
O jantar movido a um bom vinho da Bavária ia muito bem até que meu pai se lembrou de elogiar os dotes domésticos da parenta.
-Ela é uma excelente dona de casa.
Então,diante de seis convidados diversos, o marido saiu-se com essa:
-Pode ser,mas,da cintura prá baixo é uma m....!
Não sei, mas, a violência me pareceu mais dura de agüentar devido ao forte sotaque teutônico.
                         *
 Que Maria destratava   o marido,  todas nós sabíamos.
O pobre homem era um poeta, vivia nas nuvens e descer ao mundo material era- lhe  muito penoso   .
Para ele, ela tinha sempre os cantos da boca  curvados prá baixo um olhar duro, um ar de desprezo,
Mal o coitado se atrevia a abrir a boca  vinham  as   recriminações que atirava para baixo  a auto-estima do companheiro e congelava  o clima da reunião.
-Sabe o que eu penso...
-E você pensa, seu banana!? Deve pensar sim, em fazer versos horríveis que ninguém lê em vez de cuidar da vida que a morte é certa.
O coitado ficava sem jeito,desconfortável,torcendo as mãos,olhos baixos.Ar de cachorro chutado.
Diariamente recebia aquela dose de humilhação,desrespeito,malquerença,justamente de quem mais devia amá-lo e respeitá-lo e com quem ele vive apenas porque quer.
E o que me espanta em tudo isso é que não se trata de um caso isolado.É o chamado casamento normal.
Longe de ser uma relação de afeto, transformou-se num ódio velado  originado talvez da frustração de sonhos sonhados e nunca realizados ou do desejo de cada um de dominar e ser dominado.
Freud explica?
Talvez!
Mas, ninguém deveria aceitar um   amor que não fosse realização e libertação.

PALAVRA DO LEITOR:
i Miriam,
Aamei este texto sobre o casamento e cansamento....  ~é isso ai...

a frase é perfeita, parabéns.

Marina Gentile

4 comentários:

  1. Mirokca,

    Teu texto me lembrou o livro "Mulheres são de Vênus e Homens são de Márter, onde os contrários sempre acabam por se atrair de formas diferentes, mas com uma só alma, embora que haja momentos de dificeis entendimentos entre os lados...

    Mas,é pelas diferença que sentimos o REAL prazer de continuarmos a perseverar e acreditar que o único ABSOLUTO é DEUS!!!

    Às vezes, na minhas mais profundas crise humana e relendo sempre a teoria freudiana fico a pensar: "SERÁ MESMO QUE FREUD EXPLICA???

    Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Querida Amiga,

    Agora que já conseguir acessar outra vez minha conta com o GLOGEE é que pude ler e agradecer tua indicação ao artigo "O Cérebro Nosso de Cada DIA: o depóisito das inteligências múltiplas humanas".

    BRIGADUUUUUU pela tua amizade e carinho ESPECIAL!!!

    Milhões de Beijos

    ResponderExcluir
  3. Solange,vc e seus textos maravilhosos são sempre bem vindos aqui no meu cantinho. bjks

    ResponderExcluir
  4. Há casais que jamais deveriam juntar-se, principalmente para fazer filhos.
    Acredito que um casamento dure (meu caso), falo com experiência. Após a paixão, o que se chama de amor é uma grande amizade e respeito (este é o mais importante), além de paciênica, aliás, a paciência é arma, é necessário saber usá-la. É mais indicada para a paz, mas há os que a usam para a guerra.
    Bjs
    Lindos textos, querida escritora.
    Bjs em teu coração.

    ResponderExcluir