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terça-feira, 10 de maio de 2011

ABANDONAR CONCEITOS PRÉ-ESTABELECIDOS



Se a existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse.Acuse a si mesmo,diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas.
                                                         Rilke, poeta  checo-austríaco

PARA ter o controle de si mesmo, comece deletando velhos mitos,como o QI,por exemplo;ou,a idéia difundida de que a inteligência se mede pela capacidade de resolver problemas intrincados,aprender a ler rápido e compreender facilmente o texto lido ou resolver questões abstratas
.Quem pensa assim (quase toda a gente) acha que o preparo cultural e a instrução são condições essenciais para a auto-realização.
Esta idéia gera uma espécie de esnobismo intelectual e nos conduz a um erro de pensamento  maléfico,em que achamos que os muitos prêmios escolares,o mestrado e o doutorado,um vocabulário rico e uma boa memória para guardar fatos,nos torna inteligentes.
Basta dar um pequeno passeio nas clinicas de drogados e nos sanatórios para doentes mentais para verificar que  estão  lotados de pessoas com tais qualificações.
O verdadeiro medidor de inteligência é uma vida produtiva, feliz, descontraída, vivida a cada dia a sua alegria sem stress nem queixumes.
Seja você um cientista da Nasa ou um lavrador analfabeto,se  vive cada momento pelo que ele vale,então você é uma pessoa inteligente.
Se mesmo convivendo com problemas que não sabe resolver, você fizer uma opção pela felicidade,ou,pelo menos,decidir não ser infeliz, você é inteligente.Viverá sem o famoso Colapso Nervoso que atinge tanta gente boa.
-Que tem ele,porque está tão perturbado?
-Ah,são nervos,coitado!Só que,segundo a Ciência,não existe colapso nervoso;os nervos não se rompem;pessoas inteligentes não sofrem colapso nervoso porque tomaram as rédeas de suas próprias vidas;preferem a felicidade á depressão,sabem enfrentar os problemas -note que eu não escrevi resolver,escrevi enfrentar -pois,enquanto estivermos sob este chão problemas não vão faltar;vamos aprender a conviver com essa praga.
As lutas do cotidiano são basicamente as mesmas para todos nós;desavenças,conflitos e compromissos fazem parte da condição humana.”O inferno são os outros,” dizia Sartre.Todos os nossos semelhantes adoecem,precisam de dinheiro,envelhecem,criam barriga,ficam impotentes,morrem,são vítimas de catástrofes e acidentes,mas,alguns se saem bem onde outros desabam.Os inteligentes continuam optando pela felicidade,apesar destes acontecimentos.
Estes indivíduos,que eu digo,trazem a marca de Caim,passam incólumes pelo sofrimento e conseguem manter acesa a chama da esperança;contabilizam o que ficou,não o que se foi.
Com certeza você, como eu,cresceu ,acreditando não poder controlar suas próprias emoções.
Raiva,medo,ódio,êxtase,alegria ,amor são coisas a que estamos sujeitos,temos é que aceitar.Mas,podemos dominá-las;canalizar seus efeitos,tirar proveito destas situações em nosso próprio beneficio.Uma pessoa que não consegue um auto-domínio jamais conseguirá impor-se aos outros.

2 comentários:

  1. Eu acho que a frase do Rilke lá de cima explicou tudinho que você disse. Adorei, Miriam! Meu abraço. paz e bem.

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  2. Pois é,Cacá, o que nós fazemos por nós mesmos? bjks

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