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quarta-feira, 5 de maio de 2010

TODAS AS ARTES: DI CAVALCANTI


Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia do futuro pintor.
Quando seu pai morreu em 1914, Di Cavalcanti obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a revista Fon-Fon. Antes que os trepidantes anos 20 se inaugurem, vamos encontrá-lo estudando Direito. Em 1916, transferindo-se para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Segue fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequenta o atelier do impressionista George Fischer Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade.
Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai.
Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando para essa ocasião as peças promocionais do evento: catálogo e programa.
Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequenta a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses.
Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Segue fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.
Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários.
Inicia suas participações em exposições coletivas, salões nacionais e internacionais como a International Art Center em Nova Iorque. Em 1932, funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofre sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista. Casa-se com a pintora Noêmia Mourão. Publica o álbum A Realidade Brasileira, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalha na rádio Diffusion Française nas emissões Paris Mondial. Viaja ao Recife e Lisboa onde expõe no salão “O Século”; ao retornar é preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá e é preso com Noêmia. Libertado por amigos, segue para Paris, lá permanecendo até 1940. Em 1937 recebe medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris.
Com a iminência da Segunda Guerra deixa Paris e retorna ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegam ao destino, extraviando-se. Passa a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viaja para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Conhece Zuília, que se torna uma de suas modelos preferidas. Em 1946 retorna a Paris em busca dos quadros desaparecidos; nesse mesmo ano expõe no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Ilustra livros de Vinícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947 entra em crise com Noêmia Mourão - "uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito complicado…". Participa com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Segue criticando o abstracionismo. Expõe na Cidade do México em 1949.
É convidado e participa da I Bienal de São Paulo, 1951. Faz uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Beryl passa a ser sua companheira. Nega-se a participar da Bienal de Veneza. Recebe a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi.
Em 1954 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza exposição retrospectiva de seus trabalhos. Faz novas exposições na Bacia do Prata, retornando a Montevidéu e Buenos Aires. Publica Viagem de minha vida. 1956 é o ano de sua participação na Bienal de Veneza e recebe o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Adota Elizabeth, filha de Beryl. Seus trabalhos fazem parte de exposição itinerante por países europeus. Recebe proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pinta as estações para a Via-sacra da catedral de Brasília.

Famoso por suas Mulatas,Emiliano Di Cavalcanti é um dos maiores pintores modernistas do Brasil.






Fonte: Wikipédia

3 comentários:

  1. É sempre um colírio para os olhos rever as pinturas de Di Cavalcanti

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  2. Tudo bem,Merô? Adoro a arte dele,tão colorida e expressiva. bjks

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  3. Adoro o trabalho de Di Cavalcanti.Seu blog está muito bom.SARA

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