O BLOG DE ABRIL/14
O 25 de Abril
sob o olhar de Gabriel Garcia Márquez
Publicado a 13 ABR 14 às 09:57
O escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez escreveu três reportagens
sobre a revolução em Portugal em 1975, descrevendo que os portugueses andavam
tão contentes com a liberdade que «deixaram de respeitar os semáforos».
As reportagens foram publicadas em julho de 1975 na
revista Alternativa, um semanário fundado por si e por um grupo de intelectuais
de esquerda, em Bogotá, e resultaram de uma visita a Lisboa, que começou a 1 de
junho.
«Portugal está condenado a sentar-se de sapatos
rotos e casaco remendado na mesa dos mais ricos do mundo», escreveu Garcia
Máarquez, ainda o debate sobre a adesão à então Comunidade Econômica Europeia
era incipiente no país.
Na capital portuguesa, que descreveu a um amigo
como «a maior aldeia do Mundo», falou com políticos, militares, almoçou e
jantou com escritores portugueses - como o então general Otelo Saraiva de
Carvalho, Vasco Gonçalves, os escritores José Saramago, então diretor adjunto
do DN, José Cardoso Pires ou Maria Velho da Costa.
«Foi uma breve, mas intensa semana em que tive
ocasião de conversar com ministros e operários, com escritores incrédulos e
comerciantes assustados, com dirigentes inseguros e com militares seguros do
seu poder e com nenhum bispo», escreveu na reportagem intitulada
"Portugal, território livre da Europa" o escritor que viria a ser
Nobel da Literatura de 1982.
De Vasco Gonçalves, o coronel que era
primeiro-ministro, mas não se sabia «de ciência certa» se era comunista, Garcia
Márquez guardou a imagem de «um homem muito humano e austero» que, quando falou
com ele, já não dormia há 24 horas e queria «conduzir Portugal para um
socialismo democrático sem compromissos com os blocos».De Melo Antunes, o
ideólogo dos moderados e então ministro dos Negócios Estrangeiros, recordou
como «um fumador nervoso» que «passa de uma conversa política para uma
discussão sobre literatura».
Das ruas, Garcia Márquez descreve um país a viver
«num bulício», a nível político, social, cultural e também nos costumes.
«Nos restaurantes caros, onde os mariscos são exibidos como
joias nas montras, os burgueses em retrocesso desancam verbalmente os
comunistas. (...) Nos restaurantes
populares, os empregados perguntam se deve receber gorjeta», afirmou.
O autor de "Cem anos de Solidão" fez a
descrição do ambiente de Lisboa, onde «toda a gente fala e ninguém dorme», onde
há ministros que marcam reuniões para a madrugada.
Depois de décadas de uma «ditadura medieval», Gabo
anotou também uma explosão de erotismo na sociedade portuguesa em 1975.
«O erotismo invadiu os cinemas,
os quiosques de jornais, fazendo com que milhares de espanhóis atravessem ao
fim de semana a fronteira para poderem ver o filme mais proibido em Madrid,
"O Último Tango em Paris"», segundo escreveu na revista Alternativa.
Mas o país vivia uma revolução
e Garcia Márquez, amigo do líder cubano, Fidel Castro, tinha um olhar otimista
sobre a Revolução dos Cravos.
É assim que o escritor termina
a terceira e última reportagem sobre Portugal com a convicção de que os
militares do Movimento das Forças Armadas (MFA) conseguirão «inventar esse
socialismo à portuguesa».
«O desafio é enorme, mas estou
convencido, modestamente, que vão consegui-lo», concluiu.
ExtraÍdo do TFS RÁDIO NOTÍCIAS
DOIS HERÓIS DO 25 DE ABRIL
HOMENAGEANDO O 25 DE ABRIL.
CELESTE CAEIRO,A MULHER QUE DEU O NOME Á REVOLUÇÃO DOS CRAVOS.
Funcionária de um restaurante que aniversariava neste dia,Celeste e outros funcionários ,recebeu da proprietária,desiludida por não poder abrir o restaurante ,devido á confusão nas ruas, os cravos destinados á festa.E,começou a andar rumo ao Carmo,onde tinha sua morada;no caminho,um soldado lhe pediu um cigarro,ela não tinha,então,ofereceu o cravo.Aceita?perguntou.Ele aceitou e colocou a flor na boca da arma que levava.Então,ela prosseguiu distribuindo flores aos combatentes ,até o Carmo.Surgiu ,assim,a revolução mais bela e romântica jamais feita.
Homenagem a meu marido e a todos os portugueses.
Grândola ,vila morena,terra da fraternidade,
onde o povo é quem ordena...
CELESTE CAEIRO,A MULHER QUE DEU O NOME Á REVOLUÇÃO DOS CRAVOS.
Funcionária de um restaurante que aniversariava neste dia,Celeste e outros funcionários ,recebeu da proprietária,desiludida por não poder abrir o restaurante ,devido á confusão nas ruas, os cravos destinados á festa.E,começou a andar rumo ao Carmo,onde tinha sua morada;no caminho,um soldado lhe pediu um cigarro,ela não tinha,então,ofereceu o cravo.Aceita?perguntou.Ele aceitou e colocou a flor na boca da arma que levava.Então,ela prosseguiu distribuindo flores aos combatentes ,até o Carmo.Surgiu ,assim,a revolução mais bela e romântica jamais feita.
Homenagem a meu marido e a todos os portugueses.
Grândola ,vila morena,terra da fraternidade,
onde o povo é quem ordena...
SALGUEIRO MAIA
Pondo-se,sozinho,á frente dos tanques do governo,que ameaçavam atirar, o tenente Salgueiro Maia foi o grande herói português.
Um dia um tal Silva, hoje presidente de uns portugueses RECUSOU uma pensão ao CAPITÃO DO 25 DE ABRIL DE NOME SALGUEIRO MAIA.
Para os que perdem facilmente a memória recordo que Salgueiro Maia foi o militar que deu a cara e corpo e foi para a rua enquanto outros se resguardavam nas trincheiras.
NÃO ESQUEÇAM!!!
Talvez hoje, ontem e amanhã alguém se lembre de um capitão que NADA QUIS DO PODER!!!
LEMBRAM-SE???
Morreu na miséria MAS COM DIGNIDADE.
Os pulhas de hoje, de ontem e de amanhã tudo farão para o apagar da memória colectiva...
É DEVER DE TODOS, OS QUE NÃO CALAM RECORDAR ESTA FIGURA DA NOSSA HISTÓRIA.
«Os tais que pelas suas obras e feitos da lei da morte se foram libertando».
COBARDES E PULHAS COMEMOREM O QUE QUISEREM, ESTE NÃO O ESQUECEREMOS!!
A MÚSICA DO 25 DE ABRIL
h
HOMENAGEANDO O 25 DE ABRIL ESTE BLOG HOMENAGEIA A CORAGEM E O AMOR Á LIBERDADE!
ATÉ MAIO,COM MAIS NOTÍCIAS E NOVAS ESPERANÇAS
Excelente postagem...não faltou nada! Parabéns!
ResponderExcluirEstive em Portugal, pela primeira vez, em janeiro de 1979 e fiquei impressionada com a repercussão das novelas brasileiras...à hora em que passava a novela (já não me lembro qual) as ruas e os restaurantes ficavam às moscas...
Um abraço, Miriam