Meu pai dizia que se casamento fosse bom não chegava para pobre; nem
precisava de testemunhas.
Não chego a tanto ,mas,concordo que há casamentos e cansamentos.
Em lugar de dar vazão a um sentimento de amor,solidariedade e compartilhamento o que vemos é uma
verdadeira guerra doméstica,uma guerra suja abaixo da linha da cintura em que nem se
respeita o direito do companheiro (a) de
viver.
Certa vez fui convidada para jantar na casa de uma prima distante
,casada com um alemão.
Todas invejavam seu poderoso marido ariano, diretor de uma grande
empresa e os confortos que essa união lhe proporcionava .
O jantar movido a um bom vinho da Bavária ia muito bem até que meu
pai se lembrou de elogiar os dotes domésticos da parenta.
-Ela é uma excelente dona de casa.
Então,diante de seis convidados diversos, o marido saiu-se com essa:
-Pode ser,mas,da cintura prá baixo é uma m....!
Não sei, mas, a violência me pareceu mais dura de agüentar devido ao
forte sotaque teutônico.
*
Que Maria destratava o marido,
todas nós sabíamos.
O pobre homem era um poeta, vivia nas nuvens e descer ao mundo
material era- lhe muito penoso .
Para ele, ela tinha sempre os cantos da boca curvados prá baixo um olhar duro, um ar de
desprezo,
Mal o coitado se atrevia a abrir a boca vinham
as recriminações que atirava para baixo a auto-estima do companheiro e congelava o clima da reunião.
-Sabe o que eu penso...
-E você pensa, seu banana!? Deve pensar sim, em fazer versos
horríveis que ninguém lê em vez de cuidar da vida que a morte é certa.
O coitado ficava sem jeito,desconfortável,torcendo as mãos,olhos
baixos.Ar de cachorro chutado.
Diariamente recebia aquela dose de humilhação,desrespeito,malquerença,justamente
de quem mais devia amá-lo e respeitá-lo e com quem ele vive apenas porque quer.
E o que me espanta em tudo isso é que não se trata de um caso
isolado.É o chamado casamento normal.
Longe de ser uma relação de afeto, transformou-se num ódio
velado originado talvez da frustração de
sonhos sonhados e nunca realizados ou do desejo de cada um de dominar e ser
dominado.
Freud explica?
Talvez!
Mas, ninguém deveria aceitar um
amor que não fosse realização e
libertação.
PALAVRA DO LEITOR:
i Miriam,
Aamei este texto sobre o casamento e cansamento.... ~é isso ai...
a frase é perfeita, parabéns.
Marina Gentile
PALAVRA DO LEITOR:
i Miriam,
Aamei este texto sobre o casamento e cansamento.... ~é isso ai...
a frase é perfeita, parabéns.
Marina Gentile
Mirokca,
ResponderExcluirTeu texto me lembrou o livro "Mulheres são de Vênus e Homens são de Márter, onde os contrários sempre acabam por se atrair de formas diferentes, mas com uma só alma, embora que haja momentos de dificeis entendimentos entre os lados...
Mas,é pelas diferença que sentimos o REAL prazer de continuarmos a perseverar e acreditar que o único ABSOLUTO é DEUS!!!
Às vezes, na minhas mais profundas crise humana e relendo sempre a teoria freudiana fico a pensar: "SERÁ MESMO QUE FREUD EXPLICA???
Beijos.
Querida Amiga,
ResponderExcluirAgora que já conseguir acessar outra vez minha conta com o GLOGEE é que pude ler e agradecer tua indicação ao artigo "O Cérebro Nosso de Cada DIA: o depóisito das inteligências múltiplas humanas".
BRIGADUUUUUU pela tua amizade e carinho ESPECIAL!!!
Milhões de Beijos
Solange,vc e seus textos maravilhosos são sempre bem vindos aqui no meu cantinho. bjks
ResponderExcluirHá casais que jamais deveriam juntar-se, principalmente para fazer filhos.
ResponderExcluirAcredito que um casamento dure (meu caso), falo com experiência. Após a paixão, o que se chama de amor é uma grande amizade e respeito (este é o mais importante), além de paciênica, aliás, a paciência é arma, é necessário saber usá-la. É mais indicada para a paz, mas há os que a usam para a guerra.
Bjs
Lindos textos, querida escritora.
Bjs em teu coração.