Seguidores

sábado, 30 de janeiro de 2010

DIÁRIO DE BORDO CAP:XII




A visão de terra me deixa excitada, mas, triste; estou com um ar meio esquisito, baixa energia, o quê será? Saudades de casa, cansaço da rotina diária, sei lá;

São 16.15 e acabamos de atracar. A cidade vista do porto parece-se com as velhas cidades orientais construídas sobre platôs,casas coloridas;o porto é grande e organizado;estivadores bem vestidos com jaquetas coloridas ajudam a puxar o navio.O prático veio á bordo;é um senhor de meia idade,com porte de almirante;mas,sua atitude imperial não lhe ajudou muito;o Cap. não gostou dele,puxou o famoso beicinho.Francis e eu começamos a fotografar.

Meia noite e cinco - hora local.

Vamos deixando Tenerife para trás; mas, não é um adeus; é um até breve.

Um pouco depois das três ,o agente local nos levou até o centro no seu Fiat; è
uma bela cidade com praças arborizadas, ruas bem tratadas, vetustos prédios coloniais e uma feição predominantemente européia. Só fomos desta vez até o calçadão principal onde se concentra o comercio mais importante.Visitamos lojas elegantes com preços que regulavam os do Brasil.Com medo de gastar demais,neste inicio de viagem,comprei o que precisava,não o que desejava:uma caneta,um hidratante para o corpo e pasta de dentes;só coisas prosaicas;esnobei os souvenirs,não por falta de vontade,mas,por precaução;ainda há muito chão pela frente e sapo não pula por boniteza mas,por precisão;Os imigrantes indianos predominam no comercio local;comercializam.pratas,pérolas,citrinos;também corais,turquesas,olho de tigre,estas bem mais caras.Aqui como lá tudo vem de Taiwan neste mundo globalizada.
Uma chuva de outono,fininha,caía sobre a cidade;jantamos num restaurante chinês perto do porto;comida gostosa,porém bem mais gordurosa que as nossas;a conta,para três foi modesta:apenas U.S.28.Voltei e fui assistir o navio desatracar.Tudo correu bem com o pratico e o rebocador a postos;em navegação tudo funciona e tem que funcionar como um relógio:prazos,horários,chegadas,partidas tudo é adredimente controlado.

Chegaremos á Las Palmas amanhã, madrugada;estamos vazios; o Zim joga um bocado,mas,vai vencendo os mares.Temos mais 4hs de navegação.

Como toda cidade européia ,há poucos jovens em Tenerife,pouquíssimas crianças e muitos idosos e cidadãos de meia-idade.Alguns olhavam para mim e René com olhos curiosos parece que nossas caras pouco européias chamavam atenção,apesar desta cidade portuária receber freqüentemente gente de toda parte do mundo e a população daqui não seja composta exatamente de arianos .É certamente uma cidade agradável pra morar,pequena,ordeira,limpa,povo educado.trânsito disciplinado e não tão cara como outras cidades espanholas.Belos edifícios,comercio forte,muitos turistas á procura do sol das Ilhas Canárias.Ha belas praias aqui;existe uma estação de águas só para a terceira idade,alias,muito valorizada em todo continente.A população não aceita bem o dólar;para as compras tive que fazer cambio por pesetas;a cultura também é muito valorizada;no calçadão ,a cada dois metros .há uma pequena livraria,tipo banca de revista,especializada em alguma matéria:cozinha,livros esotéricos.de arte,literatura,jogos etc. alem de jornais e revistas do mundo inteiro;Acostumada a encontrar em Salvador um bar em cada esquina e raras livrarias fico com água na boca;sei que a galinha do vizinho é sempre mais gorda que a nossa,mas,esta cidade tem mais a ver comigo que as do meu próprio país.

O frio estava terrível;Francis emprestou-me uma jaqueta de couro;foi o que me valeu.

Tenerife está á minha frente; desde ontem que podia ser vista com a ajuda do binóculo. Apesar do tempo nublado percebe-se o contorno de um monte negro que avança para o mar e o branco do casario;noto a ausência de vegetação.Do lado opos to fica Las Palmas,que o tempo enevoado não nos deixa ver.
IMG:Tenerife,nas Ilhas Canárias

Nenhum comentário:

Postar um comentário