COSTA ITALIANA
O mundo já é uma aldeia global; procuro, procuro, aqui, na velha Europa, uma novidade para levar de presente para a família e não encontro nada no preço que posso pagar; surpresa :vi em Tenerife objetos em pedra brasileira que trouxe para vender aqui, iguais e muito mais baratos; os souvenirs são os mesmos só muda o nome da cidade; os produtos ,
os mesmos que encontro na Perini e com preços semelhantes; peças lindas de Lladró, que são bem caras, as mesmas que H. Stern vende. As camisetas típicas são caras e a malha faria a Hering corar de vergonha, as bijuterias vêm todas de Taiwan, iguais ás nossas. Meu pobre bolso terceiro mundista voltou envergonhado;vamos ver se na Itália as coisas mudam.
DOMINGO, 24
os mesmos que encontro na Perini e com preços semelhantes; peças lindas de Lladró, que são bem caras, as mesmas que H. Stern vende. As camisetas típicas são caras e a malha faria a Hering corar de vergonha, as bijuterias vêm todas de Taiwan, iguais ás nossas. Meu pobre bolso terceiro mundista voltou envergonhado;vamos ver se na Itália as coisas mudam.
DOMINGO, 24
Fui acordada por um claro sol italiano; seus raios brincavam com a cortina da cabine e passeavam despreocupadamente pelas roupas que usei na noite anterior. Estranhei não ver terra.Subi para o deck com intenções de beber café e informações;Soube que chegaríamos ás 14hs.,mas,ficaríamos ao largo até 3º feira, á tarde porque hoje, sendo domingo não se trabalha e amanhã é feriado; como conheço um país bem parecido, não me afobei.A Costa italiana,com seus balneários famosos,onde candidatas ao estrelato vindas de todo o mundo, costumam tomar banho de mar sem a parte superior do biquíni com o objetivo de mostrar seus “talentos” aos produtores, atiçam a imaginação dos tripulantes :San Remo,Imperia,uma bela cidade,cheia de edifícios antigos lado a lado com construções modernas e arrojadas;uma igrejinha repousando na falda de uma montanha; casas esparsas pelos montes azuis, formando uma paisagem harmônica com o céu e o mar, tudo iluminado pela claridade leve e diáfana que se encontra nas obras de alguns pintores italianos.
Monte Carlo, hotel
Passamos por Monte Carlo e a silhueta inconfundível do Hotel Negresco aparece recortada contra o sol. Iates de luxo deslizam por suas águas tranqüilas e a grande quantidade de toldos perto da praia apontam para hotéis e restaurantes luxuosos. Aí ,sem dúvida rola muito dinheiro; avisto,de longe,com olhos compridos a Gran Corniche.Recordo velhos contos de Somerset Maugham que encheram de sonho minha adolescência.Na véspera, assisti ao mais belo pôr-do-sol desde que estou no navio; uma explosão de cor,uma fita de luz se espalhando pelo infinito,o azul-grey do céu como pano de fundo para tudo aquilo e o sol mergulhando no mar,devagarzinho,sem pressa,como se até ele tivesse preguiça de descer aos abismos de Hades,deixando tanta beleza; num átimo percebi porque a Itália é a pátria das artes;impossível não ser artista com um cenário assim.Pássaros alegres e ligeiros cruzam o céu,peixinhos prateados cercam o navio;tudo é beleza e perfeição.A cidade tem o tom do mármore de Carrara,uma harmonia perfeita entre os tons terrosos da cidade e a explosão de cor á sua volta.Ao longe passa um cargueiro escuro bem á nossa frente. ;acordo do sonho ao ouvir o oficial de bordo gritar:
Zero-two-five,controlando a rota.
Zero-two-five,Sir;responde o tripulante.
Gostou?Sábado tem mais.
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