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segunda-feira, 13 de junho de 2011

HOJE É DIA DE SANTO ANTONIO








Lisboa, 13 jun 2011 (Ecclesia) – Santo António de Lisboa, para os portugueses, ou de Pádua, para os italianos, é um santo do mundo, que une dois frades franciscanos, mesmo que não se entendam quanto à denominação mais adequada.
Frei Vítor Melícias, responsável pela província portuguesa da Ordem dos Frades Menores [Franciscanos], refere hoje ao programa ECCLESIA que “Santo António, antes de mais, é um santo universal, de todo o mundo” e, em particular, um santo da Europa.
“É um cidadão do mundo, um santo de toda a gente”, acrescenta, sublinhando que, em Portugal, António é visto como “o companheiro”.
Para os italianos este é o santo de Pádua, como assinala frei Fabrizio Bordin, franciscano conventual que trabalha em Lisboa, na paróquia de Chelas, e não esquece a “devoção” com que a festa deste dia é vivida, particularmente junto dos restos mortais.
Tendo como diocese de origem precisamente a de Pádua, frei Bordin fala de S. António como o “santo mais amado e mais próximo das pessoas”.
“É uma amizade que cresceu. O povo de Pádua, depois da morte de António, proclamou-o logo ‘santo súbito’ [santo já]”, acrescenta.
Frei Melícias recorda S. António como “um dos maiores economistas da Idade Média”, um “verdadeiro filósofo da economia, do social”, em particular nas suas posições contra os “excessos da usura” e na defesa da “propriedade comum”.
O santo, acrescenta Vítor Melícias, era também um “pregador das coisas de que o povo gostava e sentia”.
Nascido no final do século XII, Fernando, que viria a assumir o nome de António, foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores, com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África.
O santo português, que morreu em Pádua, Itália, no ano de 1231, foi o primeiro professor de teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.
O Papa Gregório IX canonizou-o apenas um ano depois da morte, em 1232, também após os milagres que se verificaram por sua intercessão.
Pio XII, em 1946, proclamou Santo António como “Doutor da Igreja”, atribuindo-lhe o título de "Doutor evangélico".


FONTE :ECCLESIA (PORTUGAL)

   

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