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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

FLIPEIRA DE PRIMEIRA VIAGEM


Bucólico caminho das palavras

Vim à Flip como olheira,interessada em tudo,desde os movimentos culturais que – espera-se – nasçam numa festa literária até descobrir qual é o futuro do livro,já que milito neste território e preciso estar antenada com as coisas.

Receio ter começado do fim pro princípio,pois,comecei a escrever oficialmente na Net,depois virei blogueira e meu primeiro livro solo foi um e-book,o “Maktub”.

Meus dois livros impressos chegaram quase dois anos depois de ter cerca de 500.000 leitores na Rede.

Acabei sendo muito mais conhecida na Europa,França e menos na Bahia,onde posso andar sem guarda – costas,mas,não sem guarda – chuva já que as águas de março transferiram-se para Julho e início de Agosto.

Os performáticos
Interessadíssima,como escrevi,no futuro do livro,minha primeira Tenda foi a de Mr. Darnton,o simpático diretor da Biblioteca de Harvard,ao qual já tinha enviado o “Bahia de Outrora”, para que fizesse parte do acervo desta biblioteca.Tive o prazer de cumprimentá-lo pessoalmente e receber efusivos beija-mãos ,devidos à simplicidade e cordialidade de tão importante historiador.

Pois é , Peter Burke (professor emérito da Universidade de Cambridge) e Robert Darnton vieram justamente discutir o futuro do livro,a presença e importância do Google e os futuros livros digitais,mediados pela competentíssima Lilia Schwartz. Prato cheio para mim que vivo dando tratos à bola pensando em e-books,readers e kindles.Darnton comentou a importância de diferentes tipos de livros se fortalecerem uns aos outros,pois há espaço para todos.

Sai tranqüilizada.Se os digitais vierem um dia a aposentar os livros impressos não será por agora.Assim como a TV não aposentou o rádio,nem o cinema,ainda haverá espaço,sim,para os livros tal qual o conhecemos.

Feito em papel comum,couché ou pólen,a novidade da Suzano,quem leria “Guerra e Paz” num kindle?pergunta Burke.Ninguém,eu acho! Burke elogia as enciclopédias virtuais como a Wikipédia,porém,chamando atenção para a “falta de fontes” confiáveis.

Os livros digitais são mais abrangentes e se tornam mais interessantes devido aos aplicativos,áudio ,imagens que prendem melhor a atenção do leitor.



Tendas e telões
Num vídeo exibido na Casa da Cultura,achei muito interessante um homem tentando ensinar a outro como utilizar um livro de papel.

-“Passe as páginas aqui pela pontinha”,dizia.”Quando quiser é só fechar o livro e pronto;seus dados ficarão todos armazenados.

Ele ouvia as explicações tão atordoado e abobalhado como eu quando meu neto esposou a tarefa homérica de me ensinar a mexer com o PC.

As crianças,apresentadas ao IPad,não pareceram muito entusiasmadas;conheciam o tablet da Apple;mas,adolescentes se mostraram dispostas a ler um livro inteiro,neste dispositivo,sem problemas.Sinal dos tempos!

No frigir dos ovos,achei a FLIP muito importante como um todo.Apesar de não trazer inovações de estilos ou conteúdos revolucionários e acabar se parecendo com o campus da USP.

2 comentários:

  1. Obrigado, minha amiga, por tão boas indicações e por esta resenha maravilhosa daí. Eu fiquei morrendo de vontade de comparecer. Outro dia, a Isabel Allende esteve na Flip e eu gostaria tanto de participar de uma palestra dela... Meu abraço. paz e bem.

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  2. Nesse nosso "step by step" literário até q/ nos demos bem.Fui à FLIP,vc à Bienal de S.P.
    A fila anda,como diz o Antonio Torres.
    E te desejo muito sucesso e muitas Bienais.
    Para o ano é aqui.Te esperamos. bjs

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