NA MORAL....
LEIA ,REFLITA E OPINE
A improbabilidade de Deus
Muito do que as pessoas fazem é em nome de Deus.
Os irlandeses mandam-se uns aos outros pelo ar em nome de Deus. Os árabes
mandam-se a si próprios pelo ar em nome de Deus. Os imãs e os aiatolas
oprimem as mulheres em nome de Deus. Os papas e os padres celibatários
destroçam a vida sexual das pessoas em nome de Deus. Os shohets judeus
cortam a garganta de animais vivos em nome de Deus. As proezas da religião no
passado ― cruzadas sangrentas, inquisições que praticavam a tortura,
conquistadores que assassinavam em massa, missionários que destruiam
culturas, resistência reforçada legalmente e até ao último momento possível a
cada nova verdade científica ― são ainda mais impressionantes. E tudo isto
para quê? Creio que se torna cada vez mais claro que a resposta é
absolutamente para nada. Não há nenhuma razão para que acreditemos que
existam quaisquer espécies de deuses e há muito boas razões para que acreditemos
que não existem e nunca existiram. Foi tudo um gigantesco desperdício de
tempo e de vida. Seria uma anedota de proporções cósmicas se não fosse tão
trágico.
Porque é que as pessoas acreditam em Deus? Para a
maior parte das pessoas a resposta é ainda uma qualquer versão do antigo
Argumento do Desígnio. Olhamos em volta para a beleza e complexidade do mundo
― para o movimento aerodinâmico de uma asa de andorinha, para a delicadeza
das flores e das borboletas que as fertilizam; por intermédio de um microscópio
para a vida luxuriante existente em cada gota de água de um tanque; por
intermédio de um telescópio para a copa de uma sequóia gigante. Reflectimos
na complexidade electrónica e na perfeição óptica dos nossos olhos que vêem
tudo isto. Se temos alguma imaginação, estas coisas conduzem-nos a um
sentimento de temor e reverência. Além disso, não podemos deixar de nos
impressionar com a semelhança óbvia dos órgãos vivos com os projectos
cuidadosamente planeados dos engenheiros humanos. A expressão mais famosa
deste argumento é a analogia do relojoeiro de William Paley, padre do século
dezoito. Mesmo que não soubéssemos o que é um relógio, o carácter obviamente
concebido dos seus dentes e molas e de como engrenam uns nos outros para um
propósito, forçar-nos-ia a concluir «que o relógio teve de ter um autor: que
teve de ter existido, nalguma altura, num lugar ou noutro, um artífice ou
artífices, que o concebeu com o propósito a que o vemos agora responder; que
compreendeu a sua construção e concebeu o seu uso.» Se isto é verdade de um
relógio relativamente simples, não é muito mais verdade do olho, do ouvido,
do rim, da articulação do cotovelo e do cérebro? Estas belas, complexas e
intrincadas estruturas, que foram evidentemente construídas com um propósito,
tiveram de ter o seu próprio autor, o seu próprio relojoeiro ― Deus.
Tal é o argumento de Paley, e é um argumento que
praticamente todas as pessoas que reflectem e têm sensibilidade descobrem por
elas próprias em certa altura da sua infância. Durante a maior parte da
história deve ter parecido absolutamente convincente e de uma verdade
auto-evidente. E contudo, como resultado de uma das mais espantosas
revoluções intelectuais da história, sabemos agora que é errado ou pelo menos
supérfluo. Sabemos agora que a ordem e a aparente intencionalidade do mundo
vivo aconteceu por intermédio de um processo completamente diferente, um
processo que funciona sem a necessidade de qualquer autor e que é uma
consequência de leis físicas basicamente muito simples. Este é o processo de
evolução por selecção natural, descoberto por Charles Darwin e,
independentemente, por Alfred Russel Wallace.
O que têm em comum todos os objectos que parecem
ter de ter tido um autor? A resposta é improbabilidade estatística. Se
encontramos um seixo transparente a que o mar deu a forma de uma lente
imperfeita, não concluímos que teve de ser concebido por um oculista: as leis
da física por si sós são capazes de alcançar este resultado; não é muito
improvável que tenha meramente «acontecido». Mas se encontramos uma lente
composta trabalhada, cuidadosamente corrigida contra a aberração esférica e
cromática, revestida contra o brilho e com «Carl Zeiss» gravado no rebordo,
sabemos que não poderia ter acontecido meramente por acaso. Se pegarmos em
todos os átomos de uma tal lente composta e os lançarmos juntos ao acaso sob
a impulsionante influência das leis vulgares da física na natureza é teoricamente possível
que, por puro acaso, os átomos se agrupem segundo o padrão da lente composta
da Zeiss e até que os átomos em redor da orla se agrupem de modo a que o nome
Carl Zeiss seja gravado. Mas o número de outras formas segundo as quais os
átomos poderiam, com idêntica probabilidade, ter-se agrupado é tão
extremamente, imensamente, incomensuravelmente elevado, que podemos pôr
completamente de lado a hipótese do acaso. Como explicação o acaso está fora
de questão.
A propósito, este argumento não é circular. Pode
parecer circular porque, depois da ocorrência, podemos dizer que qualquer organização
particular de átomos é muito improvável. Como já alguém disse, quando uma
bola cai num determinado pedaço de relva no campo de golfo, seria loucura
exclamar: «De todos os biliões de pedaços de relva em que a bola poderia ter
caído, caiu efectivamente neste. Quão admiravelmente e miraculosamente
improvável!» Claro que a falácia aqui é que a bola tinha de cair nalgum lado.
Só podemos ficar admirados com a improbabilidade do acontecimento real se o
determinarmos a priori: por exemplo, se uma pessoa de olhos
vendados girasse sobre si no tee, acertasse na bola ao acaso e
conseguisse um hole in one. Isso seria verdadeiramente espantoso,
porque o destino alvo da bola tinha sido estabelecido previamente.
De todas as triliões de formas diferentes de
juntar os átomos de um telescópio, apenas uma minoria poderia na realidade
funcionar de forma útil. Apenas uma pequena minoria teria Carl Zeiss gravado
ou, na verdade, quaisquer palavras reconhecíveis de qualquer
linguagem humana. O mesmo é verdade para as partes de um relógio: de todos os
biliões de modos possíveis de os juntar, apenas uma pequena minoria dirão as
horas ou farão qualquer coisa útil. E, claro, o mesmo é verdade, a
fortiori, para as partes dos corpos vivos. De todos os triliões de
triliões de modos de juntar as partes de um corpo, apenas uma minoria
infinitesimal viverão, procurarão comida, comerão e se reproduzirão. É
verdade que há muitas formas diferentes de estar vivo ― pelo menos dez
milhões de formas diferentes, se contarmos o número de espécies diferentes
que estão actualmente vivas ― mas, por mais formas que possam existir de
estar vivo, de certeza que há muito mais de estar morto!
Podemos com segurança concluir que os corpos
vivos são biliões de vezes demasiado complicados ― demasiado estatisticamente
improváveis ― para terem surgido por puro acaso. Como é que surgiram, então?
A resposta é que o acaso entra na história, mas não um único e monolítico
acto de acaso. Em vez disso, toda uma série de pequenos passos ocasionais,
cada um suficientemente pequeno para ser um resultado credível do seu
predecessor, ocorreram uns atrás dos outros em sequência. Estes pequenos
passos do acaso são causados por mutações genéticas, mudanças fortuitas ―
erros de facto ― no material genético. Originam mudanças na estrutura
corporal existente. A maior parte dessas mudanças são perniciosas e levam à
morte. Uma minoria revelam-se pequenas melhorias, que conduzem a um aumento
da sobrevivência e da reprodução. Por este processo de selecção natural, as
mudanças ao acaso que se revelam no fim de contas benéficas espalham-se pela
espécie e tornam-se a norma. O cenário está agora montado para a próxima
pequena mudança no processo evolutivo. Depois de, digamos, um milhar destas
pequenas mudanças em série, cada mudança fornecendo a base para a próxima, o
resultado final tornou-se, por um processo de acumulação, demasiado complexo
para ter surgido num único acto de acaso.
Por exemplo, é teoricamente possível que um olho
se forme do nada, num único passo de acaso: digamos que a partir apenas da
pele. É teoricamente possível no sentido em que poderíamos escrever uma
receita com a forma de um grande número de mutações. Se todas estas mutações
acontecessem simultaneamente, poderia mesmo surgir do nada um olho completo.
Mas embora seja teoricamente possível, é na prática inconcebível. A
quantidade de acaso que envolve é demasiada. A receita «correcta» envolve
mudanças num enorme número de genes simultaneamente. A receita corre
ta é uma
combinação particular de mudanças em triliões de combinações de acasos
igualmente prováveis. Podemos certamente excluir uma tal miraculosa
coincidência. Mas é perfeitamente plausível que o olho
moderno se tenha formado a partir de algo que fosse quase igual ao olho
moderno mas não exactamente igual: um olho ligeiramente menos elaborado. Pelo
mesmo argumento, este olho ligeiramente menos elaborado formou-se a partir de
um ainda menos elaborado, etc. Se assumirmos um número
suficientemente grande de pequenas diferenças entre cada estádio
evolutivo e o seu predecessor, somos capazes de derivar um olho completo,
complexo, a funcionar, a partir apenas da pele. Quantos estádios intermédios
podemos postular? Isso depende do tempo de que dispusermos. Houve tempo
suficiente para os olhos evoluírem por pequenos passos a partir do nada?
Os fósseis dizem-nos que a vida evolui na Terra
há mais de 3 000 milhões de anos. Para a mente humana é quase impossível
apreender uma tal imensidão de tempo. Nós, naturalmente e felizmente,
tendemos a ver a nossa própria expectativa de vida como razoavelmente longa,
mas não podemos esperar viver nem sequer um século. Passaram 2 000 anos desde
que Jesus viveu, tempo suficiente para esbater a distinção entre história e
mito. Podemos imaginar um milhão de períodos desses colocados lado a lado?
Suponhamos que queremos escrever toda a história num longo e único rolo. Se
amontoássemos toda a história da Era Comum num metro de rolo, que tamanho
teria a parte do rolo da Era pré-Comum até ao começo da evolução? A resposta
é que a parte do rolo da Era pré-Comum estender-se-ia de Milão a Moscou.
Pensemos nas implicações disto para a quantidade de mudanças evolutivas que
podem ser incluídas. Todos as raças de cães domésticos ― pequineses, poodles, spaniels,
São Bernardos e chihuahuas ― provieram de lobos num espaço
de tempo medido em centenas ou no máximo milhares de anos: não mais que dois
metros ao longo da estrada de Milão para Moscou. Pensemos na quantidade de
mudança envolvida na passagem de lobo a pequinês; agora multipliquemos essa
quantidade de mudança por um milhão. Quando olhamos para isto dessa maneira,
torna-se fácil acreditar que um olho pode ter evoluído por pequenos passos a
partir do nada.
É preciso ainda convencermo-nos de que cada um
dos mediadores na rota da evolução, digamos da mera pele para um olho
moderno, teria sido favorecido pela selecção natural; teria sido um progresso
em relação ao seu predecessor na sequência ou pelo menos teria sobrevivido.
Não serviria de nada provarmos a nós próprios que existe teoricamente uma
cadeia de mediadores quase perceptivelmente diferentes levando a um olho se
muitos desses mediadores tivessem morrido. Afirma-se às vezes que as partes
de um olho têm de estar todas reunidas ou o olho não funcionará. Metade de um
olho, diz o argumento, não é melhor que nenhum olho. Não podemos voar com
metade de uma asa; não podemos ouvir com metade de um ouvido. Portanto, não
pode ter existido uma série de passos intermédios conduzindo ao olho, asa ou
ouvido modernos.
Este tipo de argumento é tão ingénuo que podemos
apenas perguntar-nos quais os motivos subconscientes para acreditar nele. É
obviamente falso que meio olho seja inútil. As pessoas que sofrem de
cataratas a quem removeram cirurgicamente os cristalinos não podem ver muito
bem sem óculos, mas ainda assim estão muito melhor do que as pessoas que não
têm quaisquer olhos. Sem o cristalino não é possível focar uma imagem
detalhada, mas é possível evitar chocar com obstáculos e seria possível
detectar a sombra vaga de um predador.
Quanto ao argumento segundo o qual não podemos
voar com apenas metade de uma asa, é refutado por um grande número de animais
planantes bem sucedidos, incluindo mamíferos de gêneros muito diferentes,
lagartos, rãs, cobras e chocos. Muitos gêneros diferentes de animais que
vivem nas árvores têm abas de pele entre as suas articulações que são de
fato asas fraccionadas. Se cairmos de uma árvore, qualquer aba de pele ou
alisamento do corpo que aumente a nossa área de superfície pode salvar-nos a
vida. E, por muito pequenas ou grandes que as nossas abas possam ser, haverá
sempre uma altura crítica tal que, se cairmos de uma árvore dessa altura, a
nossa vida poderia ter sido salva por precisamente um pouco mais de área de
superfície. Portanto, quando os nossos descendentes desenvolverem essa área
de superfície extra, as suas vidas serão salvas precisamente por um pouco
mais, mesmo que caiam de árvores de uma altura ligeiramente maior. E assim
sucessivamente, por passos imperceptivelmente graduados até que, centenas de
gerações depois, chegamos a asas completas.
Os olhos e as asas não podem surgir num passo
único. Isso seria como ter a sorte quase infinita de acertar na combinação
que abre a caixa-forte de um grande banco. Mas se girarmos os discos da
fechadura ao acaso e, de cada vez que nos aproximarmos um pouco mais do
número da sorte, a porta da caixa-forte rangendo abrir outra ranhura, em
breve teremos a porta aberta! Na essência, é esse o segredo de como a
evolução por seleção natural realiza o que pareceu impossível. Coisas que
não podem plausivelmente ser derivadas de predecessores muito diferentes podem plausivelmente
ser derivados de predecessores apenas ligeiramente diferentes. Contanto que
haja uma série suficientemente longa de predecessores ligeiramente
diferentes, podemos derivar qualquer coisa de qualquer outra coisa.
Portanto, a evolução é teoricamente capaz de
fazer o trabalho que antigamente parecia ser uma prerrogativa de Deus. Mas há
alguma prova de que a evolução tenha de fato acontecido? A resposta é sim; a
prova é esmagadora. Milhões de fósseis encontram-se exactamente nos lugares e
exactamente à profundidade a que devemos esperar que estejam se a evolução
aconteceu. Nem um único fóssil foi alguma vez encontrado num local em que a
teoria da evolução não previsse que estivesse, embora isto pudesse ter
acontecido com muita facilidade: um fóssil de um mamífero tão antigo que os
peixes ainda não existissem, por exemplo, seria suficiente para refutar a
teoria da evolução.
Os padrões de distribuição dos animais e das
plantas pelos continentes e ilhas do mundo são exatamente os que seria de
esperar que fossem se eles tivessem evoluído de antepassados comuns por graus
lentos e graduais. Os padrões de semelhança entre animais e plantas são
exatamente o que esperaríamos se alguns fossem entre si primos chegados, e
outros mais distantes. O fato do código genético ser o mesmo em todas as
criaturas vivas sugere esmagadoramente que todas descendem de um único
antepassado. As provas a favor da evolução são tão conclusivas que a única
forma de salvar a teoria da criação é assumir que Deus deliberadamente
colocou enormes quantidades de provas para fazer com que parecesse que
a evolução ocorreu. Por outras palavras, os fósseis, a distribuição
geográfica dos animais e tudo isso, são todos um gigantesco conto do vigário.
Alguém quer adorar um Deus capaz de tal embuste? É certamente muito mais
respeitoso, assim como mais sensato do ponto de vista científico, tomar as
provas pelo seu valor facial. Todas as criaturas vivas são primas umas das
outras, descendem de um antepassado remoto que viveu há mais do que 3000
milhões de anos.
Por conseguinte, o Argumento do Desígnio foi
destruído como razão para acreditar em Deus. Existem outros argumentos?
Algumas pessoas acreditam em Deus por causa do que sentem ser uma revelação
interior. Tais revelações nem sempre são edificantes mas para a pessoa em
questão são sem dúvida sentidas como reais. Muitos habitantes de hospícios
têm uma fé inabalável em que são Napoleão ou, na verdade, o próprio Deus. Não
há dúvida do poder de tais convicções para quem acredita nelas, mas isto não
é razão para que o resto de nós acredite. Na verdade, uma vez que essas
crenças são mutuamente contraditórias, não podemos acreditar nelas.
É preciso dizer um pouco mais. A evolução por
seleção natural explica muitas coisas, mas não poderia ter começado do nada.
Não poderia ter começado sem que houvesse algum género de reprodução e de
hereditariedade. A hereditariedade moderna baseia-se no código de ADN, que é
ele mesmo demasiado complicado para ter surgido espontaneamente por um único
ato de acaso. Isto parece significar que teve de existir algum sistema
hereditário anterior, agora desaparecido, que era suficientemente simples
para ter surgido por acaso e pelas leis da química e que forneceu o meio no
qual uma forma primitiva de seleção natural cumulativa pôde começar. O ADN
foi um produto posterior desta seleção primitiva e cumulativa. Antes deste género
original de seleção natural, houve um período em que foram construídos
compostos químicos complexos a partir de compostos químicos mais simples e
antes desse um período em que os elementos químicos foram feitos a partir de
elementos mais simples, seguindo leis físicas bem compreendidas. Antes disso,
em última instância foi tudo construído de hidrogênio puro no imediato
seguimento do big bang que iniciou o universo.
Há a tentação de defender que, embora Deus possa
não ser necessário para explicar a evolução da ordem complexa uma vez que o
universo, com as suas leis fundamentais da física, tenha começado, precisamos
de um Deus para explicar a origem de todas as coisas. Esta ideia não deixa
Deus com muito que fazer: somente iniciar o big bang, e em seguida
sentar-se e esperar que tudo aconteça. O físico-químico Peter Atkins, no seu
livro maravilhosamente escrito The Creation, postula um Deus
preguiçoso que se esforçou por fazer tão pouco quanto possível para iniciar
tudo. Atkins explica como cada passo na história do universo seguiu, por
simples lei física, o seu predecessor. Reduziu assim a quantidade de trabalho
que o criador preguiçoso precisaria de fazer e no fim de contas concluiu que
de fato não precisaria de fazer nada!
Os detalhes da fase inicial do universo pertencem
ao reino da física e eu sou biólogo, mais interessado nas últimas fases da
evolução em complexidade. Para mim, o ponto importante é que, mesmo se o
físico precisa de postular um mínimo irredutível que teve de estar presente
no começo, para que o universo começasse, esse mínimo irredutível é
certamente extremamente simples. Por definição, as explicações construídas
sobre premissas simples são mais plausíveis e mais satisfatórias do que as
explicações que têm de postular começos complexos e estatisticamente
improváveis. E dificilmente poderemos encontrar algo mais complexo do que um
Deus Todo-Poderoso!
Richard Dawkins é Professor em Oxford de
Compreensão Pública da Ciência. É o autor de O Relojoeiro Cego (no
qual este artigo se baseia em parte) e A Escalada do Monte Improvável. É Editor
Principal do Free Inquiry.
Tradução de Álvaro Nunes
Richard Dawkins, in Free Inquiry, Volume 18, Número 3.
|
UM POEMA DE ÁLVARO DE CAMPOS
ORIGEM DO NOME
SARA
Este nome vem do hebraico Sarah,princesa e é o nome da esposa de Abrão,chamada ,inicialmente de Saray,a querelante ,a que vive se queixando,aquela que se lastima.
SAULO
TAMBÉM VEM DO HEBRAICO,COMO A MAIORIA DOS NOMES OCIDENTAIS.SHA'UL,SIGNIFICA SOLICITADO OU SUPLICADO;TAMBÉM PODE SER ALCANÇADO POR MEIO DE ORAÇÕES.nOME DE SAULO DE tARSO QUE DEPOIS VIROU PAULO,UM DOS CRIADORES DO CRISTIANISMO.
HUMOR FILOSÓFICO
POIS É!...
Uma jornalista da CNN ouviu falar de um judeu muito velhinho
que todos os dias, duas vezes por dia, ia fazer as suas orações ao Muro das
Lamentações e decidiu entrevistá-lo.
Pôs-se ao pé do Muro à espera e passado um bocado lá apareceu ele a andar com dificuldade, em direcção ao sítio onde costumava rezar.
Esperou uns 45 minutos que o velhinho acabasse de rezar e quando ele voltava, vagarosamente, apoiado na sua bengala, aproximou-se para a entrevista.
- Desculpe, eu chamo-me Rebecca Smith, sou repórter da CNN e gostava de o entrevistar. Como é que se chama- Morris Feldman.
- Senhor Feldman, há quanto tempo vem ao Muro rezar?
- Há uns sessenta anos.
- Sessenta anos! Isso é incrível! E o que é que o senhor pede nas suas orações?
- Peço que os cristãos, os judeus e os muçulmanos vivam em paz. Peço que todas as guerras e todo o ódio terminem. Peço que as crianças cresçam em segurança e se tornem adultos responsáveis. Peço amor entre os homens.
Pôs-se ao pé do Muro à espera e passado um bocado lá apareceu ele a andar com dificuldade, em direcção ao sítio onde costumava rezar.
Esperou uns 45 minutos que o velhinho acabasse de rezar e quando ele voltava, vagarosamente, apoiado na sua bengala, aproximou-se para a entrevista.
- Desculpe, eu chamo-me Rebecca Smith, sou repórter da CNN e gostava de o entrevistar. Como é que se chama- Morris Feldman.
- Senhor Feldman, há quanto tempo vem ao Muro rezar?
- Há uns sessenta anos.
- Sessenta anos! Isso é incrível! E o que é que o senhor pede nas suas orações?
- Peço que os cristãos, os judeus e os muçulmanos vivam em paz. Peço que todas as guerras e todo o ódio terminem. Peço que as crianças cresçam em segurança e se tornem adultos responsáveis. Peço amor entre os homens.
? E faz isso
há sessenta anos, todos os dias! Como é que o senhor se sente?
- Sinto-me como se estivesse a falar para uma parede...
- Sinto-me como se estivesse a falar para uma parede...
Aqui não tem Muro das Lamentações ,mas,eu me sinto assim
,todos os dias em que escrevo e posto alguma coisa.A sensação de estar falando
para uma parede...
É MELHOR METER O NARIZ NUM LIVRO DO QUE NA VIDA DOS VIZINHOS...
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