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terça-feira, 5 de abril de 2011

O PRIMEIRO E MAIS IMPORTANTE AMOR!



Algumas pessoas sofrem de uma enfermidade crônica adquirida na infância e que nenhum procedimento médico promete curar.
Elas se infectaram com o germe da menos-valia,  uma doença social muito freqüente,cujo único antídoto é o auto-amor.
Desde pequenininhos aprendemos que é errado amar a si mesmo; devemos pensar nos outros diz a  sociedade ,a mamãe e a igreja.Ninguém parece se preocupar com o fato de que quem não se gosta nem se respeita,não pode estar apto a amar ninguém.
Para as crianças tão simples e tão puras é natural se achar importante, querer guardar seus “tesouros” que pode ser uma boneca de pano ou seu game favorito; ela prefere que seja só seu,não quer dividir com ninguém,mas,é forçada a isto,para não ser chamada de egoísta  e difícil.Ensinaram-lhe a auto-anulação,a pôr sempre os outros em primeiro lugar,para ser “boazinha”e aceita.Mamãe impa de orgulho porque os vizinhos elogiam sua boa educação,mas,não divide ela mesma seu vestido favorito com ninguém e seria inconcebível papai emprestar o carro aquele seu tio mala.
Quando chegamos á adolescência o mau serviço já está feito; viramos vaquinhas de presépio, dizemos sim a tudo,nos tornamos inseguros,incapazes de um não,politicamente corretos,mas,infelizes.
Passamos a não gostar de  nós ,pois parecemos ostra em rochedos batidos pelo mar e pelo vento.uma guerra soturna entre nosso querer e o querer do “establishment.”
Quem não se aceita não pode amar ou aceitar ninguém. Acabamos cobradores,achando que todos têm que pensar como nós,não convivendo bem com os contrários,tirando dos outros a liberdade de pensar e agir como lhes apraz,
Acreditando que somos importantes não precisaremos que nossos valores sejam reforçados pelos outros exigindo deles que sigam nossos caminhos. Queres seguir-me?Segue-te,dizia Nietzsche (Vade Mecum,vade tecum).
Se a gente não se valoriza nem gosta de si mesmo torna-se impossível e  desnecessário dar. Afinal, prá que serviria seu amor se você não vale nada? E ,se não pode dar amor,também não pode receber; afinal,de que vale o amor dedicado a alguém que não tem valor?
Toda a questão do amor se baseia num eu que é plenamente amado. Pense nisto e fuja desta “pegadinha”social.
Seja pastor,não ovelha.
Texto de Miriam Sales

Um comentário:

  1. Partilha não pode ser sinônimo de entrega, companheirismo não pode ser sinônimo de subserviência. Doar-se não pode ser sinônimo de anular-se. A questão é que o maniqueísmo que nos governa a quase todos, não pressupõe a boa medida de cada coisa, em busca de um equilíbrio. Ótimo , querida.Meu abraço. paz e bem.

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