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domingo, 28 de dezembro de 2014

A MAGNÍFICA SELMA LAGERLÖFF

                                              FIAT LUX



                                     O BLOG DE DEZEMBRO/2014





SELMA LAGERLÖFF
Penetrei num mundo novo quando,na adolescência,conheci a obra de Selma Lagerlöff;a escritora sueca me encantou ,falando de um universo desconhecido,mas,tão cheio de magia e  povoado  por criaturas fantásticas ,mitos e lendas nórdicas ,que passavam tão desapercebidas por nós,aqui no Brasil.Dos   trópicos á paisagem do norte da Suécia,uma longa viagem !
Seu primeiro romance,”A Saga de Gösta Berling” ,que começou a escrever enquanto ainda era professora, é uma obra – prima do romantismo,uma descrição lírica da vida na Suécia,no sec.XIX e foi inspirada em mitos e lendas do seu país.Ela se inscreveu num concurso literário e ganhou como prêmio a publicação.
Na sua terra,o romance não fez sucesso até que foi publicado na Dinamarca,sucesso de público e crítica;todos se apaixonaram pela saga do pastor Gösta  Berling,desgraçado pela bebida e resgatado pelo amor.
O sucesso do livro e o apoio da Academia Sueca e da Família Real permitiu que ela se dedicasse,apenas,á Literatura.
Em 1897 viajou para a Itália onde escreveu “Os Milagres do Anticristo”,sobre a vida na Sicília.
E as viagens ao Egito e á Palestina  gerou o livro “Jerusalém”,inspirado na história verdadeira de um grupo de camponeses suecos que emigrou para a Terra Santa.
Mas,”A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson,um livro infantil,consolidou a sua fama.
Em 1909 foi a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel e doou a medalha para a Finlândia para ajudar seu povo a sobreviver ao bloqueio soviético.
Morreu por causa de um derrame em 1940.


A MARAVILHOSA VIAGEM DE NILS HOLGERSSON
O objetivo deste livro era ensinar geografia ás crianças suecas.Conta a história do garoto Nils que,graças ás muitas travessuras que fazia,encolheu até ficar do tamanho de um duende e,assim,pode viajar na garupa de um ganso  por toda Suécia.A história fala da geografia,do clima,da natureza através de uma série de aventuras alegres e perigosas.Nils aprende sobre a amizade  e o bem ,antes de voltar para casa e se reencontrar com os pais.
É tão popular que o personagem aparece nas notas  suecas de 20





                                                               UM CONTO DE NATAL 

Á muito tempo, um grupo de boêmios e de artistas havia encontrado refúgio numa velha mansão da província de Varm-land e sob o nome de cavaleiros de Ekeby, viveram ali uma vida desenfreada de divertimentos e aventuras.
Um deles chamava-se Ruster e era um jovem músico que tocava flauta.
De origem humilde, pobre, necessitando de um lar e de família, conheceu tempos muito duros quando aquele alegre bando se dispersou. Já não tinha cavalo, nem carros, nem peliça, nem um bom cesto carregado de provisões. E teve de ir a pé de casa em casa, com uma trouxa na mão, a roupa embrulhada num lenço, para melhor dissimular o estado do colete e da camisa. Trazia toda a fortuna nas algibeiras: uma flauta desarmada, uma cabaça de aguardente e a pena.
Se os bons tempos não tivessem mudado, um copista de música como êle não teria mãos a medir, mas, ai! a gente de Varmland se desinteressava cada vez mais das melodias e das lindas árias. Dependuravam nos celeiros as guitarras, com as suas fitas desbotadas e as cravelhas já gastas, bem como as buzinas de caça, com as borlas meio desfiadas e o pó amontoava-se em camadas espessas sobre a caixa dos violinos. E à medida que a flauta e a pena de Ruster trabalhavam menos, a garrafa, que nunca o abandonava, trabalhava mais. Tornou-se um bêbedo incorrigível. Embora fosse recebido como um velho amigo, a sua chegada produzia uma certa contrariedade, e a sua saída, alegria. Estava sempre cheirando a álcool, que exalava de todos os poros, e logo ao segundo ponche, os olhos já turvos, entabolava as conversas mais desagradáveis. Era o eterno pesadelo das casas hospitaleiras.

Dias. antes do Natal, chegara a Lofdala, onde vivia a grande violinista Liliécrona, que fora também cavaleiro de Ekeby e um dos mais entusiastas daquela vida desregrada. Depois Liliécrona voltara para junto da família, e nunca mais a deixou. Quando Ruster lhe apareceu pedindo trabalho, no meio de toda a azáfama para os preparativos da festa, Liliécrona deu-lhe alguns trechos de música para copiar.
— Terias feito melhor se o tivesses deixado ir — disse-lhe a mulher; — vai prolongar o seu trabalho de tal forma que seremos obrigados a tê-lo conosco durante o Natal.
— Em alguma parte há de o passar — respondeu Liliécrona.
E ofereceu de beber a Ruster, fazendo-lhe companhia e r ecordando os seus dias de boêmia. No fundo, a convivência de Ruster incomodava-o um pouco e entristecia-o, mas nada queria dizer porque, para êle, as recordações de velhos amigos e os seus deveres hospitalares eram coisas sagradas.
Havia três semanas já que na casa de Liliécrona se faziam preparativos para a festa do Natal; há três semanas que tudo andava numa roda-viva, numa atividade febril. Os olhos já estavam vermelhos e cansados de fabricar tanta vela, as mãos geladas de tanto bater cerveja no lavadouro, e, lá embaixo, na tenda das provisões, não se parava um instante de salgar carne e de fazer salsichas. Mas tanto os criados como a dona da casa suportavam, sem resmungar, aquele acréscimo de trabalho, porque sabiam que, finda a tarefa e chegada a noite santa ia baixar do céu um suavíssimo encanto que abençoaria a todos: que as graças e os ditos alegres lhes saltariam naturalmente dos lábios, os pés iriam ganhar asas nas danças da terra e as antigas árias e as velhas modas esquecidas irromperiam dos recantos mais escuros da memória. E que alegres se sentiriam então!
Mas, quando viram chegar o jovem Ruster, tanto a dona da casa, como as criadas e as crianças, todos pensaram que êle lhes vinha estragar a noite de Natal.
A presença de Ruster pesava-lhes no coração. Receavam que Liliécrona ao impulso de lembranças revolvidas sentisse despertar a sua vocação nômada e que o grande violinista, que outrora não podia estar muito tempo ao lado dos seus, se perdesse novamente para a família. E como se fizera amar naqueles dois anos que tiveram a felicidade de o possuir! Dava-se a todos, era a alma da casa, sobretudo na Noite de Natal. Sentava-se então perto da lareira, não no sofá ou na cadeira de balanço, mas num grande banco, já poído pelo uso e pelos anos, umas vezes contando histórias, outras, executando música, no meio de toda a família atenta; pendente dos seus lábios e dos gestos, corria às aventuras mais loucas e galopava através do mundo até às estréias. E a vida se fazia grande, formosa e rica perante a irradiação daquela alma. Amavam-no assim como se ama a noite de Natal, como se ama o sol e a primavera. Mas a presença do jovem Ruster vinha-lhes comprometer a festa. Todas as suas canseiras para nada serviriam se o espírito do dono se afastasse de casa. E, depois, quem podia olhar com calma para aquele bêbedo sentado à mesa no meio da família honrada e piedosa, cuja alegria êle estragava?

Na véspera de Natal, pela manhã, Ruster tinha acabado de copiar a música. Falou vagamente em partir, embora tivesse intenção de ficar. Sob a influência da má vontade geral, Liliécrona respondeu, em termos também vagos, que talvez Ruster fizesse melhor em passar o Natal onde estava. Mas Ruster era orgulhoso e suscetível; retorceu os bigodes e sacudiu os cabelos que se lhe erguiam sobre a cabeça como uma nuvem negra. Que queria dizer Liliécrona? Acaso êle, Ruster, estaria incomodando? Em todas as casas de ferreiro da região o esperavam com cama feita e o copo cheio. Tinha tanto trabalho e tantos convites que não sabia por onde começar.
- Muito bem, — disse-lhe Liliécrona — não te reterei.,
Depois do almoço, o jovem Ruster pediu uma peliça e uma pele emprestadas, mandaram atrelar um trenó e recomendaram ao criado que devia conduzi-lo que fustigasse bem o cavalo, porque o tempo ameaçava nevar.
Ninguém ali acreditava que Ruster fosse gostosamente recebido debaixo de qualquer teto; mas afastavam de si aquele pensamento desagradável; regozijando-se por se verem livres de tal personagem.

— Quis ir-se embora — diziam — ninguém o obrigou. — E agora, alegremo-nos.
Todavia, quando, por volta das cinco horas, se reuniram em torno da árvore para dançar, Liliécrona, preocupado e taciturno, não se sentou sobre o escabelo maravilhoso nem tocou na tijela do ponche. Não se recordava da menor dança e o seu violino não estava afinado. Teriam de cantar e dançar sem êle. Então a mulher ficou inquieta c as crianças começaram a dar mostras de agitação. Tudo correu mal: o serão do Natal foi um fracasso completo. O arroz pegava-se ao fundo das caçarolas, e as candeias espirravam e cuspiam em lugar de arder; a lenha fumegava e nas dependências da casa penetravam golfadas de ar glacial. O criado que acompanhara Ruster, ainda não tinha regressado. A cozinheira chorava e as criadas brigavam umas com as outras. De repente, Liliécrona reparou que não tinham posto no pátio o molho de trigo para os pássaros e queixou-se amargamente daquelas mulheres, que esqueciam as tradições antigas e não tinham coração.
Mas todas compreenderam que, muito mais do que nos pássaros, era no jovem Ruster que êle pensava, arrependido de o ter deixado partir na Noite de Natal. Meteu-se no seu quarto, fechando a porta, e ouviram-no tocar no violino árias estranhas, como nos tempos passados, quando sentia a casa estreita demais para êle; árias cheias de provocação e de mofa, plenas de torturante nostalgia.
A mulher pensava: "Amanhã ir-se-á embora, se Deus não fizer um milagre esta noite. E aqui está como a nossa falta de hospitalidade produziu a desgraça que tanto queríamos evitar."
*
Entretanto o jovem Ruster corria sob a tempestade. Andou de porta em porta pedindo trabalho, mas não foi recebido em parte alguma. Nem sequer o convidaram a descer do trenó. Uns tinham a casa cheia de convidados; outros tinham de passar a noite em casa de pessoas amigas. Poderiam suportá-lo durante alguns dias, em outras ocasiões, mas não numa noite de Natal. Em todo o ano não há senão uma e as crianças preparam-se desde o outono para a gozar. Como sentar aquele homem à mesma mesa que as crianças? E agora, que deu para beber, não sabiam onde alojá-lo. O quarto dos criados não era suficientemente bom para êle e o dos hóspedes era-o demasiado. E Ruster continuava o seu caminho, açoitado pelos turbilhões de neve. O bigode, molhado, caía-lhe tristemente e os olhos injetados já não viam; mas pouco a pouco, os vapores da aguardente que tinha bebido dissiparam-se.
Admirado do que lhe sucedia, começou por perguntar a si mesmo qual seria a razão disto. Seria possível que ninguém tivesse querido recebê-lo? E, de repente, viu-se a si mesmo; viu-se tal qual era: rebaixado, uma verdadeira ruína, um miserável, que ninguém acolhia de boa vontade.
Acabou-se tudo — disse. — Nem música para copiar, nem árias de flauta! Ninguém no mundo tem necessidade ou compaixão de Ruster.
As rajadas sucediam-se, levantando colunas de neve, que arrastavam para o meio dos campos, num rodopio vertiginoso. Depois, cessavam, e a neve, terminada a sua dança, tornava a cair, enchendo o vazio dos fossos.
— Assim é a vida — disse Ruster consigo. — Dança–se e, depois da dança, vem a queda. Somos um pobre floco que outros flocos vêm cobrir. Mas quando chega o momento, então é que são as queixas e as lágrimas. Agora é a minha vez!
Não o preocupava saber para onde o criado o levava; para onde senão para a morte? O jovem Ruster não maldizia a flauta, nem a alegre boêmia dos tempos passados, não pensava em que teria sido melhor para êle cultivar a terra ou trabalhar em peles para calçados. Todavia lamentava não ter sido até ali senão um instrumento usado, cuja alegria nunca mais deixaria de soar falso. Não acusava ninguém. Quando a corrente está partida e a guitarra rachada, a gente desfaz-se delas. Sentia-se muito ruim, muito só, inteiramente inútil, completamente perdido: o frio e a fome matá-lo-iam naquela noite de Natal.
O trenó deteve-se, viu luzes à sua volta e ouviu vozes carinhosas. Algumas pessoas ajudaram-no a entrar numa sala bem aquecida, e fizeram-lhe beber chá quente, ao mesmo tempo que lhe tiravam a peliça; e umas mãos tépidas esfregavam-lhe os dedos enregelados e saudações de boas-vindas zuniam-lhe aos ouvidos. Sentiu-se tão atordoado que demorou pelo menos um quarto de hora a reconhecer que se encontrava em casa dos Liliécrona.
O criado, cansado de correr duma herdade para a outra, debaixo da tempestade, havia decidido regressar à casa.
Mas muito menos compreendia Ruster o acolhimento de que era alvo. Não lhe ocorreu que a sua hospedeira, cheia de compaixão ante a idéia da triste viagem que havia feito e de que todas as portas se lhe tinham fechado naquela noite de festa, esquecera as suas próprias preocupações.
Liliécrona, sempre metido no seu quarto, desconhecendo o regresso de Ruster, continuava a tocar no violino a sua música louca e selvagem.


Ruster estava sentado na sala de jantar com as crianças. Os criados, que costumavam sentar-se ali na noite de Natal, tinham ido para a cozinha como que em busca de um refúgio contra o aborrecimento que nessa noite se apossara dos seus amos. A mulher de Liliécrona aproximou-se de Ruster:
— Meu marido tocará durante toda a noite — disse — e eu tenho de tratar da ceia. Os pequenos estão sós. Quer você, Ruster, tomar conta dos dois menores?
Ruster não estava habituado a lidar com crianças. Não as encontrava nem debaixo das tendas, nem nas estalagens, nem nas orgias, nem nos caminhos da boêmia. Sentia diante delas uma grande timidez e não sabia o que dizer-lhes. Sacou da flauta e deixava-os mexer nas chaves e nos buracos. O menor, que tinha quatro anos, e o maior, que tinha seis, receberam a sua primeira lição da flauta e mostraram-se vivamente interessados.
— Este é o dó — disse *— e este, o ré.
E, pegando numa folha de papel, desenhou as notas.
— Não, não! — exclamaram eles. — Não é assim que se escreve dó.
E correram para buscar o alfabeto.
Então Ruster fêz-lhes perguntas acerca das letras. Sabiam umas, mas ignoravam outras. Seus conhecimentos não eram ainda muito extensos. Ruster, interessado no caso, sentou-os nos joelhos e julgou de seu dever completar-lhes a instrução. A mãe ia e vinha da cozinha para a sala de jantar, e escutava cheia de surpresa. Os pequenos riam, repetindo docilmente o abecedário. Mas pouco a pouco a atenção de Ruster fatigou-se, a alegria desvaneceu–se-lhe as idéias, que se tinham agitado dentro dele sob a tempestade, vieram-lhe à mente. Sim, tudo aquilo era bom e encantador, mas passageiro; nem por isso deixara de estar menos acabado e morto. E, de repente, levou as mãos à cara e começou a chorar.
A mulher de Liliécrona acorreu solícita:
— Ruster – disse — compreendo-o bem; você julga que já não tem nada a fazer no mundo. A música dá pouco e a aguardente arruína-o. Mas nem tudo está perdido.
— Oh, sim! — soluçou o jovem flautista.
— Vejamos: não seria melhor que você ensinasse as crianças a ler e a escrever? Ficar sentado junto delas como nesta noite? E quem quisesse dedicar-se a esta tarefa, não seria bem recebido em toda parte? Não são as crianças instrumentos mais sensíveis do que a flauta e o violino? Olhe bem para elas, Ruster.
— Não me atrevo »— murmurou êle, porque lhe parecia doloroso contemplar as suas almas puras através dos seus formosos olhos.
A mulher de Liliécrona começou a rir, com um riso feliz e claro.
— Em breve se acostumará, Ruster. Este ano ficará em nossa casa como mestre-escola.
Liliécrona, que ouvira a risada, saiu do quarto.
— O que há?
— Não há nada — respondeu-lhe a mulher. .— Foi Ruster que voltou e já o levei a comprometer-se a que ensinaria as crianças a ler e a escrever.
— Fizeste isso? — disse em voz baixa — fizeste isto? Mas, êle prometeu. . . ?
— Não; não prometeu nada. Mas compreenderá que é preciso privar-se de muitas coisas, quando todos os dias a gente tem de encontrar-se com os olhos das crianças. Se não fosse Noite de Natal talvez eu tivesse hesitado ou voltado atrás. Mas, quando Deus não receou pôr o seu filho, o seu próprio Filho, entre nós, pecadores, penso que posso dar aos meus filhos a ocasião de salvar uma alma.
Liliécrona não respondeu nada, mas todas as rugas do seu rosto se distenderam e tremeram. Inclinou-se para a mulher, pegou-lhe na mão e beijou-a piedosamente.
Depois gritou:
— Meninos, venham todos aqui e beijem a mão de sua mamã.
E em casa de Liliécrona houve uma noite de Natal muito alegre e feliz.
reunião familiar na noite de natal


FELIZ ANO NOVO!

NOS VEREMOS EM 2015










segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Aula Espetáculo Ariano Suassuna

MOINA BARTILOTTI LANÇA LIVRO DE FILOSOFIA PARA O PÚBLICO INFANTO - JUVENIL

FIAT LUX
O BLOG DE NOVEMBRO/14




Moina Bartilotti lança livro de filosofia para o público infanto-juvenil
                                                                                          Carlos Souza



O Banquete de Platão, um texto filosófico escrito por volta de 385-380 a.C., que apresenta uma série de discursos sobre o amor, serviu de inspiração para a escritora Moina Bartilotti escrever o livro O Piquenique de Platão Tão-Tão – Uma versão livre e lúdica de “O Banquete” de Platão (Pimenta Malagueta Editora), que será lançado no dia 29 de novembro (sábado), a partir das 16 horas, na Livraria LDM, no Espaço Itaú de Cinema – Praça Castro Alves – Salvador/BA. A obra é uma viagem lúdica, um passeio livre pelo faz de conta, pela fantasia e imaginação. Um contato quase imperceptível com a filosofia. Algo que em nada lembram aqueles textos pesados e tradicionais.
O Piquenique de Platão Tão-Tão tem como proposta inserir crianças e adolescentes no universo da Filosofia Grega de Platão, de forma lúdica e divertida.  “O objetivo desse projeto é lançar uma sementinha, pincelar a ‘tela’ bem devagarzinho, estabelecer um primeiro contato bem suave. Uma forma de deixar a filosofia no universo infantil de uma maneira colorida, natural e simples”, escreve a autora na apresentação.
O livro é dividido em IX pequenos capítulos, mais um capítulo extra que expõe um resumo da história do verdadeiro Platão.  Tudo começa com um sonho dePlatão Tão-Tão, que repentinamente se encontra em um lugar estranho e, como acontece em Alice no País das Maravilhas, um coelho o conduz para uma assembleia, na qual as diversas formas de amor estarão no centro das discussões. As personalidades da história original (O Banquete de Platão), Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Agatão, Sócrates, Alcibíades e Diotima, emprestarão seus nomes aos personagens do livro, que vão surpreender os leitores com amores que estão dispostos a combater todo tipo de preconceito.  Além do amor, questões ligadas ao meio ambiente também aparecem nos diálogos.
 No prefácio, a editora Miriam de Sales Oliveira destaca que a ideia de Moina Bartilotti em trazer para o universo infantil a Filosofia  Grega de Platão foi, realmente, um achado, que só vai enriquecer  este mundo tão difícil de ser atingido que é o pensamento infanto-juvenil, nos dias de hoje muito voltado aos games e á literatura fantástica. “Escrever boas histórias para crianças não é tarefa  muito fácil; talvez seja mais difícil do que escrever para adultos, acreditem! Exige compreensão deste universo, paciência e, sobretudo, doação. Isto não falta á nossa jovem autora  além do talento  inato no trato com esses nossos leitores do futuro”, diz Miriam de Sales.

A autora - Moina Bartilotti é escritora, educadora e comunicóloga, com formação em Comunicação Social e pós-graduação em psicopedagogia. A paixão pela filosofia começou há alguns anos e, desde então, participou de alguns cursos nesta área. Logo quando iniciou sua “paquera” filosófica, quis trazer esse universo para junto das crianças, de maneira apropriada para elas. Há quem diga que filosofia é coisa apenas de gente grande. Será? Polêmicas à parte, o mundo filosófico é muito interessante e encantador. A filosofia provoca inquietação, curiosidade, questionamentos. Quanto mais cedo à criança desenvolver a capacidade de pensar, criticar, buscar, inventar, mais rápido irá ter consciência do papel importante que exerce enquanto indivíduo e agente transformador da sociedade. A sementinha já foi plantada, agora é só regá-la. O Piquenique de Platão Tão-Tão é o seu primeiro livro de tantos outros que serão publicados em breve.


SERVIÇO
O que: Lançamento do livro O Piquenique de Platão Tão-Tão – Uma versão livre e lúdica de “O Banquete” de Platão.
Onde: Livraria LDM, no Espaço Itaú de Cinema – Praça Castro Alves – Salvador/BA.
Quando: Dia 29 de novembro (sábado), a partir das 16h.
Entrada: Franca. Pimenta Malagueta Editora. Quantidade de páginas: 76.Valor: R$ 35,00
Contato: 71 – 3016-4338 / 3277-8600 / 8122-7231
*Carlos Souza é jornalista e escritor




 UMA REPORTAGEM COMPLETA SOBRE O LIVRO NA REVISTA "BECO DAS PALAVRAS",EDIÇÃO DE OUTUBRO.
CONFIRA!
www.msor2014.com.








CALDEIRÃO DAS BRUXAS

PORQUE SERÁ QUE SOMOS ASSIM?


Não,não quero falar da política atual,das eleições e das campanhas e debates que as antecederam.Não há necessidade de gastar palavras – já tão desgastadas -  com esse assunto ,nem gastar vela com defunto ruim,como se dizia no meu tempo,ou seja,em mil novecentos e bolinhas.
Com o advento da tecnologia,mesmo o eleitor mais desligado e analfabeto,sabe de tudo que acontece,percebe quem é quem ,pois,para se informar ,basta ter um radinho de pilha.
Vamos começar  tratando de um assunto que a TV não abandona:mortes trágicas,inclusive e,principalmente ,de políticos famosos e atuantes ,que geram muitas lágrimas de emoção. Prato cheio para as TVs! Eduardo Campos nos deixou e nos legou Marina.Que quase vai para segundo turno com a atual presidente, não fosse o possível acórdão criado pela tucanalha de bico grande e visão telescópica,trazendo a inocente útil ex - seringueira para a disputa,apenas para ser um divisor de água e guardar o caminho para o Aècio, o candidato da direita.
Adepta da teoria da conspiração,me pergunto: -Porque a Neca ,do Banco Itaú estaria financiando e dando todo o apoio a uma ativista  preocupada  com o verde do planeta?Quando o que os bancos amam,de verdade,é o verde das notas de dólar?!
Porque essa bandeira de independência do Banco Central, guardião da nossa moeda e que sempre deverá estar sob os olhos vigilantes do Estado e da sociedade que representa?
Cumprida a tarefa para a qual foi  destinada,cabe a Marina,recolher-se ás suas encolhas,depois,claro ,que apoiar,abertamente,seu amigo tucano.Chico Mendes,que ela diz ser seu mestre,mais adepto de pássaros menores e canoros,como o sabiá e o pássaro  preto,não deve estar nada satisfeito com essa parceria.
Há muito o governo do PT incomoda a classe dominante; evito a  palavra elite,hoje  tão desgastada,coitadinha que só perde para a palavra Deus ,nome muito invocado,em vão,por todos,crentes ou não.
Uma classe média forte não está nem nunca esteve no plano da alta classe média ou dos ricos.Ficariam sem criados ,pois,não estão dispostos a lhes pagar um salário digno e os direitos trabalhistas.Pobre frequentando universidades, viajando de avião e navios de cruzeiro,onde já se viu!?
São inúmeras as queixas que ouço das amigas ,porque não conseguem cozinheiras ,nem babás e a diária paga ás faxineiras está pela hora da morte.Acusam as bolsas – família,vale – gás, escola   ,de estimular a preguiça ,principalmente,nordestina,pois já se sabe que esse povinho só quer praia e rede e só sabe produzir grandes escritores e músicos de qualidade,coisa que muitas vezes o Sul Maravilha tenta mais não consegue.
E,antes que me critiquem – o que não ligo a mínima –digo apenas que sou uma brasileira observadora e estudiosa do passado.Não tenho filiação política,não voto em partidos (talvez,no dia que eles ficarem inteiros,quem sabe?...)e estudo muito um candidato antes de dar a ele meu voto e minha confiança.
Aos quase 71 anos já vi setenta décadas de política neste país e nem estranho mais  o fato de sempre estarem os mesmos se perpetuando no poder.Agora criamos a instituição FILHOS;pais cassados ou enjeitados,criam uma nova dinastia na política,colocando filhos e ou esposas,essas visivelmente mais perigosas,quando esposas deixam de ser.Ah,e vem ai outra forma de coronelismo ,o selfie.O candidato paga pelo voto da prostituta ou prostituto – não é assim que são tratados os venais? – e,este ,tira um selfie com a urna,mostrando que a mercadoria encomendada foi paga.
O voto de cabresto,como são   chamados  votos assim conseguidos,antes,eram cédulas de papel ,onde se escrevia o nome do candidato e dava na mão do eleitor que,vigiado por ferozes jagunços,levava até ás urnas em troca de alimento,dinheiro ou transporte;adolescente,sujei muitas vezes de baton esses famigerados papeluchos para tentar anular o voto do capiau.Pois é,desde garotinha eu já  aprontava  para desespero da minha santa mãe,que Deus a tenha!
O que me entristece é  comparar o tamanho do meu país com a pequenez do meu povo.E a falta de informação deste  povo  sobre  nossa grandeza.Alguns se surpreendem quando falo,com eloquência do meu país e da importância que ele tem lá fora e afirmo que é o melhor e o maior país do mundo.Duvida?Pois abra o mapa – mundi e isole as partes “sifilíticas” dos outros países,seus desertos e áreas geladas,vedadas á moradia humana  - Rússia,Canadá,Estados Unidos,China.Pois é,neste nosso  país se colhe três safras agrícolas por ano.Isso é motivo de orgulho, o modo como gerimos essas riquezas é que é motivo de vergonha.
Porque me incomodo?Porque sou brasileira e amo meu país,respeito sua cultura,suas diferenças e seus filhos.Mesmo aqueles que não passam de bons filhos da puta.Como o imortal Ariano não troco meu oxente pelo OK de ninguém.
Tenho dito!

*MIRIAM DE SALES É ESCRITORA,EDITORA E PALESTRANTE




ABRAM ALAS PARA A V FLIMAR
DE 12 A 15/11/14
MARECHAL DEODORO
ALAGOAS
BRASIL










sábado, 9 de agosto de 2014

FILOSOFIA EM PÍLULAS



Julho/Agosto 2014


F
ILOSOFIA EM PÍLULAS



“Não quero servir de agulha para linha ordinária...”
Machado de Assis escreveu  um pequeno e adorável texto filosófico  usando,apenas,agulha e linha.Como???
Não se espante; para um grande escritor nada é impossível.
A agulha,forjada no aço forte,quase inquebrável,passou por muitos estágios de sofrimento até estar pronta para ser usada.Encarou o forno  da metalúrgica,quente e dominador,o frio intenso da água em que é temperada,o peso da prensa que dá sua forma final.Espera-se dela que seja sempre afiada,forte e brilhante.Como,aliásum bom editor!
Depois de passar por todas as dores do aprendizado ela é apresentada á sua razão de viver:a linha.
E abre caminho para ela,tão leve,fina e frágil,enfrenta todo tipo de tecido,desde a lona áspera até a seda  mais suave e  sensível.Abre os buracos no local certo para que a linha passe,triunfante.
Mas,findo o trabalho,as mãos calosas e eficientes da costureira,volta com ela para uma caixa escura onde a espeta num veludo desbotado pelo uso;depois de tanto esforço sua recompensa é o anonimato e a solidão.
Já a linha passa a brilhar nos salões,onde dança nos bailes da moda,passeia nos parques,frequenta hotéis elegantes e restaurantes chiques.Não perde um evento...
Como ,aliás,um bom escritor!


                                     NOTÍCIAS


OBJETIVO: Difundir a Literatura, arte e cultura Brasileira contemporânea gerando o intercâmbio cultural entre a Paraíba, Brasil e outros países como forma de crescimento humano e cultural dos estados e países em conexões quebrando as barreiras culturais, criando laços de conhecimento e disseminação cultural.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Transpor fronteiras e fazer com que as expressões de um povo seja vista. O que é criado no contemporâneo faça parte de inserções culturais com linguagens da criação de um povo, sendo divulgada, informada, disseminada. Apresentações em várias linguagens e expressões venham contribuir como objeto de estudo na academia de literatura e artes para o crescimento da cultura dos países.
OBS: O Projeto Qualidade de Vida – UFPB em parceria estará expondo 4 trabalhos de iniciação científica de bolsistas e colaboradores universitários em banners. 

PROGRAMAÇÃO DA IV SEMANA DE CULTURA UFPB/ABD - 1º DIA DO EVENTO

DATA: DIA 12 (TERÇA FEIRA) DE AGOSTO ÀS 14:30 HORAS
COMPOSIÇÃO DA MESA- CONVIDADOS:
Reitora: Margareth Diniz 
Pró Reitor da PRAC: Profº Orlando Villar
Coordenadora da COPAC - Profª Bernardina Carvalho
Presidente da ABD: Comendadora Marly Barbara
Diretora do Jornal de Cultura Sem Fronteiras: Dyandreia Portugal
Coordenadora do Projeto de Intercâmbio Cultural: Jô Mendonça 
ABERTURA: 
APRESENTAÇÃO MUSICAL: DIA 12 DE AGOSTO ÀS 15:00 HORAS
COM: A ARTISTA BELLE SOARES violinista e cantora que recepcionou com sua musicalidade os participantes da III SEMANA DE CULTURA no ano passado e fará na abertura do evento uma performance musical. A Belle Soares faz apresentações no Por do Sol do Bar do Jacaré em João Pessoa e em eventos em geral. A artista vem se destacando e revelando seus dotes artísticos encantando o público com suas performances musicais.Não percam a oportunidade de ver essa ARTISTA REVELAÇÃO da Paraíba que vem se destacando no cenário cultural com seu lindo trabalho 
muiscal.www.bellesoares.com.br
NO HALL DO PRÉDIO DA REITORIA:
ABERTURA: dia 12 de agosto às 15:00 horas
"EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS DA A Os participantes são de vários estados do Brasil e estarão expondo suas obras nos dias 12, 13 e 14 de agosto para visitação. 
FEIRA DE LIVROS: AUTORAIS E ANTOLOGIAS

2º DIA DO EVENTO:
TEMA: A LITERATURA TOCANTINENSE ROMPENDO FRONTEIRAS
Palestra: dia 13 (quarta feira) de agosto às 09:00 horas 
Local: Auditório e Hall de eventos no Prédio da Reitoria (entrada pela rampa do prédio)
COM: IRMA CRISTINA GALHARDO: É do Tocantins, escritora de livros infantis, contadora de histórias e poeta cordelista. Graduada no Curso de Direito, Especialista em História da África e do Negro no Brasil e em Docência do Ensino Superior. É membro correspondente da Academia de Letras do Brasil/Suíça, tem cinco livros publicados, participação em várias antologias em várias línguas e recebeu cinco prêmios em editais de cultura. Apresenta a literatura da cultura tocantinense fazendo um circuito pelo Brasil e exterior. Livros publicados Pai da Mata, Pirarucu Encantado e Ritxoko, A Boiúna, Epopeia Tocantinense.
Palestra: dia 13 (quarta feira) de agosto às 10:30 horas 
Local: Auditório e Hall de eventos no Prédio da Reitoria (entrada pela rampa do prédio)BD E INTERCÂMBIO NA PARAÍBA". TEMA: : "QUANTO BASTA PARA SER FELIZ "

Articulando ciência e poesia, como isto é possível no decorrer de nossa existência?
Palestra: dia 13 de agosto (quarta feira) às 10:30 horas 
YOLANDA CINTRÃO FORGHIERI: 
Doutora em Ciências-Psicologia, Livre Docente e Professora Titular pelo
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo-Brasil e da Pontifícia Universidade Católica. Psicóloga, Pedagoga, Especialista em Psicologia Clinica pela memorável Faculdade de Filosofia Ciências e Letras “ Sedes Sapientiae de São Paulo.Psicóloga. Aconselhadora Terapêutica .Acadêmica Titular da Academia Paulista de Psicologia 
TEMA: LITERATURA E HUMOR APIMENTADO
Palestra: dia 13 de agosto (quarta feira) às 15:00 horas 
Local: Auditório e Hall de eventos no Prédio da Reitoria (entrada pela rampa do prédio)
COM: MIRIAN DE SALES OLIVEIRA escritora, nasceu em Salvador, Bahia. Professora formada pela Faculdade de Filosofia da Bahia. Escritora por vocação, estudiosa de Historia e Literatura. Fez vários cursos livres dessas matérias na Fundação Calouste-Gulbenkian, em Lisboa, no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, na Fundação Cultural do Estado da Bahia e no Museu Carlos Costa Pinto. Autodidata, gosta de fazer pesquisa histórica e literária, valendo-se, muitas vezes, dos inúmeros livros de sua biblioteca particular. Como pedagoga   especializou-se em Piaget e Maria Montessori. 

APRESENTAÇÃO CULTURAL: 

3º DIA DO EVENTO
DATA: 14 DE AGOSTO DE 2014
MANHÃ: 09:00 HORAS
-MOÇÃO DE APLAUSOS - PARTICIPANTES DO EVENTO


CONVIDO A TODOS OS MEUS AMIGOS E LEITORES PARAIBANOS A COMPARECER A ESTE IMPORTANTE EVENTO .13 DE AGOSTO SERÁ UM DIA MUITO FELIZ PARA TODOS VOCÊS.HAVERÁ SORTEIO DE LIVROS E E-BOOKS E UM BATE - PAPO BEM GOSTOSO SOBRE O HUMOR BRASILEIRO.

PETRÓPOLIS,EM JULHO/14: ENTREVISTA DA ESCRITORA MIRIAM SALES Á TV IMPERIAL,SOB A BATUTA DA EXCELENTE APRESENTADORA IVONE SOL .
OBRIGADA AO ÂNGELO ROMERO DIRTOR DO PROGRAMA E Á QUERIDA SOL.










Critica – se os grandes escritores porque põem   toda sua vida    nos livros;taxam – no de egoístas porque abrem sua alma,mostram seus tormentos,como sabe cantar o mar...
Grita- se contra seu orgulho porque não ocultam seu brilho,como não o oculta o raio;e,porque é sonora sua palavra,como é sonoro o trovão.
São acusados de auto – adoração,porque abrem suas ondas   de gênio,sobre o mistério que habita seu coração  e o fazem cantar sua própria canção.
Afinal,que se quer de um escritor?
Que se voltem  e cantem as misérias dos outros?
Porque obrigar a águia a discorrer sobre a vista  que se desfruta do topo da montanha?
Como obrigar um leão a viver como se fosse uma lebre?

A corte  a um escritor já consagrado se compõe de :
Pessoas que desejam ser iguais a eles e confessam ,ingenuamente,essa esperança.E,aqueles que desejam eclipsar o seu sucesso e que ocultam  cuidadosamente essa  audácia.
Mas,existem alguns que não entram nesta corte e são aqueles conscientes de que nunca poderão igualá-lo e que jamais os superarão.E,esses não lhe cortejam...Esses vão para a casa ,agarram seus livros e  escrevem suas próprias histórias.
Vargas Villa,que sabia das coisas.


sexta-feira, 20 de junho de 2014

TEMPI DI VIAGGIO:TURIM

Autores  brasileiros no Salão de Turim/2014

TEMPI DI VIAGGIO
 Viajar é mesmo o sonho de toda gente,principalmente uma viagem ao Exterior.E,se juntar o útil ao agradável fica bem melhor.Como esta ,que farei agora,assim,inesperadamente,para a Itália,ou,mais precisamente para Turim,participando de um Salão Internacional  de Livros,no início da primavera.
Sou exigente e não gosto de fazer feio.Arranho o Francês, e o Inglês,falo Espanhol,mas ,pouco sei de Italiano;passei numa livraria e comprei um excelente livro,”Fale Tudo em Italiano”,que vem acompanhado com um CD.Comecei a estudar.Já sei como tomar informações,cumprimentar pessoas,alugar um carro ou um apartamento,usar os verbos mais corriqueiros e pedir comida num restaurante.O livro só não ensina palavrões,mas,esses,aprenderei por conta própria.É uma fesseria!


 Museu do Cinema,na Molle Antonionella

Aceito o convite,vamos tratar das coisas práticas,passagens,hotéis,cálculo de gastos diários,roteiros,trajetos...

PASSAPORTE
Meu passaporte estava caduco – que novidade! Eu estou quase... - tive que aposentá-lo e renova-lo .O receio era que essa renovação demorasse muito e o documento tão importante ,sem o qual ninguém viaja,não ficasse pronto a tempo.
Preocupação tola,como todas,aliás;chegou em cinco dias úteis,como foi prometido.
Para tirar ou renovar passaporte,preenchi um formulário no site da Polícia Federal,na Internet, e,tomei o primeiro susto;só tinha agendamento para fins de Abril o que comprometeria bastante a viagem,inícios de Maio.
Assim mesmo,fui ao setor da PF,no Sac e uma simpática estagiária me deu uma esperança.Se eu chegasse ás 6 da matina ,em qualquer dia útil,poderia pegar uma das vagas extras que eles disponibilizam.Cheguei,vi e venci.Tirei fotos,toquei piano,mas,sem ter que sujar as mãos – tudo muito moderninho – entreguei o formulário e eles marcaram a data da entrega,cumprida á risca.Claro que  na foto fiquei parecendo que estava com caxumba,mas,não era foto para a Vogue,então,tudo bem.Não sejamos tão exigentes!
                         Museu  Egípcio de Turim

CADERNOS DE VIAGEM
PASSAGEM
De posse do documento,vamos começar a pensar na passagem.Corremos,virtualmente,todas as companhias:Tam,Gol,Ibéria,Tap, Alitália,Lufthansa e KLM.
As opções eram tentadoras,mas,venceu a TAP porque sai direto de Salvador ,faz escala em Lisboa,onde posso ficar quase 6 horas;até  teria tempo de almoçar no Eleven,no Parque Eduardo VII.E, o melhor,sem cobranças de jornalistas ,já que não sou presidenta do Brasil.
Embarco  á noite  para Milão e vou direto para o Sheraton,um excelente hotel,dentro do Aeroporto de Malpensa e perto do Terminal 1,onde desembarcarei.Para vocês não acharem que sou “metida” ,vejam as ponderações de meu marido,sábias como sempre.Tenho mais de setenta anos,enfrentarei quase 12 horas de voo  e vou carregando uma mala pesada de livros.Será que depois de tudo isso eu aguentaria ir atrás de um táxi,ou pegar um shuttle,aqueles confortáveis ônibus do aeroporto para o Centro, ou ainda,pegar um trem para Turim? Meu marido achou melhor dormir  no hotel,onde foi solicitado um steward para me ajudar com a mala e ,descansada,seguir no dia seguinte  para Turim,de trem,como adoro viajar.A Estação Porta Susa fica perto do apartamento que aluguei e deve dar para ir andando,arrastando a mala que tem rodinhas.
Primeira norma a ser seguida: -“Não faça da sua viagem um inferno, a vítima será sempre você.”
Na volta, pagarei um voo para Lisboa,onde ficarei mais 5 dias,gozando da hospitalidade dos meus cunhados,Mário e Teresa.


A HOSPEDAGEM
Como disse,optei por ficar uma noite no Sheraton,pelos motivos já explicados.
Em Turim, preferi  entrar no site HomeAway, e,depois de ver várias opções,inclusive uma Villa maravilhosa ,com varanda para o Tibre, decidi alugar uma penthouse de 100 mts quadrados,no Quadrilátero Romano , um elegante distrito de Torino,perto de todas as principais atrações da cidade, palácios,igrejas,museus, teatros, perto da Estação Porta Susa, de excelentes ristorantes e o centenário  Caffé San Carlo ,imperdível.A estação do metrô ,Diciembre VII,está perto
O proprietário do apê,Signore Stefano Barole,muito gentil,passou-me uns e-mails e resolvemos tudo a contento.
                               Museu do Cinema

Dei uma caução de 300 euros  que será devolvida na minha saída,se deixar tudo perfeito no imóvel.Aí,pagarei  380 euros por uma semana de estadia.
Achei excelente;terei café da manhã,uma faxineira,wi-fi,uma banheira jacuzzi,dois quartos,dois banheiros,salas confortáveis,aparelhos de ginástica,ar condicionado,cozinha grande ,home theater,enfim,todas as comodidades modernas e sem o bulício de um hotel.


Catedral de Turim,onde se guarda o Santo Sudário

 O DIA – A –DIA
Comecei a pesquisar preços de passagens de trem ,ônibus,metrô e táxi ,além de restaurantes ,cartões telefônicos etc para contabilizar os gastos diários.
O Salão do Livro fica em Lingotto,numa antiga fábrica da Fiat,um pouco distante do centro.
Além disso,como não sou boba nem nada,quero explorar os arredores ,ir até Bolonha e, quem sabe ,voltar a Roma.
Ficarei em Turim de 8 a 13 de maio,quando vou para Milão,participar de um evento elegante,com a Mariana Brasil.
Aluguei um hotelzinho simples,mas,adorável,o Malpensa Inn,na Via S. Anna,Frazione Tornavento,até o dia 16 ,quando viajarei para Portugal.Tem um parque maravilhoso e muito sossego.
Em Lisboa estarei em  casa
Uma boa casa portuguesa,com certeza.
                             Ristoranti Mazzini

QUANTO GASTAREI POR DIA?
Esta é a preocupação de todo viajante classe econômica,como eu.talvez,um teatro ou uma ópera,perambular pelos” mercatos”deliciar-me com a comida,espreitar as lojas.
O transporte em Turim é excelente;tem o metro, cuja tarifa é de 1.50€ ,válida,também ,para ônibus ou trans (ônibus elétricos) ,por 90 minutos.As paradas de ônibus chamam-se ‘fermata’ e para o trem ‘stazione’.O turista tem que comprar o passe para ônibus e metrô,nas tabacchi,lugar onde se vende de tudo ,de passagens a cacarecos.Se o turista vai ficar mais tempo,vale a pena comprar o  carnê com 5 bilhetes,aqui ,” biglietto”, que custa 6.50€.
    Eataly,onde o turista almoça,janta e ceia

Circular de carro é complicado e desnecessário e os táxis  ficam nos pontos;ou se vai até um deles ou telefona(015737) para que vão até seu endereço.
Quanto a refeições tem para todos os gostos e todos os bolsos.Além dos indefectíveis MacDonalds,temos a boa comida italiana nas ruas,como em qualquer grande cidade europeia.Imperdível é o Caffé San Carlo,na piazza do mesmo nome,um lugar elegante e histórico ,fundado em 1828.A decoração palaciana faz-me voltar no tempo.
                          Imagens do VLT

Perto de casa,no Corso Principe Eugenio, tinha o Coffee House,onde se toma um bom café por apenas 4.20€ e o Bread Group,na via cavour, onde se faz uma boa refeição por 5.17 €.E,ainda pode levar para casa as delícias das padarias italianas.


                      Via Giuseppe Garibaldi


Levando-se em conta as entradas dos museus ,as refeições e transportes,a gente se governa bem,em Turim,gastando cerca de 50€/dia,apenas para pequenas necessidades,excluindo hotéis e passagens.



Porta Susa,onde se apanha o metrô e onde param os ônibus.
                            Arrivedecci,Torino
                        Ci vediamo 2015!