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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CAIA NA (NO) REAL!



“O dinheiro compra o cão,o canil e o abanar do rabo.”

Millôr Fernandes

Passado o Carnaval,folia,esquecimento dos problemas,o pais volta a funcionar.

Descobrimos que os problemas não sumiram,estavam apenas ocultos sob as fantasias e,passado o “óblivion”,voltaram,talvez com mais força,a assustar a população.

Saúde e dinheiro,sempre constituem nossos maiores problemas.

A falta da saúde financeira,além de outros transtornos,causa muitas vezes a falta da saúde física,ou agravam os problemas existentes,trazendo o desânimo,a intranqüilidade,a frustração,o stress.

Pois, remar contra a maré é dose,meu amigo e,aquela sensação de que cada vez sobra mais mês no fim do nosso dinheiro é de arrepiar!

Ano passado, escrevi uma série de artigos sobre como se conduzir com o dinheiro,contando apenas minhas experiências nesse campo tão árido,principalmente porque já passei um longo tempo de vacas magras e sei o quanto isso nos custa,num pais capitalista em que as pessoas valem pelo que têm,nunca pelo que são.

Sempre,desde adolescente,fiz um orçamento e planejamento de gastos;aprendi com meu pai,homem sábio e contido,que gostava de coisas boas como todo mundo,mas,sabia o que e quando comprar.

Penso que Economia deveria ser uma matéria estudada nas escolas desde cedo.Os brasileiros não sabem poupar e muito menos controlar gastos.

O crediário fácil, descontrolado,os juros na estratosfera debilitam a vida econômica de qualquer um.

A madame quer uma geladeira,desejo justíssimo,mas,ao escolher o produto só pensa nas parcelas a pagar,sem,sequer imaginar que os juros embutidos fazem com que pague às vezes,três geladeiras em vez de uma.

E o mercado feito com cheque ou cartão?

Dividido em – digamos – três vezes, no mês seguinte é necessário repetir a compra, e outra e outra e depois?Como controlar a bola de neve que foi gerada com esses gastos?

O brasileiro é caloteiro pela própria natureza?

Duvido!

Mas, é desinformado!

Faltam políticas públicas que orientem o povo e o livre das armadilhas do consumo.

Por causa disso, vejo com bons olhos a Campanha da Fraternidade desse ano,ecumênica e voltada para a Economia.

Antes,a política da Igreja era :”O dinheiro não é tudo!”

Assim,mantinha o povo passivo,esperando o Céu,enquanto os donos do capital lavavam a égua.

Certo,o dinheiro não nos livra de envelhecer,ou de ficar doente,ou de perder alguém que se ama;mas,com a falta do dinheiro necessário,tudo isso seria pior.

Talvez os brasileiros possam separar o que é de Cesar e o que é de Deus.

Lembrem-se: Deus é brasileiro,mas,o diabo é capitalista!E o capital não tem pátria;por isso,tantos dos nossos políticos vendem a sua por menos de trinta dinheiros.

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