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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PARA HOMENAGEAR O "DIA DO IDOSO"




A BOA IDADE!


Li,numa revista semanal,que as pessoas como eu,que já passaram a barreira dos sessenta e gozam de boa saúde,estão com o nível de felicidade igual ao dos -hoje quase lendários-20 anos.Concordo plenamente.

Se a gente se aceita,se olha para o passado e vê uma vida bem vivida,se considera pequenos aborrecimentos como acidentes de percurso,consegue,sim,atingir a felicidade:isto,se a pomos onde nós estamos,como diria o velho poeta.

Aos honestos 67 anos e já "fora do prazo de validade",acordar debaixo do meu teto,ao lado do meu companheiro de tantos anos,levantar com minhas próprias pernas,sem artrites nem artroses,receber o carinho do meu cachorro,ir á praia,nadar e fazer exercícios, livre da ditadura das academias,degustar um bom café da manhã -ah!isto é a gloria!-

Levo em conta que não pedi prá nascer,não escolhi o lugar aonde este fato aconteceu,não me perguntaram que sexo queria ter,enfim,nada foi decidido por mim,nem com o meu consentimento e tão pouco vão me perguntar o dia que quero partir,nem como ,quando ou onde,reflito,que o melhor,mesmo é encarar este mundo como uma viagem de turismo,ás vezes,divertida,ás vezes,chata-mas, fazer o quê?-se a gente já pagou a passagem e tem que cumprir a temporada até o fim?

O desgaste do tempo leva algumas mulheres á depressão e isto é triste.Não vou dizer que aprovo essa estória de "melhor idade",velhinha prá frente" e outras baboseiras,porém,gente,a alternativa é pior,pois é a morte.

Também,não quero enganar a mim mesma achando que o tempo não passou;passou,sim,e as rugas no meu rosto formam a geografia da minha vida,das coisas que participei e presenciei;não desejo esconde-las,apesar de tentar atenuá-las com cremes e poções,que sei,de mágicas não têm nada.

Eu fiz um trato com o tempo:ele não me persegue e eu não fujo dele.

Tenho meus pequenos macetes;evito ir a médicos freqüentemente - futucando eles acham- feito o check-up anual não ponho os pés em consultório;tenho uma alimentação saudável;passeio,adoro praia,assisto bons filmes,vou a museus(o risco é que um dia não me deixem sair de lá),viajo,vejo gente,leio muito,escrevo e já publiquei quatro livros,não para ganhar o Nobel,mas,para minha satisfação pessoal e para marcar minha passagem por este mundo;não quero ser a mulher mais rica do cemitério;quero viver a vida e legar aos meus seis filhos,treze netos e uma bisneta as coisas que acredito e as experiências que tive.

Quando alguém morre é como se toda uma biblioteca desaparecesse,pois esta experiência que se foi estará perdida e jamais será recuperada.

Alegria é o segredo da juventude eterna.

Ao receber a visita da "indesejada das gentes",não deveremos levar saudades e sim deixar saudades.O que se leva da vida é a vida que a gente leva.



3 comentários:

  1. Minha gurua! Adorei! Pra cima! Sempre. Assim que é bom. Meu abraço mais carinhoso do mundo. Paz e bem.

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  2. Carissimo Cacá e Giardia
    O prazer de viver n/ tem idade.
    E o prazer de ter amigos é o máximo! bjs a ambos

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