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domingo, 9 de fevereiro de 2014

A GRANDE BE,EZA:TEMOS UM NOVO FELLINI?

                         
                                             O BLOG DE FEVEREIRO/14




  A GRANDE BELEZA:
                              TEMOS UM NOVO FELLINI?



Não posso dizer que tivemos uma grata surpresa quando,naquele sábado mortiço,fomos ao Gláuber Rocha assistir “A GRANDE BELEZA”.Na verdade ,o que nos surpreendeu foi ter assistido a um filme magistral,coisa difícil de se ver nos dias de hoje.
O cinema italiano que nos deu Antonioni,Visconti,Monicelli ,Pontecorvo ,Rossellini,De Sicca,Zefirelli , Tornatore e Fellini agora nos brinda com o despontar de Paolo Sorrentino,para mim,um novo Fellini,com uma pequena ,mas,sutil diferença:uniu a imagem á música e esta á palavra, abrangendo assim ,as três grandes vertentes da Cultura Contemporânea numa só obra – prima.
A maioria do público vai se identificar com Jep Gambardelli, (interpretado por Toni Servillo) escritor de um livro só,jornalista frustrado e bom vivant, cujo sonho é ser o “rei dos mundanos”;ele  diz não querer mais  compromissos  e nem ser obrigado a nada porque chegou aos 65 anos e não há tempo suficiente para perder.”Além está o Além e eu não me ocupo com o Além.”Até a trilha sonora – perfeita – se cala diante desta fala.E ,no silêncio,quando o  blá-blá-blá sem sentido se cala temos um vislumbre da grande beleza.E,compreendemos porque Jep escreveu um único livro:não há personagens que mereçam ser retratados ou imortalizados no mundo de hoje.

Os personagens,quase todos mergulhados num turbilhão de festas barulhentas e vazias,tédio e insatisfação se sucedem marcando presença num mundo ininteligível para aqueles que vivem do trabalho e têm um objetivo no viver.Personagens e cenas que vão do grotesco ao sublime ,desfilam diante de nossos olhos deslumbrados.

Um deles,a freira meio caquética ,mas,que realiza milagres;ou o grotesco cardeal candidato a papa que só pensa em comida e a tudo responde com a receita de um prato;ou a Condessa ,cujo filho tantã morre num acidente provocado e faz doação dos seus bens terrenos para virar missionária.E as inúmeras atrizes,artistas e mágicos, loucos para subir na vida ,capazes das maiores degradações para terem  um minuto de fama.
 Todos procurando a grande beleza,inclusive o Jep ,o único com sede de transcendência que,mergulhado até o pescoço numa sociedade hipócrita e decadente  encontra,afinal, a grande beleza nas coisas simples e num amor de juventude, onde deixou seu coração ainda puro.

A música merece um capítulo á parte. Ela completa e domina o filme.Sabe-se que a música não foi feita para o filme;mas,fiquei em dúvida se o filme foi feito para a música. Confuso?Nem tanto!Pois existe uma união perfeita entre ambos.
O filme mostra a moderna música  erudita,principalmente a música sacra  onde brilham nomes como Arvo Part, John Taverner e VladimirMartynov,partindo de temas como “The Lamb”,do poeta inglês,William Black,que eleva nosso espírito e “My heart’s in  the Highlands,do poeta escocês Robert Burns” e onde , em algum lugar ,no passado,todos nós,inclusive o errático Jep ,um dia deixamos nossos corações.



The Beatitudes”  ,de Martynov, que  está presente no milagre dos flamingos provocado pela freira santa,volta nos créditos finais para nos provocar “una furtiva lacrima” até sairmos do cinema.







OS POEMAS QUE INSPIRARAM OS COMPOSITORES

 "A música de Taverner,Part e Górecki  oferece repouso numa era de saturação. "
Alex Ross,crítico americano


ROBERT BURNS, ESCÓCIA (SEC. XVIII)

Farewell to the Highlands, farewell to the North,

The birth-place of Valour, the country of Worth;

Wherever I wander, wherever I rove,

The hills of the Highlands for ever I love.

My heart's in the Highlands, my heart is not here;
My heart's in the Highlands a-chasing the deer;
A-chasing the wild-deer, and following the roe,
My heart's in the Highlands wherever I go.

Farewell to the mountains high covered with snow;
Farewell to the straths and green valleys below;
Farewell to the forests and wild-hanging woods;
Farewell to the torrents and loud-pouring floods.

My heart's in the Highlands, my heart is not here;
My heart's in the Highlands a-chasing the deer;
A-chasing the wild-deer, and following the roe,
My heart's in the Highlands wherever I go.





Adeus às Highlands, adeus para o Norte, 
o lugar de nascimento de valentia, o país de Worth; 
Onde quer que eu ando, onde quer que eu Rove 
. As colinas do Planalto, para sempre eu te amo Meu coração nas Terras Altas, o meu coração não é aqui, meu coração nas Highlands um perseguindo o veado; A-perseguindo o selvagem-cervos, e seguindo o ovas, Meu coração está no Highlands, onde quer que eu vá. Adeus às montanhas alta cobertos de neve; Adeus às straths e verde vales abaixo; Adeus às florestas e bosques selvagem pendurado; . Adeus aos torrents e inundações alto-derramando meu coração nas Terras Altas, o meu coração não está aqui, meu coração nas Highlands um perseguindo o veado; A-perseguindo o selvagem-cervos, e seguindo o ovas, Meu coração está no Highlands, onde quer que eu vá.

ROBERT BURNS,POETA NACIONAL DA ESCÓCIA





WILLIAM BLAKE, POETA INGLÊS (1757 - 1827)









O Cordeiro
Cordeirinho, quem te fez?
Pois tu sabes quem te fez?
Deu-te a vida e deu-te pasto
Ribeirinho e largo prado
Deu-te roupa de delícia
Lã macia sem malícia
& deu-te esta voz tão terna
Alegrando toda a terra:
Cordeirinho, quem te fez?
Pois tu sabes quem te fez?
Cordeirinho, vou dizer-te,
Cordeirinho, vou dizer-te!
É chamado por teu nome
Pra si mesmo dá teu nome
Ele é meigo e moderado
De menino Ele é chamado:
Eu menino e tu cordeiro
Temos hoje o nome Dele.
Cordeirinho, Deus te crie.
Cordeirinho, Deus te crie.




  MORA NA FILOSOFIA   

         



MINHA VIDA LITERÁRIA



MACAPÁ/2013

OFICINA DE CONTOS EM 4 ESCOLAS ESTADUAIS








POETAS NA PRAÇA :PEDRO SKTIS





OFICINA SOBRE UM TEXTO MEU:A MULHER DE ROXO.CRIAÇÃO DA PROFª JUDIVALDA BRASIL





MESA SOBRE O LIVRO INFANTIL:COM O ESCRITOR OVÍDIO POLI E A ESCRITORA MARIA ESTER PENA



COMO GOSTO: NA COMPANHIA DE ALUNOS E PROFESSORES